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Estado de Minas EXPOSI��O

Exposi��o mostra a arte do ato de vestir

Capa de Tarsila do Amaral, parangol�s de H�lio Oiticica, manto de Arthur Bispo do Ros�rio e indument�rias ind�genas se destacam em 'EntrePanos', na Casa Fiat


22/11/2022 04:00 - atualizado 21/11/2022 22:31

Trabalhos de Antonio Bokel e Regina Gomide Graz
Trabalhos de Antonio Bokel e Regina Gomide Graz na exposi��o que ser� aberta nesta ter�a (22/11), na Casa Fiat (foto: Raquel Braga/divulga��o)

Com a proposta de cobrir um arco temporal que parte da Semana de Arte Moderna de 1922 at� os dias atuais, a Casa Fiat de Cultura abre, nesta ter�a-feira (22/11), a exposi��o “EntrePanos: rupturas do moderno e contempor�neo”. Como o nome sugere, trata-se de mostra com foco no tecido como mat�ria-prima para a obra de arte, com sele��o de mais de 20 artistas de diversas gera��es, que reformulam as rela��es entre o cobrir-se e o vestir.

Entre os artistas que comp�em a exposi��o – por meio de obras originais, reprodu��es, r�plicas ou registros em v�deo e fotogr�ficos – figuram nomes como Tarsila do Amaral, H�lio Oiticica, Arthur Bispo do Ros�rio, Fl�vio de Carvalho, Vicente do Rego Monteiro, Claudia Andujar, Nazareth Pacheco e Regina Gomide Graz, entre outros.
 
Fotografias de Claudia Andujar mostram indígenas xicrin-kayapos
Claudia Andujar fotografou os xicrin-kayap� e seu figurino, criado com mat�rias-primas da floresta, do qual faz parte a pintura corporal (foto: Raquel Braga/divulga��o)
 

Bate-papo com curadores

A abertura ser� marcada por bate-papo com os curadores Rachel Vallego e Ricardo Ribenboim, �s 19h30. Ser�o abordados detalhes sobre a sele��o das obras, o percurso criativo e refer�ncias sobre a arte moderna e contempor�nea, com visita mediada. O evento tem entrada franca, com inscri��o pela plataforma Sympla.

A exposi��o “EntrePanos” � composta por quatro n�cleos distintos, intitulados como “Rupturas”, “Suportes”, “Mantos” e “Imagin�rios”. Segundo Rachel, eles t�m o prop�sito de focar uma determinada caracter�stica e propor ao visitante olhar mais espec�fico sobre um assunto ou quest�o que o artista quis levantar em sua abordagem da chamada arte t�xtil.

“A gente parte da ideia do tecido e vai visualizando seus m�ltiplos usos e fun��es, como roupa, como obra de arte e tudo o mais que for poss�vel percorrer nesse caminho. Os n�cleos t�m a fun��o de ser uma esp�cie de guia, para dar uma orienta��o, mas as obras conversam entre si, � poss�vel intercambi�-las entre esses n�cleos”, observa a curadora.

Ela aponta que o per�odo de 100 anos que a mostra cobre tem o objetivo de oferecer contrapontos entre nomes hist�ricos das artes e a contemporaneidade. No n�cleo “Imagin�rios”, por exemplo, h� reprodu��es de obras de Vicente do Rego Monteiro feitas em 1920 e 1921 que estabelecem conex�o com fotografias que Claudia Andujar fez da etnia ind�gena xicrin-kayap� na d�cada de 1970.

“Vicente do Rego Monteiro foi, muito jovem, morar na Fran�a, na primeira d�cada do s�culo passado. Na Europa, travou contato com os bal�s russos e suecos, marcados por caracter�sticas muito regionais, e voltou para o Brasil com o desejo de criar um bal� nesses moldes, orientado pelas lendas ind�genas brasileiras. Estamos apresentando reprodu��es de desenhos, muito delicados, muito bonitos, em que ele cria esse universo de figuras para um bal�”, diz Rachel.

Ela destaca que cada n�cleo tem uma obra referencial, em torno da qual as demais orbitam – o registro da “Experi�ncia nº 3”, de Fl�vio de Carvalho, em “Rupturas”; a “Figura feminina”, de Regina Gomide Graz, em “Suportes”; a r�plica do “Manteau rouge”, de Tarsila do Amaral, em “Mantos”; e os desenhos de Vicente em “Imagin�rios”.

N�cleos

As obras n�o s�o propriamente s�nteses dos n�cleos, mas representa��es dos caminhos que foram percorridos para se chegar � conceitua��o de cada um deles, segundo a curadora. Ela cita, por exemplo, a r�plica do vestido com que Tarsila pintou o c�lebre autorretrato de 1923, em que surge com a pe�a desenhada pelo estilista franc�s Jean Patou, uma esp�cie de manto vermelho que abra�a o corpo, destacando a cabe�a e o colo.

Reprodução do icônico manto de Tarsila do Amaral
Reprodu��o do ic�nico manto de Tarsila do Amaral (foto: Raquel Braga/divulga��o)
“Esse n�cleo ‘Mantos’ � para pensar na dualidade, no tecido que te cobre e protege, mas que tamb�m representa transcend�ncia, porque te tira do cotidiano”, diz.

Ela aponta, dentro desse n�cleo, um outro exemplo: o registro em v�deo da performance “QuiZera”, realizada por Arthur Scovino em um mosteiro, em 2014.

“Ele est� com camisa branca, uma esp�cie de bata, na qual mo�as v�o amarrando bal�es de g�s h�lio, tamb�m na barba e no cabelo dele. No final, o artista se levanta, desabotoa a camisa, tira do corpo e ela � carregada pelos bal�es. � uma cena lind�ssima e que estabelece contraponto com o ‘Manteau rouge’ de Tarsila”, explica.

A curadora diz que, apesar do foco, “EntrePanos: rupturas do moderno e contempor�neo” n�o se limita ao tecido como suporte das obras que comp�em a mostra. Cita as fotografias de Claudia Anjudar e tamb�m “O vestido de Gilette” (1997), de Nazareth Pacheco, criado com cristais e l�minas de barbear.

“ENTREPANOS: RUPTURAS DO MODERNO E CONTEMPOR�NEO”

Abertura nesta ter�a-feira (22/11), �s 19h30, na Casa Fiat de Cultura (Pra�a da Liberdade, 10, Funcion�rios), com visita guiada e bate-papo com curadores. Ingressos gratuitos com inscri��o pela Sympla: bit.ly/BatePapoEntrePanos. At� 12 de fevereiro. O espa�o funciona ter�a-feira, das 10h �s 21h; de quarta a sexta-feira, das 10h �s 19h; s�bados, domingos e feriados, das 10h �s 18h. Tour virtual no site www.casafiatdecultura.com.br



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