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Estado de Minas POVOS IND�GENAS

Protesto na UFMG pede fim de mortes de povos ind�genas

O ato em favor dos povos Guarani e Kaiow� aconteceu no gramado da reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais, nesta segunda-feira (27/6)


27/06/2022 17:08 - atualizado 28/06/2022 16:12

Indígena com a bandeira do Brasil durante protesto
Bandeiras do Brasil, al�m de flores e velas, foram colocadas no gramado da reitoria da UFMG (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Um protesto contra mortes de ind�genas e em favor das etnias Guarani e Kaiow� aconteceu no gramado da reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na tarde desta segunda-feira (27/6). “Sangue ind�gena: nenhuma gota a mais” e “Bolsonaro genocida” eram alguns dos gritos entoados pelos manifestantes. 


Flores e velas foram colocadas sobre o gramado, al�m de bandeiras do Brasil manchadas com tinta vermelha para representar o sangue dos ind�genas mortos.


 

De acordo com Avelin Kambiw�, de 42 anos, da etnia Kambiw� e uma das organizadoras do protesto, o ato consiste em um momento de luto e chamamento para a luta contra o genoc�dio dos povos ind�genas. 

 

Manifestantes seguram cartazes durante protesto
Manifestantes seguram cartazes em defesa dos povos Guarani e Kaiow� (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


“A sociedade brasileira precisa entender que n�o � uma quest�o s� dos ind�genas. As pessoas precisam entender que t�m responsabilidade tanto na luta quanto no pertencimento. O Brasil inteiro tem sangue ind�gena”, afirmou. 

 

Avelin Kambiwá, da etnia indígena Kambiwá
Avelin Kambiw� � uma das organizadoras do ato (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Segundo ela, cem pessoas estariam presentes no ato. Muitas delas foram at� a universidade para participar de uma palestra com l�deres ind�genas Ailton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami, marcada para �s 14h, no audit�rio da reitoria.

 

Bandeira do Brasil com tinta vermelha
Bandeiras do Brasil foram manchadas com tinta vermelha para representar o sangue dos ind�genas mortos (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

 

‘� brutalidade demais’

 


Formada em Ci�ncias Sociais e Humanidades pela UFMG, Maria Florguerreira, de 56 anos, da etnia Txah� Xoh�, Patax�, frisou que este � um momento de muita dor.


“Nos manifestamos todos os dias contra as coisas horrorosas que sofremos, a��es que v�o desde estupro, desapropria��o de nossos territ�rios, de nossos modos. Mas este momento � de muita dor porque estamos vendo o equipamento p�blico sendo utilizado para assassinar nossos parentes � queima-roupa, de uma forma desumana. � uma luta desigual, a troco de terra, porque eles querem a terra devastada”, disse. Ela mora em Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de BH, mas � oriunda da Bahia. 

 

Manifestante Maria Florguerreira
Maria Florguerreira pertence � etnia Txah� Xoh�, Patax� (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


“O que eles fazem hoje � o que sempre fizeram: limpar a terra para o agroneg�cio e o capitalismo. Antes, nos matavam, por�m, isso n�o sa�am nas fotos. Agora estamos vendo as fotos e os v�deos, e � dif�cil se acostumar e aceitar esse tipo de viol�ncia. � brutalidade demais”, completou.

M�dico, professor da UFMG e fundador do Projeto Manuelz�o, Apolo Heringer tamb�m participou do ato. Ele se aproximou da causa ind�gena h� muitos anos. 


“Minha av�, do Vale do Jequitinhonha, falava que a av� dela foi pega no la�o. Eu achava aquilo conversa, mas todos os tra�os dela, dos filhos e netos… T�m muitos que parecem �ndios. Tenho ascend�ncia alem� por parte de m�e, sou miscigenado”, comentou.

 

O médico e professor da UFMG, Apolo Heringer
O m�dico e professor da UFMG Apolo Heringer tamb�m participou do protesto (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Para Heringer, o Brasil deve um pedido de desculpas aos ind�genas do mundo inteiro. E ressaltou ainda que o ato foi uma prepara��o para uma palestra com os l�deres ind�genas Ailton Krenak e Davi Kopenawa Yanomami. 



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