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Estado de Minas CORES DO MUNDO

Muros de obra em S�o Paulo ganham pinturas de artistas refugiados

Cores do Mundo come�ou com um convite para que artistas pintassem tapumes para aliviar ang�stias do primeiro ano de pandemia de Covid-19


01/12/2022 23:31 - atualizado 01/12/2022 23:34

Obra
Obra comp�e um dos espa�os do Cores do Mundo, projeto da ONG Estou Refugiado iniciado em 2020 (foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress)
O muro de um canteiro de obras na Vila Leopoldina, bairro da zona oeste de S�o Paulo, ganhou pinturas de 32 pa�ses nesta quinta-feira (1º). Os respons�veis foram 15 artistas de diversas nacionalidades, entre imigrantes e refugiados, que contaram um pouco da hist�ria de seus locais de origem no espa�o de 400 metros.

 

Localizado entre a avenida Mofarrej e a rua Oth�o, o canteiro virou um dos espa�os do Cores do Mundo, projeto da ONG Estou Refugiado iniciado em 2020.

 

Segundo Luciana Capobianco, fundadora da ONG, o Cores do Mundo come�ou com um convite para que artistas pintassem tapumes para aliviar ang�stias do primeiro ano de pandemia de Covid-19. "S�o Paulo estava cinza, as pessoas em casa, e quem via as obras na rua adorava", afirma.

 

"E deu super certo, nomeei Cores do Mundo para fazer 'andar por a�', diz. Desde ent�o, afirma Luciana, o interesse pelos locais cresceu e tem rendido trabalho a artistas de diferentes pa�ses.

 

"Aconteceu o mais inusitado: uma pessoa parou na rua, tirou foto e disse 'quero comprar o tapume', agora estamos com demanda de empresas construtoras querendo fazer", diz ela. O trabalho nos 400 metros de muro na Vila Leopoldina � um desses pedidos, contratado pela Brookfield Properties, empresa do ramo imobili�rio, e mediado pela ONG.

 

Segundo Luciana, a ideia � dar visibilidade aos artistas e auxiliar na cria��o de uma rede para que eles possam comercializar seu trabalho.

 

Foi no Cores do Mundo que a venezuelana Maria Eva Rojas Brice�o, 64, juntou sua experi�ncia de artista pl�stica com vitrais � oportunidade de trabalhar em um cen�rio diferente, um muro de obra.

 

"S�o Paulo � uma cidade colorida, cheia de arte. Sinto que aqui posso fazer o que realmente me apaixona, que � arte", diz Maria Eva, que � casada com um brasileiro e veio para o Brasil h� dois anos.

 

Davi Didishvili, conhecido como Dato em sua cidade natal, deixou a Ge�rgia, ex-rep�blica sovi�tica, com a fam�lia em 1993, aos 12 anos de idade.

 

"� importante mergulhar mais nas informa��es sobre esses pa�ses, entender mais coisas sobre os pa�ses e seus conflitos. Para mim � interessante, porque tivemos v�rios em meu pa�s", afirma, em refer�ncia aos conflitos em sua terra natal.

 

Filho de pai artista, mudou-se para a R�ssia com os pais, estudou cenografia e teatro e diz que arte � sua vida. Dato chegou ao Brasil em 2012, casou-se com uma brasileira, tem dois filhos e vive em S�o Paulo com a fam�lia.

 

Para ele, o projeto ajuda no desenvolvimento do neg�cio e nas habilidades pr�prias. "A hist�ria do artista � a hist�ria do desenvolvimento de sua arte", afirma.

 

� o que tamb�m diz o artista de Angola Landu Makanda, que chegou ao Brasil em janeiro deste ano e diz que o trabalho � uma oportunidade para conhecer outras formas de pintar.

 

"Me ajudou a conhecer outros artistas, estrangeiros e brasileiros. Artista tem que conhecer o mundo todo, outras t�cnicas e melhorar a pr�pria maneira de trabalhar."

 


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