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Estado de Minas HUMOR

Yuri Mar�al promete novidades em seu show de domingo (7), no Sesc Palladium

Comediante aborda fam�lia e paternidade em novo stand up, mas n�o deixa de falar do racismo, tema de suas piadas que chamaram a aten��o do Brasil


06/11/2021 04:00 - atualizado 06/11/2021 10:29

Humorista Yuri Marçal olha para a câmera, sentado numa cadeira
Yuri Mar�al apresenta ''Independente'' em BH (foto: Acervo pessoal)

Apesar de anunciado como “Acendam as luzes”, o stand up comedy que o ator e comediante Yuri Mar�al apresenta no Sesc Palladium, neste domingo (7/11), na verdade se chama “Independente”. � que “Acendam as luzes”, sua estreia solo, com o qual vinha circulando pelo pa�s desde 2017, foi vendido para a Netflix e virou especial, rebatizado de “Ledo engano”. Por quest�es contratuais, o show n�o pode mais ser levado aos palcos.

Assim, Yuri teve de criar algo totalmente novo. “Como a gente j� tinha fechado essa apresenta��o em Belo Horizonte antes da pandemia, ela � anunciada como ‘Acendam as luzes’. Mas � um show novo. Criei do zero, com outras tem�ticas, outros assuntos, outras pautas. Chama-se ‘Independente’ e est� em cartaz h� duas semanas no Rio de Janeiro. Digo que ainda est� em constru��o, mas com o esqueleto bem definido”, explica.

EGOC�NTRICO

Homofobia, racismo, religi�o e pol�tica, fios condutores de “Acendam as luzes”, deram lugar a temas como relacionamentos e fam�lia. “Costumo brincar que esse novo show � muito egoc�ntrico, porque falo sobre mim, minhas viv�ncias, sobre quest�es afetivas. A tem�tica central s�o meus relacionamentos, a forma como fui criado e a paternidade ausente, justificando quem sou eu hoje, com 28 anos, pai dos meus filhos. Falando assim parece sem gra�a, mas o roteiro traz hist�rias muito divertidas. O retorno que tive do p�blico mostra que funciona bem”, garante.

Tanto “Acendam as luzes” quanto “Independente” e as postagens que Yuri faz em suas redes sociais costumam, al�m de fazer rir, suscitar reflex�es, mas ele diz que isso n�o � uma preocupa��o sua. “Pode ser consequ�ncia, mas n�o � premeditado. Quando escrevo ou subo no palco, quero � arrancar gargalhadas. Mas tenho esse feedback, as pessoas me dizem que saem do ‘Independente’ entendendo v�rias coisas sobre si mesmas, sobre suas fam�lias”, destaca.

Em seu “lugar de fala”, Yuri aliava � gra�a a cr�tica �cida ao racismo em “Acendam as luzes”. Ele diz que em seu novo show a quest�o do preconceito est� presente apenas de maneira tangencial. “� algo que sempre estar� embutido no que fa�o, porque � um cara preto fazendo arte, fazendo com�dia. Ent�o n�o tem como ignorar isso”, diz. “Acho que j� falei tudo o que tinha que falar sobre o assunto. Quando tiver que falar de novo, volto a falar”, completa.

CANCELAMENTO

Em 2019, Yuri enfrentou o movimento de “cancelamento” na internet ao postar um v�deo em que criticava e fazia piada sobre o fanatismo de religiosos que se colocaram contra a realiza��o do aborto de uma menina de 10 anos, v�tima de estupro desde os 6. Na �poca, ele se retratou, reconhecendo que, de fato, n�o era o momento de abordar um assunto t�o delicado.

A despeito disso, Yuri ainda acha que d� para fazer gra�a com tudo. “A gente s� deve ter em mente que tem consequ�ncias. Nesse novo show mesmo, entro numa tem�tica pouco explorada, um assunto delicado at� para mim. Falo sobre pais que espancam os filhos, falo sobre minha experi�ncia como a crian�a que fui e hoje, o pai que sou. � muito engra�ado, mas sei que pode acionar gatilhos. Fa�o com responsabilidade, porque n�o � um tema f�cil”, aponta.

Em 2019, ele foi mestre de cerim�nias na abertura do show de lan�amento do disco “Ladr�o”, de Djonga, com quem circulou pelo pa�s. Ele considera a experi�ncia “incr�vel”, inspirada pela parceria entre o rapper Kendrick Lamar e o comediante de stand up Dave Chapelle. “Teve retorno sensacional do p�blico”, diz, destacando que agora Djonga retribui fazendo a abertura de seu especial “Ledo engano”.
 
 

YURI MAR�AL: INDEPENDENTE

Neste domingo (7/11), �s 19h, no Grande Teatro do Sesc Palladium. Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro, (31) 3270-8100. 905 lugares. Inteira: R$ 80 e R$ 70. Meia-entrada na forma da lei.



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