Festival Estrada Real come�a hoje, em Tiradentes, e ter� 30 atra��es

Com cerca de 30 atra��es, o Festival Estrada Real come�a nesta quinta-feira (21/4), levando m�sica para as cidades hist�ricas de Tiradentes, Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, e Paraty, no Rio de Janeiro.

A programa��o contar� com Wagner Tiso, Victor Biglione, Toninho Horta, Crist�v�o Bastos, Mauro Senise, Nivaldo Ornelas, Marcel Powell, Chico Lobo, Rog�rio Caetano e Juarez Moreira, al�m de grupos de concerto e m�sicos das regi�es onde o evento ser� apresentado.

Wagner Tiso e Victor Biglioni fazem o show de abertura, �s 19h de hoje, no Centro Cultural Yves Alves, em Tiradentes. De 20 a 22 de maio, o festival vai se transferir para Mariana e Ouro Preto. De 24 a 26 de junho, ele ser� encerrado em Paraty.

Biglione diz que sua expectativa em rela��o a esta noite � grande. “Muito legal fazer o show na cidade de Tiradentes, no dia de Tiradentes”, comenta.

“Tocaremos 'Nada ser� como antes’, ‘Vera Cruz’, ‘Maria Maria’, ‘Travessia’, que ficou linda com novo arranjo instrumental, ‘Cravo e canela’, ‘Nos bailes da vida’, ‘Paula e Bebeto’, ‘F� cega, faca amolada, ‘San Vicente e ‘Cora��o de estudante’. Ser� um desfile das melhores m�sicas do Clube da Esquina. � com muita emo��o que a gente est� fazendo esse trabalho”, diz o violonista e guitarrista argentino, radicado no Rio de Janeiro.

As releituras ter�o um lado jazz�stico, adianta Biglione. “O tema ser� apresentado com o maior cuidado, o maior carinho. Tenho certeza de que o povo vai gostar demais, ser� superastral para n�s.”

Nesta quinta-feira, �s 20h, o Duo Viegas – formado por Salom� Viegas (flauta) e Maria Am�lia Viegas (cravo e �rg�o) – vai se apresentar na Igreja Matriz de Santo Ant�nio, em Tiradentes.

Conde explica que o objetivo do evento � celebrar a diversidade da m�sica e do folclore brasileiro, por meio de chorinhos, modinhas e lundus, passando pelos per�odos colonial e imperial at� chegar ao s�culo 21.

“Recitais ocorrer�o em igrejas barrocas, museus e monumentos da Estrada Real. Ser� um encontro da hist�ria com a arte e a m�sica”, afirma o produtor, observando que a caravana seguir� o caminho antigo da Estrada Real.

“S�o lugares extremamente bonitos”, diz Conde, citando o Barroco, Aleijadinho e as igrejas coloniais como fundamentais para o “encontro m�gico” que ele pretende proporcionar.

Nesta sexta-feira (22/4), �s 19h, no Centro Cultural Yves Alves, haver� show de Crist�v�o Bastos (piano) e Rog�rio Caetano (viol�o). �s 20h, na Igreja Matriz de Santo Ant�nio, ser� a vez do quarteto �urea M�sica, formado por Salom� Viegas (flauta), Maria Am�lia Viegas (cravo e �rg�o), Elisabete Mendon�a (soprano) e Ana J�lia Chinelato (violoncelo).

S�bado (23/4), �s 19h, o cantor, compositor e violeiro Chico Lobo ser� a atra��o no Centro Cultural Yves Alves. �s 20h, na Igreja Matriz de Santo Ant�nio, tem concerto da Orquestra Ribeiro Bastos.

A programa��o de Tiradentes ser� encerrada no domingo (24/4), �s 11h, na Capela Nossa Senhora das Merc�s, com o concerto da Orquestra Ramalho, fundada em 1860 por Jos� Luiz Ramalho.

“A gente passa pelo padre Jos� Maur�cio, pela m�sica sacra de Minas, Ernesto Nazareth, C�ndido In�cio da Silva, Xisto Bahia, Joaquim Callado e por a� vai, chegando ao Clube da Esquina”, refor�a Leonardo Conde.

O mineiro Chico Lobo, atra��o desta quinta-feira (21/4) em Tiradentes, diz que � “uma alegria” levar a viola para o festival. “Meu repert�rio passa por instrumentais que mostram a riqueza e o potencial da viola com composi��es autorais presentes em meu disco 'Tr�s Brasis’, como ‘Vazante’, ‘Agreste’, ‘Chapad�o da On�a’. E tamb�m releituras dos cl�ssicos ‘Trenzinho do caipira’, ‘Rio de l�grimas’ e ‘Calix bento’”, detalha.

“O fato de a viola estar presente num festival t�o importante e que tem como conte�do a m�sica instrumental brasileira me traz grande alegria e emo��o”, afirma Chico. “E, l�gico, n�o faltar�o os causos e cren�as que cercam esse instrumento, com a alma do Brasil profundo.”

OURO PRETO

O guitarrista, cantor e compositor Toninho Horta ser� a atra��o em 20 de maio, no Teatro Municipal Casa da �pera, em Ouro Preto. “� muito bom poder encontrar tantos m�sicos de prest�gio nacional se banhando nas fontes das Minas Gerais”, diz ele.

“Ouro Preto � hist�ria na m�sica, na arte e junto ao aconchego de seu povo. A gente vai l� e n�o tem vontade de voltar. Ladeiras, noites de leve bebum, artistas pra l� e pra c�, lembran�as do passado saltitando do brilho das pedras, nas ruas e as igrejas embelezando o cen�rio, nos fazendo manter a f� e a esperan�a”, comenta Toninho.

Ali�s, � de l� uma das musas dele. “Ah, dona Ol�mpia, quisera voc� estar viva para contar mais lendas e hist�rias de seu povo e de suas caminhadas”, diz Toninho, referindo-se � personagem ouro-pretana que encantou estudantes e turistas. Ela ganhou a can��o “Dona Ol�mpia”, parceria dele com Ronaldo Bastos, gravada no disco “Terra dos p�ssaros”, lan�ado em 1980.

O instrumentista e compositor sonha em morar na cidade hist�rica, um dia. “Meu av� Jo�o Horta deixou m�sicas barrocas na Igreja do Carmo de Mariana, bem ao lado. Viver o presente com lembran�a do passado me faz imaginar e sonhar o futuro”, diz Toninho Horta. 

EM TIRADENTES

 

FESTIVAL ESTRADA REAL