
Fachada principal j� exibe o amarelo-ocre caracter�stico do Pal�cio de S�o Crist�v�o desde os tempos do Imp�rio
Gustavo Werneck/EM/D.A PressRio de Janeiro - Mesmo com chuva, visitantes chegam de todos os cantos para admirar a fachada restaurada do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na capital fluminense. “Quem viu este monumento funcionando em toda sua grandeza, depois se horrorizou com a destrui��o pelo fogo e agora assiste ao renascimento, fica emocionado. Parece a hist�ria daquela ave da mitologia grega”, diz a turista paulista, equilibrando-se com a sombrinha para registrar o cen�rio na tela do celular.

Das portas centrais, o p�blico pode ver pequena exposi��o da cole��o de mineralogia, abrigada no hall
Gustavo Werneck/EM/D.A PressInvestimento federal
O entusiasmo abre as portas e contagia o diretor do museu, vinculado � Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alexander Kellner, certo de que � totalmente poss�vel devolv�-lo � sociedade em 2026.
Para tanto, assegura, “� preciso que o governo (federal) que se inicia, especialmente por meio dos minist�rios da Cultura, da Educa��o e da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o, se aproxime e ajude o quanto antes. � imposs�vel um museu grandioso como este sobreviver sem investimentos p�blicos. Precisa haver maior conscientiza��o do poder p�blico, mudan�a de mentalidade na dire��o dos �rg�os respons�veis pelo patrim�nio”.

Rosto de Luzia, em foto de 1999. O mais antigo f�ssil humano foi reconstru�do a partir de cr�nio e esqueleto encontrados em Pedro Leopoldo, danificados pelo fogo
Antonio Scorza/AFP/20/9/1999'(Luzia) Est� em fragmentos n�o muito pequenos, e temos 90% do f�ssil. Falta apenas a verba para fazer a reconstitui��o'
Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional
Luzia entre os escombros
O inc�ndio destruiu de 80% a 85% do acervo do Museu Nacional, ent�o estimado em 20 milh�es de itens ligados � antropologia, aos povos ind�genas, � heran�a cultural e � biodiversidade.
Entre as “v�timas” estava o cr�nio de Luzia, o mais antigo f�ssil humano (com idade de 11,4 mil anos e considerada a primeira brasileira), encontrado em 1974 na Gruta da Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

Fragmentos do esqueleto de Luzia resgatados depois do inc�ndio
Carl de Souza/AFP
Est�tua de Dom Pedro II, o imperador que prezava a cultura e a ci�ncia, � a guardi� do Museu Nacional
Gustavo Werneck/EM/D.A PressDom Pedro II, o "anfitri�o"

Em 2 de setembro de 2018, inc�ndio destruiu 80% do acervo da institui��o, calculado em 20 milh�es de itens
Alexandre Brum/O Dia
Vista a�rea do museu em 3 de setembro de 2018, dia seguinte � trag�dia
Mauro Pimentel/AFP/3/9/2018Fachada nas cores do Imp�rio
De acordo com a nota divulgada pela coordena��o do projeto Museu Nacional Vive, as obras das fachadas e cobertura do pal�cio foram iniciadas em novembro de 2021, ap�s a prote��o dos elementos art�sticos e hist�ricos que sobreviveram ao inc�ndio. Com or�amento total de R$ 23,6 milh�es, o servi�o nas fachadas e coberturas do bloco hist�rico vai at� o m�s que vem.
Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, explica o andamento das obras de recupera��o, em novembro de 2021
Mauro Pimentel/AFP/12/11/21'Avan�amos muito, tivemos de aprovar os projetos, mas precisamos que haja a acelera��o desse avan�o no novo governo. O museu pertence a todos, a toda a sociedade brasileira, n�o � de esquerda, direita, rosa ou azul'
Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional
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