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Estado de Minas "A �LTIMA SESS�O DE M�SICA"

Emo��o d� o tom da despedida de Milton Nascimento no Mineir�o

Desde o show de abertura, de Z� Ibarra, que homenageou Gal Costa, a emo��o tomou conta do p�blico, de aproximadamente 55 mil pessoas


13/11/2022 19:00 - atualizado 14/11/2022 11:32

rosto de Milton em frente a microfone
Bituca no palco montado no Mineir�o para o �ltimo show de sua carreira (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)

Come�ou em alt�ssima rota��o o derradeiro show de Milton Nascimento no Mineir�o. "A �ltima sess�o de m�sica", que encerrou na noite deste domingo (13/11) a trajet�ria do cantor e compositor mineiro, teve in�cio bem antes de ele subir ao palco.
 
Ao longo de duas horas e meia, Milton promoveu uma noite emocionante e consagradora que repassou 80 anos de vida e 60 de m�sica. Seu repert�rio contemplou todas as fases da carreira e celebrou tamb�m o companheirismo e a coletividade. Uma noite de est�dio lotado e palco cheio, com v�rios convidados.    
 
O p�blico de 55 mil pessoas que dominou o est�dio cantou com Gal Costa v�rios de seus sucessos. "D� um rol�", "P�rola negra" e "Paula e Bebeto" sa�ram das caixas de som do est�dio antes do show. Uma fotografia do cantor abra�ado exibidas nos tel�es fez parte da homenagem � cantora morta na �ltima quarta-feira (9/11), aos 77 anos.


Na entrada do est�dio o p�blico recebeu um cartaz com os dizeres “Obrigado, Bituca”. O show, vale dizer, � o trig�simo s�timo de uma temporada iniciada em junho, no Rio de Janeiro. Desde ent�o, al�m do Brasil, ele se apresentou na Europa (10 apresenta��es) e nos EUA (9 datas).
 
Milton sentado no palco de túnica
Milton no in�cio do show no Mineir�o, com figurino assinado por Ronaldo Fraga (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


"Me considero o mais mineiro dos cariocas”, afirmou Milton em v�deo que abriu o show, �s 19h. Na apresenta��o, Bituca - “que � como gosto de ser chamado” - repassa sua trajet�ria.



Falou de amigos, dos parceiros e do Clube da Esquina. “Me tornei cidad�o do mundo sem deixar de ser brasileiro”, disse ele, quando foi ovacionado pela plateia.
 
J� no palco, com sua sanfona (seu primeiro instrumento), Milton dirigiu-se pela primeira vez para a plateia. "Este show � dedicado � minha querida Gal Costa", afirmou, ap�s interpretar "Ponta de Areia", que abriu a apresenta��o.  
 

De preto, José Ibarra no palco
Jos� Ibarra fez o show de abertura de "A �ltima sess�o de m�sica" (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
 

“Agora eu sou eu”, diz Milton, depois de retirarem o manto criado por Ronaldo Fraga e inspirado em Artur Bispo do Ros�rio. De boina e �culos escuros, ele falou do “amor da minha vida”. Referia-se a Elis Regina, que gravou (e eternizou) "Can��o do sal" e "Morro velho", as m�sicas do in�cio de carreira.

Z� Ibarra, que fez o show de abertura, dividiu com Milton outra can��o da primeira fase de sua carreira, “Outubro”.



Surpresas foram prometidas. A primeira apareceu na parte inicial da apresenta��o. Milton cantou "Amor de �ndio", de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, can��o que n�o integra o repert�rio oficial da turn�.


Ver galeria . 54 Fotos Cerca de 55 mil pessoas acompanharam a última sessão de música, que encerrou na noite deste domingo (13/11) a trajetória do cantor e compositor mineiro nos palcos.Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Cerca de 55 mil pessoas acompanharam a �ltima sess�o de m�sica, que encerrou na noite deste domingo (13/11) a trajet�ria do cantor e compositor mineiro nos palcos. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

Milton citou o reconhecimento do disco "Clube da esquina" e anunciou a presen�a no palco de Toninho Horta, Wagner Tiso, Beto Guedes e L� Borges. Contendo com alguma dificuldade o choro, Bituca cantou com o quarteto "Para Lennon e McCartney".

A plateia acompanhou iluminando o est�dio com luzes verdes e lanternas de celulares, num dos momentos mais emocionantes da noite. 



Outra can��o que foi inclu�da somente no repert�rio desta noite, "Um girassol da cor do seu cabelo" foi executada por L�, Toninho, Wagner e Beto, provocando como��o no p�blico, que cantou junto e aplaudiu com vontade.

