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Estado de Minas TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Conhe�a Selma e Sophia: m�e e filha no espectro autista

Com o aumento da conscientiza��o do autismo, cada vez mais � comum o diagn�stico em adultos por meio do diagn�stico dos filhos


22/07/2022 15:20 - atualizado 22/07/2022 15:25

Selma e sua filha, Sophia, ambas mulheres brancas, sentadas em um sofá
Sophia foi diagnosticada com 11 anos em 2008, e Selma teve seu diagn�stico em 2016, depois de uma observa��o da filha (foto: Arquivo pessoal)

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem ganhando mais visibilidade nos �ltimos anos com discuss�es, filmes, s�ries e campanhas como o Abril Azul, com o objetivo de conscientizar a popula��o sobre a inclus�o de pessoas com TEA. Esse avan�o no debate sobre o autismo tem levado ao aumento do n�mero de diagn�sticos tanto em crian�as quanto em adultos, muitas vezes ligado ao diagn�stico do filho.

“A gente tem falado muito mais, tem produzido materiais midi�ticos, como filmes e s�ries, isso tudo � uma maneira de a gente acessar melhor o que � o autismo. Existe tamb�m um aumento de pesquisas, a gente tem mais publica��es sobre autismo desde 2017 at� hoje do que em todas as d�cadas anteriores, � uma curva impressionante”, explica Maria Lu�sa Magalh�es Nogueira, psic�loga e professora do departamento de psicologia da UFMG.

M�e e filha, ambas com TEA


Selma Sueli Silva teve dificuldade de conseguir um diagn�stico para a filha Sophia Mendon�a, mesmo notando que ela era diferente desde que nasceu. Apesar de Sophia fazer terapia desde os 4 anos de idade, a m�e ouvia que n�o tinha nada de errado com a filha. Quando Sophia entrou no fundamental, aos 7 anos, ficou mais agitada e, quando chegava em casa tinha epis�dios de irrita��o.

Selma e sua filha Sophia, sentadas em cadeiras, de mãos dadas sobre uma mesa de centro entre elas
Selma e Sophia mant�m o projeto Mundo Autista, onde falam sobre diversidade e inclus�o (foto: Arquivo pessoal)


“Ela n�o tinha esse comportamento normalmente. Quando come�ou esse comportamento mais agressivo via de regra era quando ela chegava da escola. Procurei saber na escola e ela tamb�m n�o tinha l�. Ou seja, ela chegava na escola, tinha um excesso que ela n�o dava conta de lidar e por educa��o ela n�o extravasava l�. Logo que chegava em casa ela extravasava”, conta Selma. Por�m o diagn�stico s� veio em 2008, quando Sophia j� estava com 11 anos.

Com o diagn�stico, Selma teve um norte para lidar com as quest�es da filha, e notou a melhora na qualidade de vida dela. “O que eu descobri, que me feriu muito, foi o seguinte, os m�dicos tamb�m julgam com o achismo deles: ‘N�o, mas esse aqui olha no meu olho, ent�o n�o � autista n�o’, mas h� autistas que podem olhar no olho. A gente que � leigo ter estere�tipos, ok, mas o m�dico tem de estar antenado, sempre”, desabafa Selma.

Corrida contra o tempo

Apesar de Sophia ter se desenvolvido bem, sendo hoje formada em jornalismo, Selma afirma que o desenvolvimento do autista � uma corrida contra o tempo, e que se tivesse tido o diagn�stico mais cedo, Sophia teria se desenvolvido ainda melhor. Mesmo com o tratamento com psic�logo e psiquiatra, fez falta o acompanhamento de um terapeuta ocupacional, educador f�sico e fonoaudi�logo.

“Para mim me foi dito dessa maneira: ‘Conforme-se que sua filha ser� dependente para o resto da vida’. A minha filha dependente tirou mestrado agora em fevereiro, publicou 10 livros, d� palestras e passou em um concurso em uma �rea de TI, que � uma �rea diferente da dela. Mesmo com as limita��es, at� porque o diagn�stico dela foi tardio”, conta Selma.

Sete anos depois veio o diagn�stico de Selma, depois de uma observa��o da pr�pria filha, que notou padr�es de comportamento similares. Ela conta que se enquadrou no que a sociedade esperava dela, a um custo de sofrimento di�rio muito alto e percebeu que negar o acesso ao diagn�stico � condenar essa pessoa a uma vida de grande sofrimento.

O Mundo Autista 

Pensando na divulga��o de informa��es sobre o TEA, Selma e Sophia criaram o canal do YouTube “Mundo Autista”. Com o slogan ‘Bem vindos a esse fascinante mundo do autismo’, m�e e filha tem o objetivo de aproximar as pessoas, dentro e fora do espectro, mostrando que somos todos seres humanos.



O projeto se expandiu e hoje tamb�m conta com site, Facebook, Instagram e Twitter. Para al�m do autismo, elas tamb�m tratam de temas sobre diversidade e inclus�o como g�nero, ra�a, religi�o e outros, buscando contribuir para uma sociedade mais inclusiva, humanizada e democr�tica.


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