
Este domingo (27/3) foi um especial mineiro no festival Lollapalooza, em S�o Paulo. Com grandes nomes da atualidade, como Lagum, Marina Sena e Djonga, os shows foram repletos de hits e at� mesmo atos pol�ticos, mesmo ap�s a decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a proibi��o de qualquer manifesta��o partid�ria.
O primeiro show do dia foi da banda Lagum. O p�blico vibrou ao som de "Ningu�m me Ensinou", "Oi", "Musa do Inverno" com a participa��o do rapper Emicida, que cantou a m�sica "Descobridor", do �ltimo �lbum da banda. Pedro Calais, Jorge, Ot�vio Cardoso e Francisco Jardim conseguiram animar o p�blico no terceiro e �ltimo do de festival no palco Budweiser. "N�o sei para voc�s, mas para a gente hoje � um dia que vai ficar na mem�ria", declarou o vocalista.

F�s da banda gritaram o nome do baterista Breno Braga, conhecido como Tio Wilson, que morreu em setembro de 2020 ap�s uma parada cardiorrespirat�ria. "Todos os shows que a gente fizer daqui pra frente desde que o Tio se foi, s�o todos para ele, demorou? Muito obrigado por sempre lembrarem o nome dele", agradeceu Calais.
Logo mais, a cantora Marina Sena entregou hit com a m�sica "Por Supuesto" e "Me Toca", no palco Adidas do Lollapalooza. Emocionada com o show no festival, ela relembrou como foi a grava��o do seu �lbum "De Primeira", lan�ado em 2021, que deu grande visibilidade nacional � sua carreira. "Produzimos o disco na ro�a e agora estamos aqui tocando para esse tanto de gente. S� tinha bezerro para a gente tocar antes e agora estamos aqui tocando para todas essas pessoas, bom demais", brincou.

Marina convocou o p�blico para votar nas elei��es deste ano, que vai definir o novo presidente da Rep�blica, governadores, senadores e deputados.
"Quem ainda n�o renovou o t�tulo (de eleitor), renove. J� renovei o meu e transferi para S�o Paulo, porque era l� de Taiobeiras (MG), est� tudo certinho. E, a�, quem n�o tirou o t�tulo ainda, tira. Bora votar porque � o �nico jeito da gente conseguir mudar alguma coisa. A gente precisa tirar o t�tulo e ir l� votar. N�s temos que mudar isso da�, n�o d� mais", ressaltou. Enquanto isso, o p�blico protestava contra o presidente, gritando: "Fora Bolsonaro" e "Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*". Marina, ent�o, chegou a mostrar o dedo do meio ao ouvir os protestos, corroborando com os gritos.
� noite foi a vez do rapper Djonga no palco Adidas protestar contra o presidente. Enquanto ele gritava "Bolsonaro", o p�blico respondia "Vai tomar no c*". O m�sico tamb�m gritou "Fora" e as pessoas diziam "Bolsonaro". "Quantas vezes eu j� xinguei? Umas sete, oito? Quantas mais ou menos? Cinco, n�? Olha que coincid�ncia, faltam 17 ent�o", ironizou, se referindo ao n�mero utilizado pelo presidente nas elei��es de 2018, quando era candidato do PSL. "A�, Bolsonaro, vai tomar no c*", repetiu.
Decis�o judicial
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou, neste domingo (27/03), pedido do Partido Liberal (PL), partido de Jair Bolsonaro, para proibir manifesta��es pol�ticas no Lollapalooza. O presidente da Rep�blica foi o principal alvo das manifesta��es, com xingamentos e gritos contr�rios da plateia e de artistas diversos.
Segundo Raul Ara�jo, relator do processo, manifesta��es que "fazem clara propaganda eleitoral em benef�cio de poss�vel candidato a presidente" est�o vedadas. Al�m disso, tamb�m est� proibida "a realiza��o ou manifesta��o de propaganda eleitoral ostensiva e extempor�nea em favor de qualquer candidato ou partido pol�tico por parte dos m�sicos e grupos musicais que se apresentem no festival". O artista est� sujeito a multa de R$ 50 mil.
Na noite deste domingo, a empresa organizadora do festival Lollapalooza, T4F Entretenimento, recorreu da decis�o do ministro. A informa��o foi divulgada pelo jornal O Globo.