
Aos governantes, as entidades denunciam o exterm�nio e encarceramento da juventude negra, "intencionalmente promovida por parte do bra�o armado do Estado brasileiro".
Defendem a garantia da sa�de da popula��o negra e destacam que os problemas da pauta socioecon�mica do Brasil, tais como queda do poder aquisitivo, crescimento do n�mero de pessoas em situa��o de rua e o aumento da fome, s�o minimizados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
As organiza��es afirmam ainda que a f� crist� foi usada pelo atual governo para justificar racismo, machismo e LGBTfobia e sustentam que a bancada evang�lica no Congresso cometeu perj�rio e espalhou mentiras em nome de Deus. Criticam tamb�m a heran�a escravocrata existente ainda nas igrejas e o sil�ncio dos p�lpitos em rela��o ao racismo.
Pedem tamb�m o reconhecimento da import�ncia do movimento negro e que acolham, sem reservas, todas as manifesta��es culturais provenientes dele.
Por fim, o manifesto recomenda aos eleitores que escolham seus governantes tendo como base o voto laico.
Assinam o documento a Alian�a de Negras e Negros Evang�licos do Brasil, Coletivo Reverendo Martin Luther King Jr., Coletivo Independente de Pessoas Negras da Igreja Metodista, Coletivo Negro Evang�lico Cuxi, Coletivo N�bias, Coletivo O Que Tem no Brasil, Coletivo Zaurildas, F�rum de Negritude da Alian�a de Batistas do Brasil, Grupo de Estudos Antirracista �frica B�blica, GT "Teologia e Negritude" da FTL, Movimento Negro Evang�lico do Brasil, Pastoral de Negritude Igreja, Batista do Pinheiro, Pastoral da Negritude Rosa Parks e Rede Mulheres Negras Evang�licas.
"Considerando que a popula��o negra � o maior n�mero de adeptos do protestantismo brasileiro, � importante que organiza��es negras evang�licas manifestem-se sobre esse momento hist�rico que vivemos, de amea�a � democracia e do bem-estar e qualidade de vida dessa popula��o", afirma Vanessa Barboza, secret�ria executiva da Rede de Mulheres Negras Evang�licas.
Segundo ela, o manifesto sinaliza uma "voz prof�tica" de den�ncia do perigo que correm e dos danos j� causados pelo governo Bolsonaro nos �ltimos anos.