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Estado de Minas SEMANA DE 22

Ciclo de debates aborda aspectos pouco conhecidos do Modernismo brasileiro

Import�ncia da revista Verde, editada em Cataguases, o papel dos mineiros e a presen�a dos ind�genas no movimento modernista s�o temas de evento realizado em BH


29/03/2022 04:00 - atualizado 28/03/2022 23:11

Escritor Daniel Mundukuru sorri para a câmera. Ao fundo, veem-se fotos de indígenas
O escritor Daniel Mundukuru, l�der ind�gena, participa de debate na quinta-feira (foto: Youtube/reprodu��o)

O ciclo de debates “Percurso modernista em Minas Gerais: Cenas e contextos” promove, a partir desta ter�a-feira (29/3), tr�s encontros com especialistas sobre o legado do movimento. Realizada na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard do Pal�cio das Artes, sempre �s 19h, a a��o tem entrada franca e � transmitida ao vivo pelo YouTube, pelo site da Funda��o Cl�vis Salgado e pelo site do programa O Modernismo em Minas Gerais.

Nesta ter�a, a literatura estar� em debate. Os convidados s�o o escritor Luiz Ruffato e a professora Vera Casa Nova, com media��o de Jos� Eduardo Gon�alves. Amanh�, o cineasta, professor e gestor cultural Carlos Augusto Calil e o professor Eduardo Morettin discutir�o o tema “A cena moderna: O cinema e a fotografia”, com media��o de Daniela Giovana Siqueira. Na quinta-feira, o mote � “O legado do Modernismo e a cena contempor�nea”, com Daniel Munduruku e Isabelle Anchieta e media��o da jornalista Daniella Zupo.

REVIS�O CR�TICA

Curadora do ciclo, Luciana Feres diz que a proposta � promover a reflex�o e revis�o cr�tica a respeito do Modernismo, com �nfase no papel de Minas Gerais nesse contexto. “Trata-se de olhar para o passado, sempre com perspectiva cr�tica, buscando revelar aquilo que foi realmente significativo, e trazer � tona coisas deixadas de lado pelo movimento. Queremos trazer o debate � cena contempor�nea”, aponta.

No encontro de hoje, Luiz Ruffato vai falar da revista Verde, de Cataguases, a partir de seu livro rec�m-lan�ado sobre o tema, ao passo que Vera Casa Nova oferecer� leitura mais ampliada da literatura no panorama modernista de Minas Gerais e no Brasil.

Ruffato destaca que no final da d�cada de 1920, M�rio de Andrade escreveu cr�nica em um jornal de S�o Paulo em que fazia o balan�o das publica��es modernistas, na qual deixava claro que Minas Gerais teve dois grandes momentos, com A Revista, em Belo Horizonte, e a Verde, em Cataguases.

“Ele dizia que A Revista foi importante porque deu pelo menos um grande nome ao cen�rio cultural brasileiro, Carlos Drummond de Andrade, mas a Verde foi um espa�o democr�tico de movimenta��o de ideias. Isso ficou um pouco esquecido na historiografia brasileira. Muitas pessoas n�o d�o muita import�ncia para a Verde, mas ela foi muito relevante”, ressalta.
 

“Nosso papel hoje, na contemporaneidade, � abra�ar e considerar todas as identidades do povo brasileiro que eventualmente n�o foram contempladas na g�nese do modernismo”, destaca Luciana Feres. “N�o podemos cobrar isso do passado, mas podemos tentar incorporar todas essas identidades ao discurso atual. Nossas mesas est�o muito ricas nesse aspecto”, diz.

De acordo com a curadora, a presen�a de Daniel Munduruku, autor de 52 livros e diretor-presidente do Instituto UKA – Casa dos Saberes Ancestrais, contemplar�, na quinta-feira, a representa��o ind�gena no Modernismo. Na semana passada, a doutora em hist�ria da arte e gestora cultural Renata Bittencourt falou sobre a contribui��o dos negros para o movimento.

O ciclo de debates “Percurso modernista” ocorre paralelamente � mostra fotogr�fica hom�nima. Em cartaz na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard at� o 10 de abril, ela traz 22 fotorreprodu��es que remetem a acontecimentos, obras e curiosidades marcantes, estabelecendo um panorama amplo da participa��o e influ�ncia de mineiros no Modernismo.

PERCURSO MODERNISTA EM MG: CENAS E CONTEXTOS

Desta ter�a-feira (29/3) at� quinta-feira (31/3), sempre �s 19h. Pal�cio das Artes, Av. Afonso Pena, 1.537, Centro. Entrada franca. Mesas de debate transmitidas ao vivo pelo YouTube e site da Funda��o Cl�vis Salgado (fcs.mg.gov.br), al�m do site do projeto O Modernismo em Minas Gerais (modernismoemminas.com.br).
 
Foto de integrantes da Semana de Arte Moderna de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. Oswald de Andrade está à frente, sentado no chão. Os demais estão em pé, atrás dele
Oswald de Andrade (sentado) e participantes da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro de 1922, em S�o Paulo (foto: Reprodu��o)

ANTROPOFAGIA � DESTAQUE NO CCBB

O ciclo de debates “Conting�ncias Antropof�gicas/100 anos depois de 22” ser� realizado de sexta-feira (1º/4) a domingo (3/4), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-BH). O tema de abertura � “Conting�ncias s�cio-hist�ricas: o significado da Semana” e, a partir dele, a professora Maria Eugenia Boaventura vai falar sobre “A vanguarda antropof�gica”, cabendo � pesquisadora e curadora Regina Teixeira de Barros discorrer sobre “Mulheres modernistas”.


O segundo dia contar� com a pesquisadora e escritora Carolina Casarin tratando do tema “Os modernistas e a moda”, e do escritor, pesquisador e professor Fred Coelho abordando “A semana de cem anos: novos olhares, novos arquivos”.

No domingo, o curador Agnaldo Farias fala sobre “Modernismo e colonialidades” e o escritor, pesquisador e professor Marcelo Campos conversa com o p�blico sobre o mote “Antropofagia entre outros mitos e contribui��es efetivas da Semana de 22”. Todos os debates ocorrer�o �s 19h30.

O CCBB fica na Pra�a da Liberdade, 450, Funcion�rios. O evento tem entrada franca, mediante retirada de ingressos no site Eventim e na bilheteria da casa. 


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