Fernanda Takai com bonecos do Giramundo

Fernanda Takai protagoniza "Alice live", releitura 'mineira' das aventuras de Alice no Pa�s das Maravilhas

Andr� Burian/divulga��o

Dez anos atr�s, o Grupo Giramundo lan�ou “As aventuras de Alice no Pa�s das Maravilhas”, espet�culo que trazia as vozes (gravadas) de Fernanda Takai como a personagem-t�tulo e de Arnaldo Baptista como o Chapeleiro Maluco. Na �poca, a companhia de teatro de bonecos j� participava do show “M�sica de brinquedo”, do Pato Fu.

A rela��o se intensificou mais tarde, quando grupo e banda lan�aram um projeto conjunto, “Alice live”. Criada para os adultos, mas adorada pelo p�blico infantojuvenil, a montagem ganha apresenta��o neste domingo (20/8), no Pal�cio das Artes, como parte da programa��o do projeto Divers�o em cena.

Ao vivo

O “live” do t�tulo � literal. No palco, s�o 21 pessoas, entre marionetistas do Giramundo, m�sicos da banda, atores e t�cnicos. S�o 65 bonecos, de diferentes t�cnicas de manipula��o. O Pato Fu toca ao vivo can��es produzidas pelo guitarrista John Ulhoa.

 

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“Quando o 'Alice' surgiu, eu j� pensava no Pato Fu, na Fernanda fazendo a personagem e no John como uma esp�cie de maestro, pois ele � o construtor nato de trilha, tem imagina��o sonora para fazer a m�sica acompanhar as imagens”, comenta Marcos Malafaia, diretor do Giramundo.

O espet�culo foi apresentado apenas em Belo Horizonte. Estava adormecido desde a pandemia e retorna agora, quando grupo e banda est�o juntos em outro projeto, a s�rie infantojuvenil “M�sica de brinquedo”, que estreou h� poucas semanas no canal Nick, exibindo novos epis�dios aos s�bados.

“Ver o 'Alice' voltar agora � muito promissor para o Giramundo, pois ele indica caminhos que v�o muito al�m do que o grupo j� formatou. � um espet�culo que tem formato de show. E show carrega outro tipo de p�blico, de espa�o. Ou seja, ele une dois universos”, acrescenta Malafaia.

Neste retorno, Marcos n�o estar� em cena, pois dividir� com outra diretora do Giramundo, Beatriz Apocalypse, a “pilotagem” da mesa de som e de luz.

Al�m da banda e dos bonecos, o espet�culo ainda conta com anima��es. “Vejo 'Alice' como uma esp�cie de filme. Dentro de um quadro n�s temos os bonecos reais, e eles tamb�m est�o num filme. E em outro espa�o, mas tamb�m integrado a esse filme, est� a banda”, explica Malafaia.

Para ele, “Alice live” traz refer�ncias tanto de �pera quanto de musical. “Mas n�o h� di�logos cantados, ainda que a m�sica esteja presente o tempo inteiro. � uma inven��o em que o Giramundo precisa se aprofundar. Nosso objetivo � transpor essa experi�ncia para o cinema, fixar a uni�o dos bonecos com a anima��o.”

Colapso e supera��o

A companhia mineira completou seu cinquenten�rio no primeiro ano da pandemia. Malafaia comenta que foi dif�cil sobreviver durante a crise sanit�ria. “A Cemig (atual patrocinadora) protegeu o grupo da extin��o. Nosso acervo esteve � beira de ser colapsado, perdido, o museu estava fechado. Entramos em um projeto de restaura��o e cataloga��o e somente agora estamos remontando os espet�culos.”

Nesse retorno p�s-pandemia, os planos s�o grandes. O grupo est� remontando v�rios espet�culos, muitos deles cl�ssicos (como “Cobra Norato” e “Orix�s”, apresentados recentemente), e tamb�m formando nova equipe de marionetistas.

“Nossa expectativa � chegar ao final de 2024 com 20 espet�culos ativos”, diz Marcos Malafaia. Catorze deles j� voltaram � ativa, ent�o o momento � promissor.

“ALICE LIVE”

Com Giramundo e Pato Fu. Projeto Divers�o em Cena. Neste domingo (20/8), �s 17h, no Pal�cio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada), � venda na bilheteria e no site eventim.com.br. Informa��es: (31) 3236-7400.