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Estado de Minas ATIVIDADE PEDAG�GICA

Professora da APAE de Neves � demitida ap�s dever de casa pol�mico

Educadora sugeriu a alunos que usassem bombril como cabelo em atividade escolar para o Dia da Consci�ncia Negra. Advogado da docente vai recorrer � Justi�a


29/11/2021 10:37 - atualizado 29/11/2021 11:24

Desenho de um homem negro
Imagem enviada no Dia da Consci�ncia Negra aos alunos de escola especial (foto: Reprodu��o)
   
A Associa��o de Pais e Alunos Excepcionais (Apae) de Ribeir�o das Neves informou aos pais dos estudantes da institui��o que a professora denunciada � Secretaria Municipal de Educa��o, por suspeita de atitude racista na produ��o de uma atividade escolar, foi demitida e j� n�o faz parte mais dos quadros da institui��o. De acordo com parentes dos alunos, as tarefas continuar�o a ser encaminhadas aos pais para o repasse aos estudantes por outra docente, at� o fim do atual ciclo de ensino.

No in�cio da semana passada, a Secretaria de Educa��o de Ribeir�o das Neves confirmou que havia recebido den�ncia, por meio do canal de sua ouvidoria, contra a professora e pediu esclarecimentos a APAE. A den�ncia feita de forma an�nima era de um parente de estudante que pedia apura��o em rela��o a uma tarefa escolar. No texto encaminhado � ouvidoria, a pessoa que  denunciou afirmava que o dever de casa refor�ava o racismo estrutural e pedia provid�ncias.

A docente negou que tenha sido racista ao enviar para os pais uma tarefa escolar na qual foi desenhada a imagem de uma pessoa negra, com a orienta��o de que os alunos colassem bombril na figura sobre a �rea referente aos cabelos. O dever de casa foi encaminhado juntamente com um �udio da professora, pelo grupo de WhatasApp mantido com os pais. A atividade da Escola Maria Azevedo Costa era um trabalho referente ao Dia da Consci�ncia Negra
Ap�s a den�ncia e a repercuss�o do caso, a professora enviou nova mensagem aos pais, na qual tentava justificar a atividade e negava que tivesse sido racista. Na grava��o ela pede desculpas a quem tivesse se sentido ofendido.

Pedido de desculpas

"M�es, eu mandei uma atividade sobre consci�ncia, trabalhar a consci�ncia negra. E pedi que colocasse no cabelo bombril. Gente, a minha inten��o n�o foi um trabalho preconceituoso. N�o foi preconceito. Eu quero mostrar sim para a sociedade a import�ncia do cabelo crespo, na cabe�a de uma pessoa afrodescendente, de uma pessoa branca e amarela... n�o houve preconceito da minha parte", disse na mensagem. 

A Secretaria de Educa��o de Ribeir�o das Neves n�o quis comentar sobre a decis�o da Apae. Em nota, a Federa��o das Apaes do Estado de Minas Gerais e a Apae de Ribeir�o das Neves informaram que fizeram um acordo de desligamento da professora. Informaram ainda que "repudiam qualquer forma de discrimina��o buscando sempre combater essa pr�tica hist�ricamente consolidada na sociedade." Nenhum boletim de ocorr�ncia chegou a ser registrado. 

Advogado diz que atividade tinha sido aprovada

Dino Miraglia, advogado da professora, afirma que a docente de 58 anos est� abalada emocionalmente. Segundo ele, a professora trabalha h� 20 anos com alunos especiais e nega que tenha sido racista no desenvolvimento da tarefa escolar.

Na vers�o dada pela professora ao advogado, as atividades usando texturas faziam parte de um projeto pedag�gico aprovado pela supervis�o da unidade para alunos especiais e n�o tinha inten��o ou cunho racista.

De acordo com o advogado, antes de se usar do bombril, a docente havia pedido que os alunos usassem um mam�o maduro para mostrar que ele era mole e o uso do bombril seguia na mesma linha.

Para o advogado as grava��es divulgadas foram usadas fora de um contexto e n�o revelam a realidade sobre o projeto escolar. O representante legal da professora informou que vai � Justi�a para pedir a recondu��o da professora que teria sido desligada da institui��o sem chance de defesa.


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