Os est�dios de futebol do pa�s v�m sendo motivo de discuss�o nas �ltimas semanas por conta de casos de racismo envolvendo funcion�rios e torcedores do local. Nesta quarta-feira, 15/12, o palco foi o est�dio do Athl�tico-PR, a Arena da Baixada, em Curitiba. Dois homens foram flagrados imitando macacos para torcedores do Atl�tico-MG, na partida final da Copa do Brasil.
Em Belo Horizonte, na �ltima segunda-feira (13/12), o rapper belo-horizontino Djonga afirmou, em suas redes sociais, que foi v�tima de racismo no �ltimo domingo no est�dio do Mineir�o, no primeiro confronto entre as equipes.
A declara��o veio ap�s um v�deo, feito durante a partida, ter viralizado nas redes sociais. Na grava��o, Djonga aparece envolvido em uma confus�o com um dos funcion�rios do est�dio. Djonga acompanhava o jogo entre Atl�tico Mineiro e Athl�tico Paranaense, v�lido pela primeira final da Copa do Brasil. O rapper foi convidado pela Confedera��o Brasileira de Futebol (CBF) para assistir � partida.
No v�deo, um homem com roupas brancas aparece sendo levado para fora das arquibancadas por conhecidos. Um dos seguran�as com camiseta laranja est� em frente ao Djonga, que o acerta no rosto. Em suas redes sociais, Djonga comentou que os v�deos que circulam pela internet n�o apresentam todos os fatos que aconteceram e menciona as palavras ‘racismo, discrimina��o e pessoas invasivas’.
Se liguem no in�cio do v�deo, umas pessoas conduzem um senhor que vou nomear "playboy". O seguran�a que foi agredido est� entre o Djonga que est� na dire��o do personagem Playboy. Posso estar enganado, mas acho que o personagem Playboy tem algo na treta.
%u2014 Guilherme Ace %u1D33%u1D2C%u1D38%u1D3C%u2B50%u2B50 (@AceVenturaGalo) December 13, 2021
pic.twitter.com/jzDkzJDqby
“Uns v�o falar que � vitimismo. Enfim, � isso. Agora, eu reagi, 't� ligado'? Na maioria das vezes, eu n�o reajo. Se eu reagisse todas as vezes que algu�m me trata com discrimina��o, nossa. Todo dia vazava v�deo meu”, tamb�m comentou Djonga em um story publicado em seu perfil do Instagram, afirmando que o racismo � comum nas arquibancadas do est�dio do Mineir�o.
Sobre Racismo, Discrimina��o, Pessoas Invasivas, n�o se prova e n�o se explica, alguns v�o acreditar outros n�o, a maioria das vezes passa batido, dessa vez reagi um soco perdi a cabe�a mesmo. . .o v�deo � um trecho do que rolou, o resto t� guardado na mem�ria. . .fiz t� feito !
%u2014 Humano. (@djongadorge) December 13, 2021
Outro caso envolvendo racismo dentro do est�dio do Mineir�o aconteceu com a rapper Tasha, da dupla paulistana Tasha e Tracie. A cantora declarou que foi v�tima de racismo, sofreu agress�o e foi amea�ada de pris�o por seguran�as do local enquanto desejava ir ao banheiro.
O engra�ado � que quando aconteceu o ato racista comigo e eu tava desolada, sai e fui direto pra casa do djonga que me acolheu e me contou de diversos outros atos que ele j� tinha passado l�, depois outros artistas vieram me falar tbm, ai uma semana depois acontece + do mesmo
%u2014 EP DIRETORIA %u25AB%uFE0F%u25FE%uFE0F%u25AB%uFE0FTasha Okereke (@Tashaokereke) December 13, 2021
Em suas redes sociais, Tasha comentou que foi questionada por seguran�as quando estava acessando os banheiros do local, o que teria levado aos atos de racismo. O caso aconteceu enquanto as irm�s g�meas se apresentavam como atra��o principal em um festival realizado no est�dio do Mineir�o, no dia 08. O relato foi feito logo ap�s os acontecimentos.
No entanto, a cantora voltou a comentar em seu perfil sobre a viol�ncia sofrida, logo ap�s os acontecimentos envolvendo Djonga. Tasha mencionou que foi acolhida pelo rapper, que alertou sobre a exist�ncia de outros casos de racismo dentro do est�dio. O caso da cantora aconteceu 4 dias antes do sofrido por Djonga.
Tasha completou afirmando como ‘o racismo n�o vem somente com atos expl�citos’ e que no momento n�o quis levar os atos ‘para frente’. Nas publica��es, tamb�m comentou como as pessoas s� querem destacar os erros de pessoas negras ‘E voc�s t�o ai � louco pra pegar um erro pra apontar e derrubar mais um preto, nada novo sobre o sol’, citou Tasha.
Mesmo no dia 20 de novembro, em que � celebrado o Dia da Consci�ncia Negra no Brasil, o est�dio virou palco de a��es racistas. Os irm�os Carlos Miguel de Almeida, de 25 anos, e Carlos Eduardo de Almeida, de 22, acompanhavam a partida entre Atl�tico-MG e Juventude. Torcedores do Galo, os dois foram chamados de macacos por pessoas presentes na arquibancada.
Ap�s uma confus�o, um dos homens olhou para os irm�os e disse: "Est�o olhando o qu�, macacos? Bando de macacos".
O ato foi repudiado por Carlos Miguel e Carlos Eduardo, que n�o se calaram ap�s o ocorrido e tamb�m se manifestaram atrav�s das redes sociais.
Ambos decidiram ir � delegacia para denunciar a viol�ncia sofrida, orientados e encaminhados para a Delegacia de plant�o especializada em atendimento � mulher, crian�a, adolescente e v�timas de intoler�ncias, na regi�o Centro-Sul de BH.
*estagi�rio sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz