Quinteto Astor Piazzolla

Quinteto argentino lan�a o disco "Operation tango", no Sesc Palladium, e se prop�e a manter o legado de Astor Piazzolla

Funda��o Astor Piazzolla/divulga��o

'Piazzolla � como Maradona, Messi e Pel�, personalidades que aparecem a cada 100 anos. � um protagonista especial, ent�o devemos honrar sua m�sica'

Juli�n Vat, flautista e saxofonista


Em turn� para lan�ar o disco  “Operation tango”, o Quinteto Astor Piazzolla se apresenta nesta quinta-feira (31/8), no Sesc Palladium, em Belo Horizonte. Depois de tocar na Austr�lia, Nova Zel�ndia, Estados Unidos, M�xico, Costa Rica e Bulg�ria, o grupo est� no Brasil para comemorar os 100 anos do compositor e bandeonista argentino.

“A ideia n�o � apenas focar nos cl�ssicos de Piazzolla. Parte da nossa miss�o � focar em pe�as menos conhecidas que acreditamos que merecem ser ouvidas”, diz o saxofonista e flautista Juli�n Vat, que se apresentar� com Pablo Mainetti (bandoneon), Nicol�s Guerschberg (piano), Serdar Geldymuradov (violino), Armando de la Vega (guitarra), Daniel Falasca (contrabaixo).

Vinculado � Funda��o Astor Piazzolla, o grupo priorizou tamb�m pe�as escritas pelo compositor para quinteto.   Juli�n Vat est� consciente de que o p�blico quer ouvir “Libertango” e “Adi�s nonino”, cl�ssicos do consagrado autor, mas pondera: “� importante dar ao espectador a oportunidade de ouvir m�sicas que ele n�o tem costume de escutar”.
 

O grupo argentino se atribuiu a miss�o de levar � frente o trabalho de Piazzolla, nome fundamental da renova��o do tango. “Nosso trabalho � baseado nas obras dele. Embora fa�amos adapta��es devido � quantidade de m�sicos, pois somos um quinteto, a plateia consegue entender, em qualquer parte da execu��o, que se trata de Piazzolla”, afirma. Nesta quinta-feira, o grupo vai tocar “Thriller” e “Fuga y misterio”, gravadas no �lbum do quinteto.

 

 

Respeito ao mestre

O repert�rio da noite ter� 12 m�sicas, com diferentes dura��es. “A m�sica de Piazzolla n�o � t�o longa, mas algumas podem se prolongar. Nunca criamos arranjos nessa ocasi�o. Somos compositores e fazemos arranjos, claro, mas em se tratando de Piazzolla, n�o fazemos isso. Ele foi um maravilhoso compositor e arranjador. Ent�o, respeitamos a forma e as ideias dele na hora de interpret�-lo. Por isso, n�o incorporamos novas ideias � sua obra”, explica.
 
O argentino garante: � imposs�vel tocar Piazzolla todas as vezes do mesmo jeito. “Piazzolla � como Maradona, Messi e Pel�, personalidades que aparecem a cada 100 anos. � um protagonista especial, ent�o devemos honrar sua m�sica.”

O tango est� em alta na Argentina, comemora Juli�n Vat.  “Os jovens se interessam em tocar e estudar o ritmo. E tamb�m em encontrar formas diferentes de compor, talvez com influ�ncias do rock ou de outros estilos. Os tempos mudam e o acesso � m�sica mundial est� dispon�vel para todos. Penso que o tango precisa mudar e entender a globaliza��o”, defende o saxofonista.

De acordo com ele, n�o h� necessidade de os novos compositores separarem “o que � tango e o que n�o �”. Eles devem compor o que sentem, acredita. “Tango n�o � m�sica de 50 ou 60 anos atr�s”, enfatiza. “A m�sica de Piazzolla come�a com tango, mas n�o se resume apenas a isso, pois tamb�m est� presente o jazz, a m�sica da academia, al�m, claro, da popular. Por isso, muitos artistas do mundo querem toc�-lo, pois ele � especial”, observa.
 
Astor Piazzolla

O argentino Astor Piazzolla (1921-1992) est� entre os m�sicos mais importantes do s�culo 20

EBC/reprodu��o
 

Paix�o de inf�ncia

O saxofonista conta que ama Piazzolla desde pequeno. “Ele foi grande influ�ncia na minha forma��o como flautista e diretor musical. Antes dos 20 anos, tive a oportunidade de conhec�-lo, realmente uma honra. Acredito que Piazzolla foi bastante importante na vida de outros m�sicos de Buenos Aires”, diz.

Aos 20 anos, Juli�n Vat gravou “Histoire du tango”, composta por seu �dolo para flauta e viol�o. “Ele me deu esta m�sica e foi uma grande honra para mim”, orgulha-se.

“Recentemente, gravei-a novamente em duo com um violonista. Amo a obra dele, � m�sica atemporal. A m�sica de Piazzolla ainda est� viva”, garante.

O argentino diz tamb�m que adora m�sica brasileira. “Quando comecei a aprender m�sica, estudava Villa-Lobos, mas hoje gosto de tocar e escutar Chico Buarque, Milton Nascimento e Caetano Veloso, entre outros.”

QUINTETO ASTOR PIAZZOLLA

Nesta quinta-feira (31/8), �s 20h30, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro). Inteira: R$ 120 (plateia 1), R$ 100 (plateia central) e R$ 75 (plateia lateral), com meia-entrada na forma da lei. � venda na bilheteria e no site Sympla. Informa��es: (31) 3270-8100.