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Estado de Minas NOVIDADES NO PARLAMENTO

Deputadas trans eleitas querem discutir al�m de pautas identit�rias

Em feito in�dito, Duda Salabert (PDT-MG) e Erika Hilton (PSOL-SP), duas mulheres trans, ocupar�o cadeiras na C�mara dos Deputados a partir de 2023


05/10/2022 08:33 - atualizado 05/10/2022 09:27

Duda Salabert, deputada federal eleita por MG
Duda Salabert, deputada federal eleita por MG (foto: Flickr)
"A estrutura preconceituosa quer nos limitar a discutir somente as chamadas pautas identit�rias", afirma a deputada federal Duda Salabert (PDT-MG), uma das primeiras parlamentares transg�nero eleita da hist�ria do Congresso Nacional.

Em feito in�dito, Salabert e Erika Hilton (PSOL-SP), duas mulheres trans, ocupar�o cadeiras na C�mara dos Deputados a partir de 2023.

Vereadora da cidade de S�o Paulo (SP), Hilton recebeu quase 257 mil votos. Salabert, que � vereadora em Belo Horizonte (MG), teve pouco mais de 208 mil votos.

As pautas relacionadas � comunidade LGBTQIA+ estar�o presentes na atua��o das parlamentares, mas elas n�o pretendem se limitar a isso.

Atuando como professora h� mais de 20 anos, Duda Salabert afirma que a educa��o sempre esteve nas suas discuss�es e n�o ser� diferente no exerc�cio parlamentar. Entre as medidas que ela pretende levar ao Congresso est�o a valoriza��o dos sal�rios e carreira do professor e o incentivo ao ensino superior.

Para ela, a universidade deve ser a engrenagem central para o crescimento econ�mico. "O que vai tornar o Brasil mais rico n�o vai ser moer as nossas montanhas e nem transformar nossos biomas em pasto para a pecu�ria, mas sim a educa��o", afirmou.

Outras pautas que estar�o no radar da parlamentar ser�o a reforma do sistema prisional e a quest�o ambiental, sendo esta �ltima sua agenda priorit�ria.

"Sou de Belo Horizonte e como vereadora atuei na luta em defesa da Serra do Curral e da seguran�a h�drica da regi�o metropolitana. Quero levar esse debate para a esfera nacional", afirmou.

J� a deputada Erika Hilton afirmou que sua agenda depender� do resultado do segundo turno, mas que em um primeiro momento pretende construir uma comiss�o para analisar a crise que o pa�s est� passando e propor solu��es para enfrent�-la.

Outras agendas que estar�o presentes na sua atua��o parlamentar ser�o o enfrentamento � fome, a quest�o da moradia, seguran�a p�blica, meio ambiente e educa��o.

Com o fim do primeiro turno das elei��es, neste domingo (2), um ter�o do Senado foi renovado e os resultados consolidam o PL, de Bolsonaro, como o partido com a maior bancada da Casa, formada por 81 senadores. A sigla ocupar� 14 cadeiras a partir de 2023 -cinco a mais que a �ltima forma��o.

Para Hilton, a forma��o dessa bancada pode dificultar o avan�o da agenda de direitos das minorias. "Eles ter�o uma postura de barrar essas pautas. O que � de fato preocupante. N�s teremos que trabalhar o dobro do que n�s est�vamos planejando trabalhar", afirmou.

J� para Salabert, o Congresso sempre teve partidos conservadores que tentam frear o avan�o das pautas sociais, mas � preciso reconhecer que houve um avan�o nesta elei��o com a forma��o da bancada do cocar e da bancada trans. "Um avan�o t�mido, mas avan�amos", afirmou.

Com rela��o a expectativa para o Congresso de 2023, as parlamentares avaliam que ser� um desafio atuar com uma composi��o conservadora.

"� um cen�rio devastado pela ascens�o do centr�o e extrema direita, ser� preciso dialogar para conseguir barrar o retrocesso", afirmou Hilton.

Salabert espera que o pr�ximo Congresso tenha a responsabilidade de construir pol�ticas voltadas � justi�a social e ambiental.

Al�m das duas parlamentares, tr�s deputadas estaduais trans foram eleitas este ano. Linda Brasil (PSOL-SE), Dani Balbi (PC do B-RJ) e Carolina Iara (PT-SP).

Segundo dados da Antra (Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais), 78 parlamentares trans concorreram esta elei��o, mas somente cinco foram eleitas.

Na avalia��o de Salabert, para que nas pr�ximas elei��es mais candidatas trans tenham sucesso nas urnas � fundamental as parlamentares que est�o em exerc�cio ter o compromisso na constru��o de novas lideran�as. Al�m disso, se faz necess�rio levar o debate para a esfera federal, segundo ela.

Em rela��o ao feito in�dito de ter duas deputadas federais trans no Congresso, Erika Hiton avalia que se trata de um "fen�meno de resgate e repara��o hist�rica que n�o poder� ser freado".

"A nossa chegada representa um grito de desespero dos exclu�dos. N�s n�o aceitamos mais ficar de fora. N�s n�o aceitamos mais n�o participar do jogo democr�tico. N�s n�o aceitamos mais uma aus�ncia de representa��o e o esmagamento das nossas pautas", concluiu.


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