Cafeteria em meio � natureza � nova atra��o em BH

 

A nutricionista Maria Tereza Bittar Nolli, antes mesmo de se formar, foi seduzida pela m�e e foi trabalhar com seus pais em uma f�brica de ra��o de gado de grande porte e aves, e gostou de ser empres�ria. Infelizmente, perdeu os pais muito cedo e come�ou a procurar alguma coisa para fazer, paralelamente � empresa, que tivesse mais a sua cara. Foi nessa busca que a jovem descobriu sua paix�o pela natureza e resolveu abrir o ateli� de plantas e cafeteria Verde-si.

 

Ainda no meio do curso de nutri��o, Maria Tereza viu que esse n�o seria seu caminho. “N�o me via dentro de um consult�rio tentando convencer uma pessoa a comer e fazer uma coisa que ela n�o queria. Mas decidi terminar o curso e depois fazer uma p�s em outras �reas de gest�o e empreendedorismo. Estava amando o mundo empresarial.

 

 

 

Assim que me formei, me inscrevi em gest�o de marketing na Funda��o Dom Cabral e amei”, conta.

Os planos da m�e era ampliar a f�brica, atuando no universo pet, mas n�o deu certo, porque a competi��o era desigual, ou os grandes produtores ou os informais. Abortaram o processo antes mesmo de construir a nova f�brica, mas serviu de muito aprendizado. A jovem empres�ria usou sua p�s-gradua��o para essa an�lise do neg�cio e os professores diziam, ou briga de igual para igual ou desiste. Conseguiu convencer seus pais e desistiram.

 

Infelizmente, em um intervalo de um ano e quatro meses ela perdeu os pais, e teve que assumir a empresa legalmente. At� que uma de suas meias-irm�s foi ajud�-la. Conseguiram organizar tudo, em tr�s anos. Mas, depois que a f�brica estava estabilizada e a irm� trabalhando junto, come�ou a pensar em fazer algo que fosse mais a sua cara.

 

 

 

“Sempre morei aqui no Belvedere, morava nesta rua mesmo, e tinha muita �rea externa, e sempre gostei muito de ficar junto da natureza. Como sou solteira, sa� da casa e fui para um apartamento no Vila da Serra. Comecei a me sentir sozinha em casa e comprava plantas. N�o tinha mais lugar para colocar verde e eu queria mais. Acabei fazendo uma treli�a na varanda para colocar as orqu�deas enquanto n�o floriam. Fiz. E quanto mais planta mais feliz eu ficava e mais eu gostava.”

 

“Quando estava pensando em qual neg�cio abrir veio planta na minha cabe�a, mas n�o queria ser apenas uma floricultura. E veio tudo t�o r�pido. Comecei a pensar em outubro de 2018 e em novembro estava com o contrato de loca��o desse espa�o assinado, e sabia que seria uma cafeteria no jardim, em um ateli� de plantas. O nome veio em uma madrugada e eu amei: Verde-si, com i no final, que para mim representa trazer o verde para si. Por ser nome pr�prio nos permite escrever errado e ter essa licen�a po�tica. Fui para S�o Paulo conhecer casas nesse estilo, porque aqui n�o tinha nenhuma.”

 

“Encontrei este espa�o – na verdade, era apenas a �rea constru�da, mas negociei o jardim e fiz uma entrada independente. Abri em mar�o de 2019, e poucos dias depois tivemos que fechar por causa da pandemia, mas continuamos vendendo as plantas e arranjos por delivery, e caixinhas de biscoitos etc. S� caf� que n�o dava. Fiz v�rios cursos de jardinagem e arranjos florais, kokedama, e de caf�s tamb�m. Sou dessas, tudo que quero vou a fundo. N�o sou especialista em caf�, entendo um pouco e tenho um excelente barista.”

A proposta da casa era ser um ateli� de plantas, onde as pessoas iriam para comprar flores e verdes diferentes e aproveitariam para tomar um caf� em um lugar gostoso, um ref�gio no meio da cidade. Por�m, o dia a dia mostrou que a hist�ria seria outra. As pessoas come�aram a ir para um caf�, um bate-papo e, j� que estavam l�, viam as plantas e consumiam os produtos.

 

A empres�ria percebeu que o ateli� de plantas seria o neg�cio secund�rio, diferentemente do que havia imaginado no in�cio. E se � caf� que querem, caf�, ter�o. As quatro mesas do in�cio se transformaram em 17. E investiu ainda mais na cafeteria. O menu come�ou pequeno e foi ampliando � medida que o movimento e a demanda cresciam.

 

A m�quina de caf� j� foi trocada tr�s vezes. Mas de uma coisa Maria Tereza n�o abre m�o: de ser cafeteria. “As pessoas pedem para eu come�ar a servir almo�o, e colocar bebida alco�lica. Se fizer isso, passarei a ser restaurante ou bar, e essa n�o � a minha proposta. Para atender os clientes dei uma leve incrementada no card�pio para o hor�rio do almo�o”, conta.

 

O espa�o n�o conta com uma ampla cozinha, por isso poucas coisas s�o feitas no local. Mesmo assim, o card�pio foi feito com todo capricho e cuidado, com fornecedores escolhidos a dedo. Al�m dos 14 tipos de caf�s variados, desde o coado ao espresso e prensa francesa, tamb�m tem o capuccino quente e uma s�rie de caf�s gelados e ch�s. Para acompanhar, tem croissant, p�o de queijo simples ou recheado, bolos, brownie, cruffing, danish, salada de fruta, a�a�. Para o hor�rio do almo�o, ela criou uma salada que pode vir acompanhada de quiche e tortinha low carb ou pizza proteica.

 

O funcionamento � de ter�a a sexta, das 10h �s 19h; s�bado e domingo, das 9h �s 14h. Em outros hor�rios ela aluga a casa para eventos. J� teve at� mini-wedding. A capacidade m�xima da casa � para 50 pessoas.

 

Verde-si

Rua Modesto Carvalho de Ara�jo, 405B

Belvedere