Milton esteve, todo o tempo, muito emocionado. Ao final de cada can��o, ele permanecia quieto. J� sem os convidados no palco, cantou sozinho "Cais". A plateia, tamb�m comovida, entoou "Bituca, eu te amo!". 



Depois de um set mais emotivo, "Tudo o que voc� podia ser" levantou o p�blico no Mineir�o. Diretor musical e arranjador do show, Wilson Lopes fez um solo de guitarra que introduziu "San Vicente", interpretada por Z� Ibarra.
 
“Clube da esquina 2” levou Milton a reger a multid�o, enfatizando o verso “gente, gente, gente”. Na sequ�ncia, uma homenagem � sua m�e, L�lia, que d� nome ao tema instrumental que Milton acompanhou com vocalise. 

Milton canta ao lado de Lô Borges, Toninho Horta, Beto Guedes e Wagner Tiso
Milton recebe no palco L� Borges, Toninho Horta, Beto Guedes e Wagner Tiso (foto: T�lio Santos/EM/D.A.Press)

Mais um momento de grande encontro com o p�blico: "F� cega, faca amolada" foi cantada em todos os cantos do Mineir�o, junto a outra de forte apelo, "Paula e Bebeto". Na sequ�ncia, Milton anunciou "uma pequena homenagem a Mercedes Sosa". 

Z� Ibarra interpretou "Volver a los 17" na can��o musicada do poema de Violeta Parra que Milton gravou com a cantora argentina.

Pouco depois ele convidou Samuel Rosa ao palco, e o vocalista do Skank disse: "Eu j� achava um baita privil�gio habitar a Terra ao mesmo tempo em que esse g�nio" e ressaltou o privil�gio adicional de dividir o palco com ele, diante de "60 mil pessoas".

"Sua m�sica est� em movimento, sua m�sica � pra sempre, sua m�sica transforma as pessoas e o pa�s. Obrigado, Bituca. Obrigado por existir", disse Samuel, antes de os dois cantarem juntos "O trem azul", de L� Borges e Ronaldo Bastos, outra can��o inclu�da somente neste show da turn�.


Samuel convidou Bituca a "ouvir o Mineir�o lotado" e deixou a plateia cantar o refr�o. E conclui: "Bituca na cabe�a de todos n�s para sempre!". 

Duas can��es de Tavinho Moura a partir do folclore levaram o p�blico a dan�ar juntinho: "C�lix Bento", "Peixinhos do mar". Ao final, o medley foi encerrado com "Cuitelinho", de Paulo Vanzolini. "Cio da terra" encerrou esse set da apresenta��o.

Na sequ�ncia, Milton disse: “Como eu guardo voc�s do lado esquerdo do meu peito, a pr�xima m�sica eu dedico a todos voc�s”, antes de entoar "Can��o da Am�rica".  

No trecho final do show, Milton emendou v�rios hits. Depois de "Can��o da Am�rica", "Ca�ador de mim" e "Nos bailes da vida". 

Ele recebeu mais um convidado em sua noite de despedida. Nelson �ngelo dividiu com ele os vocais de "Fazenda", de sua autoria. 

"Bola de meia, bola de gude" foi a pen�ltima can��o do repert�rio. Milton apresentou toda a banda que o acompanhou nesta turn� "A �ltima sess�o de m�sica". 

A plateia levantou os cartazes de “Obrigado, Bituca” antes da �ltima can��o, “Maria Maria”. Muito emocionado, disse: “Eu tamb�m amo voc�s!". E seguiu-se uma interpreta��o en�rgica de "Maria, Maria", com espa�o para a plateia solar e fogos de artif�cio.
 
Ap�s "Cora��o de estudante", j� no bis, com o piano de Wagner Tiso e a voz de Milton, ele afirmou: "Viva a democracia". 
 

 
Toninho Horta retornou ao palco para tocar ao lado de Wilson Lopes "Travessia". Z� Ibarra come�ou a cantar os primeiros versos da can��o. Milton assumiu no trecho "solto a voz nas estradas, j� n�o quero parar". 
 
"Encontros e despedidas" encerrou o show. E Milton se dirigiu ao parceiro morto em 2015: "Fernando Brant, onde voc� estiver, eu te amo!". A hora do encontro � tamb�m despedida.



Na sequ�ncia, ele chamou toda  a equipe ao palco, come�ando por seu filho e empres�rio, Augusto Nascimento. Com delicadeza, Milton foi amparado por ele. J� de p�, agradeceu, agora sem mais palavras, a noite. Agradecidos e enlevados ficamos todos n�s. 
 


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