(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas QUILOMBO MANZO

Patrim�nio de Minas, terreiro em Santa Luzia pede ajuda para obras urgentes

A campanha virtual pretende arrecadar R$ 30 mil para a manuten��o desse territ�rio, guardi�o das tradi��es da cultura afro-descendente


27/07/2021 17:08 - atualizado 28/07/2021 10:45

Financiamento coletivo está aberto até o dia 23 de agosto para contribuições(foto: Quilombo Manzo/Divulgação)
Financiamento coletivo est� aberto at� o dia 23 de agosto para contribui��es (foto: Quilombo Manzo/Divulga��o)

 
A Comunidade Quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, patrim�nio cultural de Minas, est� realizando uma campanha virtual para arrecadar fundos para a constru��o de um muro de conten��o em um de seus terreiros, na cidade de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. A obra contribuir� com a seguran�a e preserva��o do local, que costuma ser muito afetado pelo per�odo de fortes chuvas, no final do ano.
 
Originalmente, o quilombo se estabeleceu no Bairro de Santa Efig�nia, na Regi�o Leste de Belo Horizonte. Mas, desde 2012, parte da fam�lia teve que se mudar para o terreno em Santa Luzia e, desde ent�o, sofre com problemas relacionados ao terreno.
 
"Desde quando fomos para Santa Luzia, vivemo em terreno acidentado. Desde que terreiro teve que ir para l�, temos sofrido com quest�o de deslizamento de terra", afirma a makota C�ssia Kidoial�. Em janeiro de 2021, ocorreu deslizamento de terra, que colocou em risco as fam�lias quilombolas e tamb�m a vizinhan�a. Na �poca, a Defesa Civil esteve l� e interditou a casa da vizinha. "Ela teve que voltar para casa dela. N�o tem onde morar".
 

Makota conseguiu engenheiro e arquiteto para planejarem a obra, mas faltam recursos para dar andamento ao servi�o. "A situa��o � muito grave. Corre o risco de deslizar". Ela lembra que � necess�rio que a prefeitura realize uma obra de drenagem para desviar �gua da rua que desce para o terreno.
 
Mas o quilombo precisa construir um muro de gabi�o, edifica�� de tela e de pedra para conten��o do terreno. O or�amento ficou em R$ 30 mil. "A �nica sa�da campanha de arrecada��o". disse. At� o momento, o quilombo conseguiu R$ 10 mil numa conta pr�pria e R$ 7 mil na campanha virtual.  
 



O terreiro, interditado pela Defesa Civil de Santa Luzia, situado em uma �rea de risco, apresenta perigo aos frequentadores e �s casas vizinhas por causa de sua estrutura f�sica comprometida. Al�m do muro de conten��o para refor�ar o local, tamb�m est� prevista a constru��o de uma estrutura que desvia a �gua da chuva e do esgoto que escoa da rua acima do terreno, a fim de garantir e aumentar a seguran�a do local. 
 

A situa��o do Quilombo Manzo exp�e dificuldade de moradia da popula��o negra. "A �nica condi��o da gente morar � em �rea de risco. N�o tem pol�tica de moradia desde a �poca da aboli��o. N�o � escolha nossa", pondera a makota.  Al�m de n�o haver uma pol�tica de moradia, a popula��o negra costuma ser expulsa de �reas nobres e centrais.
 
"At� os quilombos, espa�os de moradia segura antes de formar a cidade, sofrem. A cidade vem e ocupa esses espa�os, desapropria a fam�lia, sem que tenham condi��es de sobreviv�ncia e de morar. N�o vivemos �rea segura, por uma quest�o geogr�fica e por quest�o governamental".

campanha est� dispon�vel neste link e acontece at� o dia 23 de agosto de 2021. As contribui��es podem ser feitas em valores R$ 20,  R$ 50, R$ 200, R$ 500 e R$ 1 mil, e aceitam cart�o de cr�dito e boleto banc�rio como formas de pagamento.

Hist�rico de resist�ncia, cultura e religi�o
  
Fundado na d�cada de 1970, a Comunidade Manzo Ngunzo Kaiango � um quilombo registrado como Patrim�nio Cultural do Estado de Minas Gerais pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha). "Quilombo fundado na d�cada de 1970 em Belo Horizonte. � um espa�o de preserva��o da cultura afro-desendente."
 
Matriarca do Quilombo Manza, mãe Efigênia(foto: Quilombo Manzo/Divulgação)
Matriarca do Quilombo Manza, m�e Efig�nia (foto: Quilombo Manzo/Divulga��o)
 

Com pr�ticas sociais e culturais baseadas na religiosidade de matriz africana, o terreiro de Santa Luzia abriga fam�lias e faz atendimento e consultas religiosas aos membros que moram na regi�o. O centro de encontro � um s�mbolo de for�a, uni�o e identidade.
 
Em 2012, o terreiro foi transferido para Santa Luzia.  As fam�lias quilombola vivem no bairro Santa Efig�nia e outra parte em Santa Luzia. "Os dois terrenos s�o patrim�nio cultural do Iepha, mas ainda n�o conseguimos viabilizar recursos para a prote��o." 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)