Livro celebra a hist�ria e os filhos ilustres de Coromandel
Para marcar o centen�rio da cidade mineira, que se emancipou de Patroc�nio em 1923, ser� lan�ado neste s�bado (2/9) "Coromandel centen�ria - Mem�ria e afetos"
O compositor e clarinetista Abel Ferreira (1915-1980), um dos filhos ilustres de Coromandel, tem sua hist�ria contada no livro sobre o centen�rio da cidade, que ser� lan�ado neste s�bado (2/9)
Reprodu��o
Cento e vinte e cinco mil tijolos produzidos em uma olaria dom�stica. Em 16 de fevereiro de 1957, um munic�pio de 10 mil habitantes, com somente 34 anos de emancipa��o, ganhou um cinema com dois andares – e pouco mais de 600 assentos. Um dos marcos da cidade de Coromandel, no Vale do Parana�ba, o Cine Uni�o, desativado h� tr�s d�cadas, mas tombado e bem conservado, � parte da mem�ria afetiva dos habitantes da cidade mineira.
Em especial da jornalista Maria do Ros�rio Caetano, que dedica o livro "Coromandel centen�ria – Mem�ria e afetos" (Editora Livramento) � mem�ria de seus pais, Mariana Caetano Cruvinel e Geraldo Caetano – este �ltimo foi um dos quatro empreendedores que ergueram o cinema.
H� mais de meio s�culo fora de sua terra natal, Ros�rio, uma das mais experientes jornalistas de cinema do pa�s, diz que estava em d�vida com a sua cidade. Com lan�amento neste s�bado (2/9), na Casa da Cultura, a obra, organizada por ela, celebra o centen�rio de Coromandel, emancipado de Patroc�nio em 7 de setembro de 1923. � um livro-mutir�o, diz Ros�rio, dada a quantidade de pessoas (coromandelenses e n�o) envolvidas. S�o quase 20 pessoas que escreveram os textos – ora mem�rias, ora perfis.
M�sica e diamantes
Al�m de recuperar a trajet�ria da cidade – em texto de Ernane Borges Diniz, o historiador local –, o livro celebra seus filhos diletos. O mais c�lebre � o compositor e clarinetista Abel Ferreira (1915-1980), refer�ncia no choro. Tamb�m na seara da m�sica, outro destaque � Goi� (1935-1981), compositor e radialista ligado ao universo caipira e autor de "Saudade de Coromandel", hino afetivo local.
V�rios personagens da cidade s�o destacados, como Joaquim Ven�ncio Tiago. O livro reproduz reportagem de Jo�o Eust�quio, publicada na extinta revista "Manchete" de 1969, contando a hist�ria do homem, na �poca com 85 anos, que havia encontrado, na juventude, o terceiro maior diamante do mundo – de nome Get�lio Vargas, tinha 726 quilates e foi vendido em 1938 por 2,1 mil contos de r�is, uma fortuna naqueles anos.
"Hoje a cidade � um polo agropecu�rio, mas, na nossa �poca, era um polo de diamantes", comenta Ros�rio. Fato � que Coromandel tamb�m gerou muitos jornalistas que fizeram carreira em S�o Paulo, Rio ou Bras�lia. Entre eles est�o �lvaro Rodrigues Pereira, Tereza Cruvinel (que escreveu texto sobre a origem da cidade, terra dos kayap�) e Valderez Caetano, al�m do supracitado Jo�o Eust�quio.
Com muitas fotos antigas, o livro reuniu duas delas na capa: uma � da d�cada de 1920, de uma professora e seus alunos – o menor � Abel Ferreira; a outra � do vel�rio de Goi�, em janeiro de 1981, que parou a cidade. Na imagem, vemos a popula��o em frente � Matriz de Santana, mais antiga do que o pr�prio munic�pio.
Vel�rio do m�sico Goi� entrou para a hist�ria de Coromandel
Letramento/reprodu��o
Cinema Novo
Neste retorno a Coromandel, Ros�rio fala das pr�prias lembran�as. Foi no cinema fundado por seu pai – "sofisticad�ssimo, com equipamento de �ltima gera��o" – que ela descobriu os filmes nacionais. Assistiu do "poleiro", como foi apelidado o mezanino do Cine Uni�o, a filmes como "Vidas secas" (Nelson Pereira dos Santos, 1963) e "A hora e a vez de Augusto Matraga" (Roberto Santos, 1965).
"� um espanto, mas vi o Cinema Novo l�. Era uma �poca em que o cinema brasileiro chegava ao interior", comenta Ros�rio, que sonha em ver a antiga sala dos anos 1950 como espa�o multiuso na Coromandel da atualidade.
Capa do livro Coromandel centen�ria
Reprodu��o
“COROMANDEL CENTEN�RIA - MEM�RIAS E AFETOS”
• Organiza��o de Maria do Ros�rio Caetano
• Editora Letramento
• O lan�amento ser� neste s�bado (2/9), a partir das 16h, na Casa da Cultura, Rua Rio Branco, 1.000, Coromandel. R$ 60 (na tarde de aut�grafos) e R$ 80 (no site editoraletramento.com.br)
*Para comentar, fa�a seu login ou assine