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Estado de Minas

Autores fora do eixo dominam apostas para Nobel de Literatura 2021

Academia Sueca anuncia nesta quinta (7/10) o vencedor. Escritores de pa�ses perif�ricos e mulheres s�o apontados como favoritos


06/10/2021 04:00 - atualizado 05/10/2021 23:44

Escritor
O mo�ambicano Mia Couto � citado entre os prov�veis ganhadores do mais prestigiado pr�mio da literatura mundial (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

 
O Pr�mio Nobel de Literatura , que dever� ser anunciado nesta quinta-feira (7/10), em Oslo, na Noruega, poder� privilegiar um autor fora do tradicional mercado liter�rio. Com exce��o do vencedor brit�nico de 2017, Kazuo Ishiguro, que nasceu no Jap�o todos os laureados dos �ltimos nove anos foram europeus ou norte-americanos , de Bob Dylan a Peter Handke ou a  condecorada poeta americana do ano passado Louise Gl�ck .
 
"Acho que eles querem descobrir um g�nio de um lugar que foi marginalizado at� agora. Poder�amos cham�-lo de colonialismo positivo", disse Jonas Thente, cr�tico liter�rio do di�rio sueco Dagens Nyheter, referindo-se � nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie.
 
Outras apostas indicam o sul-coreano Ko Un, o queniano Ngugi wa Thiong'o e o chin�s Can Xue, al�m de alguns estreantes nessa lista, como o indiano Vikram Seth, o mo�ambicano Mia Couto e o oponente chin�s Liao Yiwu.
 
A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie
A nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie tamb�m concentra apostas numa prov�vel inflex�o da Academia Sueca em dire��o ao reconhecimento das mulheres e de autores nascidos em pa�ses perif�ricos� (foto: Britta Pedersen/AFP)
 

P�S-COLONIALISMO Em uma �poca que questiona o p�s-colonialismo, tamb�m s�o citadas a caribenha-americana Jamaica Kincaid e a francesa da Ilha de Guadalupe Maryse Cond�.
O japon�s Haruki Murakami, sempre citado e nunca premiado, seguir� os passos do americano Philip Roth, que morreu sem o Pr�mio Nobel?
 
Na Europa, a russa Ludmila Ulitskaya, o h�ngaro Peter Nadas, o franc�s Michel Houellebecq e o alban�s Isma�l Kadar� voltam a figurar entre os favoritos, assim como as canadenses Anne Carson e Margaret Atwood e as americanas Joyce Carol Oates e Joan Didion.
Como no ano passado, devido � pandemia de COVID-19, o vencedor receber� seu pr�mio em seu pa�s de resid�ncia.
 
Em uma recente avalia��o feita entre os ganhadores ao longo dos anos, percebeu-se que o Nobel de Literatura � notadamente masculino: apenas 13,7% dos eleitos s�o mulheres.
 
Mas h� outros fatores ainda que t�m contribu�do para que o pr�mio seja cercado de controv�rsias. Em 2017, o marido de uma integrante da Academia Sueca, que concede o Nobel de Literatura, foi acusado e depois condenado a dois anos de pris�o por abuso sexual. 
 
A participa��o de sua mulher em esquemas de vazamentos de nomes para casas de apostas foi revelada e diversos membros deixaram seus postos na entidade, que foi reformulada. 
 
Em 2019, o ent�o presidente Anders Olsson deu in�meras entrevistas dizendo que a Academia sabia do seu hist�rico d�spar em rela��o a g�nero e ra�a, bem como do fato de a premia��o estar largamente concentrada em autores europeus – para ent�o, no m�s seguinte, dar o pr�mio a dois escritores europeus, um deles Peter Handke, um autor austr�aco igualmente admirado pelos seus escritos cerebrais e odiado por seu apoio ao genoc�dio na B�snia na Guerra da S�rvia. 
 
Handke foi alvo de cr�ticas por ter discursado no funeral de Milosevic, em 2006. O l�der s�rvio morreu enquanto estava detido em Haia, sendo julgado por crimes de guerra.  


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