O ator Othon Bastos em 'Deus e o diabo na Terra do Sol'

Othon Bastos � Corisco em "Deus e o diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha; longa que � um marco do cinema novo est� na programa��o do ciclo

Copacabana Filmes/Divulga��o

Lan�ado em junho, o programa Viva Cinemateca come�ou a colocar em pr�tica, por meio de investimentos p�blicos e privados, projetos de revitaliza��o de seu acervo e moderniza��o de sua sede, na Vila Mariana, em S�o Paulo. Um dos bra�os da iniciativa prev� tamb�m dar maior visibilidade � institui��o.

 

Com esse objetivo, uma s�rie de cidades recebe at� o fim do ano a mostra “A Cinemateca � brasileira”. Em Belo Horizonte as exibi��es come�am nesta sexta (25/8), no Cine Santa Tereza. Nos pr�ximos meses, haver� sess�es tamb�m no Memorial Minas Vale e no Cine Humberto Mauro, no Pal�cio das Artes (onde haver� ainda uma exposi��o). Tudo com entrada franca.

 

Em BH, ser�o exibidos 13 filmes que abrangem 120 anos de hist�ria da produ��o cinematogr�fica nacional. A curadoria foi da pr�pria Cinemateca. O filme mais antigo, de 1929, � "S�o Paulo: A sinfonia da metr�pole", de Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny. H�ngaros, os dois eram propriet�rios de um dos melhores laborat�rios de cinema do Brasil da �poca. No document�rio, eles mostram o progresso econ�mico da capital paulista nas primeiras d�cadas do s�culo 20.

 

 

Cl�ssicos

A programa��o abrange cl�ssicos de diferentes momentos e movimentos: "Deus e o diabo na terra do sol" (1964), de Glauber Rocha, ponta de lan�a do Cinema Novo; "O bandido da luz vermelha" (1968), de Rog�rio Sganzerla, destaque do Cinema Marginal.

 

H� tamb�m grandes sucessos de bilheteria, como "Dona Flor e seus dois maridos" (1976), de Bruno Barreto, que durante d�cadas foi o filme de maior p�blico do pa�s. Da produ��o deste s�culo, destacam-se "Cidade de Deus" (2002), de Fernando Meirelles e K�tia Lund, indicado a quatro Oscars, e "Bacurau" (2019), de Kleber Mendon�a Filho e Juliano Dornelles, vencedor do Pr�mio do J�ri do Festival de Cannes. 

 

Todas as c�pias que ser�o exibidas s�o digitais. "Algumas n�s j� t�nhamos e outras pedimos aos produtores. N�o fizemos um restauro, mas alguns dos filmes foram escaneados para chegar no formato DCP (hoje o sistema que domina as exibi��es em todo o mundo). A mostra � um grande panorama do cinema brasileiro, temos pelo menos um t�tulo de cada d�cada, de 'S�o Paulo: A sinfonia da metr�pole' at� 'Marte Um' (2022, do mineiro Gabriel Martins, que ser� exibido em dezembro, no Memorial Minas Vale)", comenta Dora Mour�o, diretora da Cinemateca.

 

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A iniciativa de levar parte de seu acervo para al�m de S�o Paulo em uma programa��o conjunta � in�dita na hist�ria recente da Cinemateca, fundada h� mais de 70 anos. Outro programa que unia institui��es de guarda do audiovisual de v�rias regi�es do pa�s pode voltar � ativa.

 

Realizado entre 2006 e 2009, o Sistema Brasileiro de Informa��es Audiovisuais (Sibia) foi um grupo de trabalho que reuniu profissionais de acervos e cinematecas de diferentes lugares.

 

"Nossa inten��o � retom�-lo. De qualquer maneira, n�o podemos fugir ao fato de que a Cinemateca Brasileira tem a melhor estrutura de guarda, de preserva��o e de restauro. Ent�o ela tem que ser considerada dessa maneira, como um apoio a a��es que ocorram em outros estados brasileiros", afirma Dora Mour�o.

 A CINEMATECA � BRASILEIRA

Mostra de 13 filmes nacionais, a partir desta sexta (25/8), no Cine Santa Tereza, Rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza. As sess�es ir�o at� quinta (31/8). Entrada franca. Programa��o completa no site do cinema; retirada de ingressos via Sympla.