
Metade da dupla formada com o irm�o Humberto, ele se notabilizou nas �ltimas tr�s d�cadas pelo desenho de m�veis feitos sobretudo a partir de materiais inusitados, como poltronas estofadas com ursinhos de pel�cia. Mas suas obras tamb�m se espraiaram pelas �reas de projetos de interiores, arquitetura, paisagismo, cenografia, arte e moda.
Os Campana se firmaram como pot�ncia no design nacional na contracorrente da cartilha construtivista, corbusieriana que imperava nos tr�picos desde sempre, apadrinhada por Oscar Niemeyer.
A ousadia no uso dos materiais, a incorpora��o sem medo da cultura pop, do kitsch, do aleg�rico carnavalesco, sempre esteve � frente dos projetos. Mas a base tinha uma liga��o profunda com a ambival�ncia malandra do nosso design, um p� na limpeza escandinava, nas curvas reluzentes do su��o Max Bill, e outro na quadra fervida da escola de samba.
O design dos Campana, que fazia frente sem medo, e muito mais eficaz, aos excessos de um Philippe Starck, � exagerado como o barroquismo do Brasil exige e permite. � calcado na banalidade do ursinho de pel�cia chin�s da 25 de Mar�o e, ao mesmo tempo, na inventividade das rendeiras cai�aras, dos trabalhadores do couro nordestino.