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Estado de Minas M�SICA

Bar�o Vermelho, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial tocam hoje em BH

Apresenta��o desta sexta (29/4) no Expominas estava prevista para janeiro passado e foi adiada em virtude do surto da variante �micron


29/04/2022 04:00 - atualizado 29/04/2022 00:14

Vestidos de preto, de pé e abraçados, Guto Goffi (bateira), Fernando Magalhães (guitarra), Rodrigo Suricato (voz e guitarra) e Maurício Barros (teclados) sorriem para a câmera
Bar�o Vermelho: 40 anos e v�rias forma��es (foto: Divulga��o)

''O (vocalista) Rodrigo (Suricato), que � mais jovem, veio cheio de ideias. Ele sempre foi f� da banda, sabe tocar todas as m�sicas. O Bar�o est� feliz em cima do palco, n�o fazemos uma coisa burocr�tica''

Maur�cio Barros, tecladista do Bar�o Vermelho


Cada uma delas j� tem 40 anos de (bons) servi�os prestados ao rock nacional. Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Bar�o Vermelho se re�nem nesta sexta (29/4), em Belo Horizonte, a partir das 20h, no Festival Rockstar. O evento vai ocorrer no Expominas, tr�s meses depois da data originalmente prevista – foi adiado no final de janeiro, em decorr�ncia do surto da variante �micron. 

Ainda que a base seja a mesma, as escolas s�o diferentes. Bar�o � cria do rock cl�ssico e do blues, Paralamas tem muitas refer�ncias do reggae, da m�sica brasileira e latina, e o Capital nasceu sob a influ�ncia do punk rock e foi se transformando, ora com nuances pop, ora com voca��o para o rock arena. 

Desde 2017, com a sa�da de Frejat, o Bar�o atende pelo quarteto Maur�cio Barros (teclados), Guto Goffi (bateria), Fernando Magalh�es (guitarra), Rodrigo Suricato (voz e guitarra) – o baixista M�rcio Alencar os acompanha desde ent�o. Foi em 1981 que, na casa de Barros, ele e seu amigo de col�gio Guto Goffi come�aram o grupo. Guto chamou o (baixista) D�, depois Frejat e, por �ltimo, Cazuza.

A banda comemora as datas cheias do lan�amento de seu primeiro �lbum, hom�nimo ao grupo, que s� saiu em 1982. Houve celebra��es dos 10, 20 e 30 anos. Com a vida voltando ao normal, os 40 j� come�aram a ser comemorados. 

F�LEGO

O show desta sexta � pautado justamente em sua longa trajet�ria. E a entrada de Suricato, diz Barros, deu novo f�lego. “O Rodrigo, que � mais jovem, veio cheio de ideias. Ele sempre foi f� da banda, sabe tocar todas as m�sicas. O Bar�o est� feliz em cima do palco, n�o fazemos uma coisa burocr�tica”, diz o tecladista.


Com o novo vocalista foram lan�ados dois �lbuns: “Bar�o pra sempre” (2018) e “Viva” (2019). “Outro dia, estava pensando: ele est� h� mais tempo no Bar�o do que o Cazuza, que ficou entre 1981 e 1985. � claro que tem a relev�ncia do Cazuza, pois aqueles primeiros anos a gente se lembra como se fosse uma d�cada, em que tudo era novidade e est�vamos desbravando territ�rios”, comenta Barros.
 
Vestidos de preto e sentados, Bi Ribeiro, Herbert Vianna e João Barone encaram a câmera
Paralamas do Sucesso: desde sempre com Bi Ribeiro, Herbert Vianna e Jo�o Barone (foto: Maur�cio Valladares/Divulga��o)

''Claro que tem m�sicas como 'Alagados' e 'Meu erro', que n�o podem faltar, mas sempre arranjamos um jeito saud�vel de intercal�-las com outras n�o t�o conhecidas. Isso d� uma oxigenada na rotina, pois a gente adora o que faz, vive do que faz. Nunca fizemos isso para ficar famosos, ricos ou ganhar likes''

Jo�o Barone, baterista do Paralamas do Sucesso

 

J� os Paralamas s�o a banda mais est�vel dos anos 80. “Tenho comentado sobre isso: somos uma banda � moda antiga, a gente s� funciona bem juntos”, diz o baterista Jo�o Barone. Ele faz essa afirma��o tanto em refer�ncia ao trio, que nunca se separou em quatro d�cadas, quanto tamb�m �s dificuldades sofridas pelo distanciamento durante o per�odo mais duro da crise sanit�ria.

Os shows s� voltaram, aos poucos, no final do ano passado. “(At� ent�o) Foi cada um na sua toca e ainda temos que retomar nossa rotina criativa, na qual o Herbert traz as letras e as ideias musicais e a gente trabalha. O que conseguimos foi ensaiar alguma coisa para preparar os shows da nova turn�”, afirma o baterista.

As apresenta��es est�o sendo chamadas de “Paralamas – Cl�ssicos”. “Temos a sorte de ter um repert�rio grande, com muitas m�sicas conhecidas. Ent�o, de tempos em tempos damos uma reformatada, criando outras atmosferas”, conta. 

