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Estado de Minas ARTES VISUAIS

Exposi��o 'Centen�ria' repassa a carreira de Maria Helena Andr�s nas artes

Artista que completou 100 anos em agosto passado apresenta no Centro Cultural Unimed-BH Minas 63 obras de todas as fases de sua produ��o


07/11/2022 04:00 - atualizado 06/11/2022 21:52

Tela de Maria Helena Andrés em exposição no Centro Cultural Unimed-BH Minas
A individual da artista re�ne 63 obras, entre pinturas, desenhos, aquarelas, colagens e esculturas (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.PRESS)

Com uma trajet�ria que cobre o desenvolvimento das artes pl�sticas em Minas Gerais ao longo de mais da metade do s�culo passado, Maria Helena Andr�s tem sua produ��o reunida na exposi��o “Centen�ria”, que celebra os 100 anos da artista. Em cartaz na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas desde ontem (6/11), a mostra apresenta 63 obras, entre pinturas, desenhos, aquarelas, colagens e esculturas.

Com projeto expositivo idealizado pelos curadores Marilia Andr�s e Roberto Andr�s, e realizado pela arquiteta Elena Andr�s Valle, “Centen�ria” re�ne pe�as de cada fase da artista e conta, ainda, com a exibi��o do document�rio “Maria Helena, arte e transcend�ncia”, dirigido por Evandro Lemos e Danilo Vila�a.

Mar�lia Andr�s explica que a sele��o das obras para a mostra foi orientada pelo desejo de fazer uma s�ntese de todas as fases pelas quais passou a artista, que segue em plena atividade. S�o mais ou menos 10 obras de cada per�odo do percurso de Maria Helena nas artes.
Obra de Maria Helena Andrés em exposição no Centro Cultural Unimed-BH Minas
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.PRESS)

“Procuramos um equil�brio, mesclando linguagens. Da primeira fase, figurativa, temos pinturas. Da fase seguinte, construtivista, quando ela abra�a o abstrato e o geom�trico, selecionamos desenhos e tamb�m pinturas. Na terceira fase, dos barcos, guerras e astronautas, Maria Helena come�ou a trabalhar a pintura com colagens”, aponta.

Presen�a da espiritualidade

Ela diz que a espiritualidade sempre esteve presente na obra da artista, mais notadamente na quarta fase, quando passa a se dedicar � representa��o de madonas e mandalas. Ali, nota-se uma aura c�smica, religiosa, impregnando a produ��o de Maria Helena, com a preval�ncia de pinturas em dimens�es maiores, segundo a curadora.

“Ela sempre foi muito cat�lica. O livro que Maria Helena escreveu e lan�ou em 1966, ‘Viv�ncia e arte’, tem um cap�tulo inteiro dedicado somente � arte sacra. Na primeira fase da carreira, a religiosidade j� estava presente em algumas vias sacras, que ela fazia com linhas cont�nuas, o que era um caminho j� para o trabalho construtivo”, destaca.
Vista da exposição Centenária, no Centro Cultural Unimed-BH Minas
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.PRESS)

A fase das madonas, segundo Mar�lia, apresenta uma liga��o grande com o barroco mineiro. “No projeto expositivo, mesclamos esse conjunto de obras com a fase das mandalas, que s�o s�mbolos c�smicos, de integra��o”, diz, chamando a aten��o para o fato de que Maria Helena segue, ocasionalmente, trabalhando com essas imagens. Recentemente, ela pintou uma mandala para a igreja de Nossa Senhora de Aparecida, em Diamantina, segundo a curadora.

Linha e cor

“Da fase atual, alinhada com a arte contempor�nea, trazemos tr�s pinturas em preto e branco, colagens e uma escultura. Acho que o conjunto ficou bem harmonioso e sint�tico”, afirma. Ela observa que uma caracter�stica que perpassa todo o trajeto art�stico de Maria Helena � o uso da linha e da cor.

“Desde o in�cio at� hoje, ela trabalha com as linhas, seja na pintura, nos desenhos ou nas colagens. A cor tamb�m sempre foi um elemento muito marcante, predominando nas pinturas, nas aquarelas e tamb�m, mais recentemente, nas colagens”, cita.

Nascida em agosto de 1922, Maria Helena iniciou seus estudos em artes nos anos 1940, seguindo orienta��o de sua mestra no col�gio Sacre-Coeur de Marie. Posteriormente, ela foi para o Rio de Janeiro, onde fez aulas particulares com o pintor Carlos Chambelland (1884–1950), considerado um h�bil retratista.

A artista Maria Helena Andrés na abertura de sua exposição Centenária, no Centro Cultural Unimed-BH Minas
A exposi��o individual de Maria Helena Andr�s no Minas T�nis Clube teve inagura��o para convidados, no s�bado passado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.PRESS)


Aulas com Guignard

Assim que Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) chegou em Belo Horizonte, em 1944, ela passou a frequentar sua escola, que tinha uma orienta��o moderna. “Guignard n�o dava receitas de pintura, mas orientava o aluno a criar de acordo com a sua pr�pria tend�ncia”, relata a artista.

Diretor de cultura do Minas T�nis Clube, Andr� Rubi�o chama a aten��o para a representatividade do percurso de Maria Helena. “Receber a exposi��o ‘Centen�ria’ em nossa galeria de arte � uma oportunidade de voltar o olhar para a hist�ria de Belo Horizonte e das diversas gera��es de artistas e movimentos culturais que transitaram pela capital. Temos muito orgulho de acolher essa retrospectiva”, afirma.

Mar�lia tamb�m considera que visitar a mostra � rever o desenvolvimento das artes pl�sticas no estado durante o s�culo 20. “Ela espelha muito essa trajet�ria da arte mineira. Come�ou com a arte moderna, passou por Guignard, estabeleceu di�logo com o construtivismo. No caso das esculturas, h� uma rela��o com Am�lcar de Castro. Ela passou por v�rios caminhos e v�rias tend�ncias, e isso � evidenciado na exposi��o”, ressalta.

“CENTEN�RIA”
Exposi��o individual de Maria Helena Andr�s, em cartaz at� o dia 5 de fevereiro de 2023, na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, 31. 3516- 1360). Entrada franca, de ter�a a s�bado, das 10h �s 20h, domingos e feriados, das 11h �s 19h.


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