Uma professora transg�nero foi agredida por um policial militar na �rea central de Recife (PE) ap�s pedir ajuda por ter sido v�tima de transfobia dentro de um �nibus. O momento em que ela desce do transporte p�blico acompanhada de um homem, identificado como marido dela, j� cercados por dois agentes da PM (Pol�cia Militar), foi gravado pela c�mera de um celular.
O v�deo tamb�m mostra os dois policiais militares no Terminal Integrado de Joana Bezerra apontando armas na dire��o do homem, que est� com as m�os na cabe�a, e da mulher, que fala algo e aponta para os agentes. Em seguida, um deles d� um tapa no rosto da v�tima, que se desorienta e cambaleia na dire��o oposta; veja o v�deo:
Enquanto o marido � abordado, outro PM afasta a professora e tenta conversar com ela. De acordo com a mulher, o caso ocorreu no momento em que pediria ajuda aos policiais por sofrer transfobia dentro do coletivo.
Ela foi levada � Central de Plant�es da Capital, onde foi ouvida e liberada em seguida. O homem afirma que os agentes envolvidos chegaram a pedir desculpas, mas ainda n�o foram responsabilizados. Apesar disso, a mulher afirmou que ir� procurar a Corregedoria da PM para denunciar o caso.
O v�deo acabou viralizando nas redes sociais, gerando repercuss�o ao caso e levantando discuss�es sobre a implementa��o de c�meras nas fardas da PM a fim de diminuir a viol�ncia policial.
O governo de Pernambuco chegou a anunciar, em 2022, a execu��o de um projeto piloto e 187 equipamentos foram comprados. No entanto, as c�meras ainda n�o est�o sendo utilizadas.
Em nota, a Pol�cia Militar afirmou que j� encaminhou as imagens que circulam nas redes sociais para o comandante do batalh�o, al�m de informar que dar� in�cio � apura��o dos fatos.
Viol�ncia contra a comunidade trans no Brasil
O caso ocorre poucos dias depois do dia da visibilidade trans, celebrado no dia 29 de janeiro.
Um levantamento produzido pela Antra (Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais) aponta que o Brasil, pelo 14º ano consecutivo, � o pa�s com maior n�mero total de homic�dios de pessoas travestis e transexuais. Segundo o documento, 131 indiv�duos foram mortos no pa�s em 2022.
A maioria das v�timas tinha entre 18 e 29 anos, pr�ximo � expectativa de vida de uma pessoa trans no Brasil, 35 anos.
Apesar disso, a taxa � 6% menor comparada se comparada ao registrado em 2021, quando houve 140 homic�dios.
Pernambuco, estado onde ocorreu o caso da professora, � o campe�o em n�mero de assassinatos, totalizando 13 mortes. S�o Paulo, historicamente o estado que re�ne o maior n�mero de v�timas, ficou em segundo lugar, com 11, empatado com o Cear�.
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