
Se voc� frequentou festas de anivers�rio nos anos 1980 e 1990, provavelmente se lembra das balas enroladas em papel colorido com franjinhas. Mariana Mussi, doceira de Belo Horizonte, mergulhou em suas mem�rias para trazer as balas de coco, tamb�m chamadas de bala del�cia, do passado para o presente. O formato e a embalagem s�o diferentes, mas o sabor e a alegria de sentir aquela massa a�ucarada derretendo na boca seguem intactos.
Fundadora da marca Bala de Coco, Mariana estudou gastronomia com planos de ser confeiteira, mas nunca imaginou que se especializaria em uma �nica receita. O neg�cio surgiu por acaso, quando ela resolveu aprender a fazer as balas pensando na sua m�e, que sempre foi apaixonada pelo doce. “De tanto que gostava, ela ia atr�s de um senhor uma vez por semana s� para comprar bala”, conta.
Mas a produ��o n�o ficou s� em fam�lia. Outras pessoas que souberam da sua nova habilidade tamb�m tiveram vontade de relembrar aquele sabor de coco, e as encomendas se multiplicaram. E ela entendeu qual seria sua miss�o. “N�o foi algo pensado, mas, de repente, percebi que deveria resgatar essa mem�ria, de um doce de inf�ncia, que � gostoso e prazeroso. N�o perde em nada para brigadeiro ou outro doce de festa”, opina.
Faz algum tempo que a bala de coco se tornou raridade. N�o � um doce que se encontra em qualquer lugar e os mais jovens talvez nunca tenham experimentado. Mariana acredita que seja pelo trabalho que d�. A receita exige destreza no fog�o e for�a f�sica.
Primeiro voc� tem que acertar o ponto da calda, uma mistura de a��car, leite de coco e gotinhas de lim�o (utilizadas para equilibrar o dul�or). Depois haja bra�o para esticar a massa repetidas vezes, j� resfriada, at� que esteja cintilante e quase transparente.
Bem macia
Para Mariana, esse ainda n�o � o fim do processo. A massa descansa por 12 horas, e, no dia seguinte, adiciona-se mais leite de coco. Tudo para que fique bem male�vel na hora de modelar e macia ao comer. “Essa foi a forma que aprendi e achei muito diferente. Nunca tinha comido assim. Vejo que as pessoas tamb�m ficam surpresas quando conhecem, porque � bem macia.”

As balas s�o moldadas a m�o e ficam altas e arredondadas. D� tamb�m para cort�-las em formato de cora��o. Na categoria sem recheio, existe a op��o mais tradicional poss�vel, que � a massa cl�ssica de coco com a fruta ralada por cima. Quem gosta de um sabor a mais pode escolher a massa saborizada com cacau, caf�, morango e lim�o ou misturada com pedacinhos de nozes e damasco.
J� na categoria com recheio, a massa de coco ganha in�meros acompanhamentos, todos cremosos. Atualmente, est�o dispon�veis chocolate, coco, nozes, lim�o siciliano, caramelo e doce de leite. O �nico que foge do padr�o � o “prest�gio”, com massa com cacau e recheio de cocada.
Mariana tamb�m trabalha com o sabor do m�s. J� passaram por sua cozinha pistache, amendoim, queijo, cereja com nozes e morango com leite em p�. No momento, ela estuda fazer queijo com goiabada. Todos os testes passam pelo crivo da m�e, que segue apaixonada pelo doce. Juntas, elas est�o sempre experimentando as balas del�cia que encontram pelo caminho.
No lugar do papel crepom, a doceira escolheu embalagens especiais, que fazem das suas balas verdadeiras joias. As caixas, oferecidas em tr�s tamanhos, s�o revestidas com papel de seda, que exala um apetitoso perfume de coco. Outra op��o, tamb�m pensada para presentear, � a bomboniere de vidro. As balas tamb�m podem ser embaladas individualmente.
Servi�o
(31) 98497-4800