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Estado de Minas CENTEN�RIO

Jo�o do Rio: conhe�a o cronista negro que revolucionou o jornalismo

Esse ano completa 100 anos da morte de Jo�o do Rio, que narrava a realidade social por meio de suas cr�nicas


01/10/2021 12:00 - atualizado 01/10/2021 19:46

Imagem em preto e branco de João do Rio trajando um terno
Jo�o do Rio profissionalizou a profiss�o de jornalista no Brasil (foto: Reprodu��o)

A morte de Jo�o do Rio completou um centen�rio em agosto deste ano. O jornalista negro, gay e gordo morreu de infarte fulminante em 1921, mas deixou legado para o jornalismo e a literatura. Cronista, tradutor e teatr�logo, ajudou a formalizar a profiss�o de jornalista, que, na �poca, era considerada um “bico”.  A hist�ria dele � contada na exposi��o "Cintilando  e causando frisson - 140 anos de Jo�o do Rio", mostra online no Museu Bajub� que segue at� 26 de novembro.
 
Jo�o Paulo Em�lio Crist�v�o dos Santos Coelho nasceu no dia 5 de agosto de 1881, no Rio de Janeiro, e tornou-se Jo�o do Rio, em 1903, quando come�ou a trabalhar no Gazeta de Not�cias, onde ganhou fama e reconhecimento profissional.

Teve seu primeiro texto publicado em 1899 no jornal O Tribunal, e depois colaborou com diversos ve�culos. Em 1902, teve seu sonho destru�do pelo Bar�o do Rio Branco ao ser impedido de ingressar no Itamaraty por ser “gordo, amulatado e homossexual”, o que estava longe de ser a imagem ideal para um diplomata na �poca. 

Em 1904 escreveu uma s�rie de reportagens sobre as religi�es brasileiras, sendo cinco delas dedicadas a religi�es de matrizes africanas. A obra foi t�o bem desenvolvida que se tornou livro e um dos primeiros best-sellers brasileiros com mais de 8mil c�pias vendidas em seis anos, um grande feito para a �poca devido ao baixo n�mero de pessoas alfabetizadas e o tema abordado.

Se dedicava em tempo integral � atividade de rep�rter, e saia as ruas para acompanhar as mudan�as pelas quais o Rio de Janeiro passava na �poca, com grandes reformas estruturais. O olhar antropol�gico e social registrava a cidade em si e escrevia sobre problemas sociais como viol�ncia urbana, prostitui��o, meninos de rua e defendeu o direito das mulheres, os direitos trabalhistas e a melhoria das condi��es de trabalho. Sobre a viol�ncia contra a mulher, escreveu: “A totalidade dos c�rebros masculinos n�o pensa no outro sexo sem um desejo de humilha��o sexual”.

Em 1910 se tornou membro da Academia Brasileira de Letras, mas em 1913 se afastou da entidade e deixou expresso seu desejo de n�o ter seu vel�rio realizado no local. 

Em comemora��o ao centen�rio de sua morte, o Museu Bajub� est� iniciando suas atividades com a realiza��o de uma exposi��o gratuita e online. “Cintilando e causando frisson – 140 anos de Jo�o do Rio”  apresenta a trajet�ria de Joao do Rio e conta com cerca de noventa imagens. 
 
SERVI�O
Exposi��o "Cintilano e causando frisson - 140 anos de Jo�o do Rio"
Mostra online do Museu Bajub�
At� 26 de novembro


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