OLD SCHOOL

“Claro que tem m�sicas como ‘Alagados’ e ‘Meu erro’, que n�o podem faltar, mas sempre arranjamos um jeito saud�vel de intercal�-las com outras n�o t�o conhecidas. Isso d� uma oxigenada na rotina, pois a gente adora o que faz, vive do que faz. Nunca fizemos isso para ficar famosos, ricos ou ganhar likes. Os Paralamas s�o old school, o compromisso � com a m�sica”, diz o baterista.

Barone, Herbert Vianna e Bi Ribeiro se conheceram em 1981. Come�aram a tocar juntos no ano seguinte, mas foi em 1983 que saiu o que consideram o marco oficial, quando a demo de “Vital e sua moto” virou hit, depois de ter sido enviada para a R�dio Fluminense, o que gerou um contrato com a EMI Odeon e o lan�amento de “Cinema mudo” (1983), o �lbum de estreia.
 
Com camiseta preta com desenho de punhal, Dinho Ouro Preto abre os braços e faz careta, tendo os demais integrantes do Capital Inicial atrás de si
Capital Inicial: rock de Bras�lia e sucesso no s�culo 21 (foto: Divulga��o)

''A gente tem, no bolso, umas 30 m�sicas. Mas nos shows tocamos por volta de 20. E o que entra depende dos humores de Dinho Ouro Preto''

F� Lemos, baterista do Capital Inicial

 

O ano de 1982 tamb�m marca o in�cio do Capital Inicial. Com o fim do Aborto El�trico, os irm�os Fl�vio (baixo) e F� Lemos (bateria) resolveram criar uma nova banda em Bras�lia. Convocaram o guitarrista L�ro Jones, que se arriscava nos vocais. Logo depois foi convidada uma amiga da faculdade, Helo�sa, que assumiu a voz – n�o deu certo e, no ano seguinte, Fl�vio chamou Dinho Ouro Preto para uma audi��o. Com a sa�da de L�ro em 2001, h� duas d�cadas Yves Passarell � o guitarrista do grupo.

O primeiro �lbum do Capital s� saiu em 1986. Antes disso, a banda fez shows fora de Bras�lia (um inclusive no antigo DCE da UFMG, quando dividiu a noite com o Sexo Expl�cito, antiga banda de John, do Pato Fu) e decidiu que era hora de se mudar para S�o Paulo. Foi l�, inclusive, que lan�ou seu primeiro compacto, com as faixas “Descendo o Rio Nilo” e “Leve desespero”.

O grupo tem uma trajet�ria diferente da de seus pares da �poca. Fez mais sucesso neste s�culo do que no passado. Depois de idas e vindas e trocas de integrantes (inclusive a sa�da de Dinho para a tentativa de uma carreira solo que, na �poca, foi infrut�fera), a banda, com sua forma��o original, gravou em 2000 o “Ac�stico MTV”.

Nunca mais foi a mesma desde ent�o, alcan�ando novas gera��es de f�s e criando um repert�rio independente da produ��o oitentista (mesmo que ela seja super-relevante e integre os shows at� hoje). A pandemia mudou tudo, claro.

“Foi muito estranho n�o ter mais a vida a que est�vamos acostumados. Desde o lan�amento do ‘Ac�stico’ tocamos praticamente todo fim de semana. Ao parar, de repente, cada um teve que arrumar uma coisa pra fazer”, diz F�. 

Ele foi estudar piano, jogar t�nis e se dedicar ao seu projeto solo, Hotel B�sico, que j� rendeu dois �lbuns. O terceiro seria lan�ado no ano passado, mas a crise sanit�ria atrapalhou os planos. Mas F� n�o tem pressa – “Passamos dois anos de cinza, ent�o voc� tem que se adaptar”.

OLHAR 'QUARENT�O'

Com o Capital n�o foi diferente. O grupo entrou em 2020 planejando uma turn� comemorativa de duas d�cadas do “Ac�stico”. N�o rolou naquele ano e nem no seguinte. “Quando chegou 2022, olhamos um para a cara do outro e pensamos: ‘Estamos completando 40 anos, ent�o n�o vamos mais olhar para 20 anos, e sim para uma carreira inteira.”

Por ora, s�o os shows de retorno que a banda est� fazendo. O repert�rio � definido s� na hora – e exclusivamente por Dinho, conta F�. “A gente tem, no bolso, umas 30 m�sicas. Mas nos shows tocamos por volta de 20. E o que entra depende dos humores de Dinho Ouro Preto”, afirma. E � na hora mesmo – a decis�o final s� sai na passagem de som ou quando o grupo est� no camarim se preparando para subir ao palco.    

Mas F� � tranquilo quanto a isto. Tocando h� 40 anos com os mesmos caras, o entendimento � f�cil. “Com o meu irm�o � muito bom, a gente quase respira juntos. Consigo at� prever o que ele vai fazer no baixo. Ele sempre foi coerente, eu que era um baterista meio maluco e depois fiquei mais focado. E o Dinho nos d� seguran�a, sabe exatamente o que quer, porque � ele quem est� conduzindo a hist�ria”, diz F�.

FESTIVAL ROCKSTAR

Nesta sexta (29/4), a partir das 19h30, no Expominas, Avenida Amazonas, 6.200, Gameleira. Ingressos: R$ 110 (Espa�o Premium) a R$ 1 mil (Bistr�, para quatro pessoas). Informa��es e vendas: www.star415eventos.com.br


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