
M�dica anestesista e compositora, Rosa Avilla transita entre os mundos da m�sica e da medicina com a certeza de que um se beneficia do outro. “Parece clich�, mas temos estudos cient�ficos mostrando benef�cios espec�ficos da m�sica em determinadas �reas da medicina e, especialmente neste momento de retomada, a m�sica pode ser um instrumento de incentivo”, afirma.
Ela acaba de lan�ar seu primeiro disco de jazz, “Kind of Rose”, dispon�vel nas plataformas digitais. Composto por standards do g�nero, o �lbum tem arranjos assinados por David Pasqua. Filha de imigrantes da segunda leva de italianos no Brasil, Rosa conta que a m�sica sempre esteve presente em sua vida.
“Vim de uma fam�lia n�o de m�sicos, mas de pessoas que sempre gostaram de cantar”, comenta. Seu primeiro contato com a pr�tica do canto se deu aos 9 anos, quando come�ou a cantar na igreja que frequentava, em S�o Paulo.
Aos 16, fez sua primeira apresenta��o em um programa de TV, mas a carreira profissional na �poca n�o deu certo. “Eu n�o tinha estrutura emocional para abra�ar uma carreira de cantora. Ent�o desisti e comecei a fazer cursinho para medicina. De l� pra c�, eu sou m�dica”, conta, aos risos.
Anestesista, formada pela Escola Paulista de Medicina, Rosa tamb�m � mestre em psiquiatria e psicologia cl�nica pela Unifesp, coordenadora do curso de p�s-gradua��o em anestesia e tem projetos de pesquisa ligados ao uso de drogas por popula��es espec�ficas. “Existe uma rela��o direta entre a m�sica e tratamentos adjuvantes a v�rias doen�as psiqui�tricas e neurol�gicas, inclusive a depress�o”, aponta.
LIVES TEM�TICAS
Ao lado de David Pasqua, ela fez algumas apresenta��es de estilos variados em casas de shows na capital paulista. No final de 2020, Rosa lan�ou “Te seguir� – Rosa Avilla canta David Pasqua”. No segundo ano de pandemia, ela se voltou � produ��o de lives tem�ticas com apresenta��es musicais, entrevistas com colegas m�dicos, dicas de bem-estar e assuntos de interesse geral.
“Achei que era poss�vel agregar mais pessoas ao trabalho musical. Conheci muitos outros m�dicos que tinham esse gosto incr�vel pela m�sica e o que ela desperta”, diz. Em dezembro passado, Rosa lan�ou o single “Habanera”. “O repert�rio foi cuidadosamente escolhido com can��es que marcaram �poca, seja pela caracter�stica de seus int�rpretes ou pelas ideias contidas, como o caso de ‘Habanera’, possivelmente a primeira �pera feminista produzida no mundo”, afirma a cantora.
“Kind of Rose” foi gravado no est�dio de Pasqua, o que, segundo Rosa, teve enorme contribui��o na espontaneidade nas interpreta��es dos artistas participantes. Ricardo Castellanos (piano), Marcelo Rocha (baixo) e Edson Ghilardi (bateria) acompanham a cantora. O m�sico Hector Costita (sax tenor) participa de tr�s can��es.
Al�m de “Habanera”, o repert�rio do disco inclui “Lover man” (James O. David, Jimmy Shermann, Roger Ramires), “Sorry seems to be the hardest word” (Elton John e Bernard Taupin), “The man that got away” (Harold Arlen e Ira Gershwin), “Fine and mellow” (Billie Holiday), “Blue eyes” (Elton John e Gary Osborne) e “Lullaby of birdland” (George Sharing e George David Weiss).
“Quando falamos que a m�sica � tratamento para a alma, � muito interessante perceber que, � medida que mergulhamos nos meandros da m�sica, vamos nos conhecendo e conhecendo aspectos de n�s mesmos que jamais imaginamos existirem”, afirma.

“KIND OF ROSE”
.Disco de Rosa Avilla
.Dispon�vel nas plataformas digitais
* Estagi�rio sob supervis�o da editora Silvana Arantes