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Estado de Minas DERRUBANDO TABUS

Alfred Kinsey, o homem que soltou 'bomba at�mica sexual', destruindo tabus e dando origem a revolu��o de costumes

Pesquisador reuniu entrevistas de milhares de americanos sobre experi�ncia sexual. O trabalho final reunido em dois livros foi considerado revolucion�rio dos costumes e comportamento sexual da sociedade dos Estados Unidos.


18/03/2023 19:21 - atualizado 20/03/2023 12:27


Casal em foto preto e branco
Alfred Kinsey (1894-1956) e sua esposa Clara, no final da d�cada de 1940. (foto: Getty Images)

Em 1938, o zo�logo Alfred Kinsey, at� ent�o pouco conhecido nos Estados Unidos, abandonou seus estudos sobre as vespas e come�ou a dedicar-se � pesquisa sexual.

Seu trabalho neste campo o tornaria uma das figuras mais controversas do seu tempo. Kinsey estudou a vida sexual de mais de 11 mil americanos e revelou tudo o que, at� ent�o, era omitido em p�blico sobre os h�bitos sexuais do pa�s.

Seu primeiro livro Sexual Behavior in the Human Male ("Comportamento sexual no homem", em tradu��o livre) foi publicado em 1948, com enorme impacto. E seu outro livro, Sexual Behavior in the Human Female ("Comportamento sexual na mulher"), veio a p�blico cinco anos depois, causando uma explos�o ainda maior.

Era uma �poca em que o cirurgi�o-geral do Servi�o de Sa�de P�blica dos Estados Unidos, por exemplo, foi interrompido quando falava no r�dio, porque ele disse "s�filis", em vez de "uma doen�a social".

Para informar sobre uma mulher que havia sido brutalmente ferida, os jornais escreviam que ela "n�o havia sido agredida criminalmente".

Tamb�m a palavra "viola��o" n�o era usada com rela��o ao ato sexual sem consentimento. E n�o existia a educa��o sexual nas escolas.

Em meio a tudo isso, os estudos cient�ficos de Alfred Kinsey levaram as pessoas n�o s� a pensar naquilo que n�o se podia mencionar, mas tamb�m a falar sobre o assunto. Os livros diziam que o sexo � algo normal e que os r�tulos impostos � sexualidade s�o muito arbitr�rios.


Três mulheres lendo jornal
Duas das cantoras do grupo Barry Sisters e a atriz Barbara Lawrence leem o estudo de Kinsey (foto: Getty Images)

As pesquisas e seu autor ficaram mundialmente famosos e pol�micos. As opini�es se dividiam. Havia quem criticasse e quem aplaudisse.

Os que criticavam se armaram contra tudo o que o livro dizia e suas consequ�ncias.

J� os que aplaudiam fizeram algo mais contundente: eles se informaram e, com esses conhecimentos, deram os primeiros passos rumo a uma das revolu��es que mais transformaram a sociedade - a revolu��o sexual.

De vespas para humanos

Tudo come�ou na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Kinsey tinha doutorado em biologia pela Universidade Harvard e chegou a Indiana como professor auxiliar de zoologia em 1920.

Por 17 anos, nenhum ind�cio demonstrava o que iria acontecer. Ele passou todos esses anos fascinado pelas vespas-das-galhas e conseguiu boa reputa��o por seus estudos.

Mas houve algo que o levou a abandonar os insetos e concentrar-se nos seres humanos.


Homem exibindo fotos
Alfred Kinsey e a "maior vespa-das-galhas conhecida", que encontrou na Guatemala, em 1936 (foto: Getty Images)

"Eu lecionava no curso de biologia geral e os estudantes se aproximavam de mim com problemas relacionados ao sexo", explicou ele mesmo em uma entrevista na televis�o.

Esse papel informal de Kinsey como assessor sexual foi oficializado em 1938, quando ele organizou um curso de casamento para estudantes que causou grande rebuli�o no campus. Ele falava de todos os aspectos da vida matrimonial, incluindo, � claro, o sexo.

"Para n�s, foi espetacular, pois �ramos todos realmente muito ignorantes", contou a aluna Alice Blinkley no document�rio televisivo da BBC Alfred Kinsey, the man who invented modern sex ("Alfred Kinsey, o homem que inventou o sexo moderno", em tradu��o livre), de 1996.

"Eu n�o conhecia nem as palavras que ele usava", acrescentou Dorothy McCrea, outra de suas alunas. "Depois, conversei com uma amiga mais velha, casada, que estava muito interessada pelo que estavam nos ensinando e nunca havia ouvido falar em clit�ris, de forma que percebi que eu estava passando adiante os conhecimentos do curso de casamento."

Foi o desconhecimento dos estudantes que despertou a curiosidade cient�fica de Kinsey.

Sem freio

Kinsey prop�s-se a estudar o que os americanos realmente faziam na cama, convencendo milhares de pessoas a responder perguntas �ntimas sobre suas experi�ncias e opini�es reais.


Alfred Kinsey
Alfred Kinsey abriu o caminho para outros estudos s�rios sobre a sexualidade (foto: Getty Images)

Ele come�ou percorrendo a universidade em busca de volunt�rios, pedindo que lhe contassem seu hist�rico sexual. Isso fez surgir forte oposi��o de pessoas da comunidade, que achavam que n�o se devia falar sobre isso. E este grupo foi refor�ado por ministros metodistas e cat�licos, que foram a Indian�polis e causaram furor.

"A forma mais segura de conseguir com que algo seja feito � continuar fazendo", afirmou Kinsey. "N�o pedi permiss�o a ningu�m para come�ar esta pesquisa e n�o havia mais ningu�m trabalhando comigo."

Para algu�m que desafiava as opini�es conservadoras, Kinsey levava uma vida muito convencional. Casado e feliz, raramente bebia e desfrutava de prazeres muito tradicionais. Ele cultivava l�rios e se reunia com os amigos nos fins de semana para ouvir m�sica cl�ssica na sua casa.

Sua �tica profissional era muito r�gida e era antiquado em alguns aspectos da sua vida privada. Mas, quando o assunto era a sexualidade, Kinsey era muito liberal.


Sete pessoas juntas posando para foto
Kinsey e a fam�lia no seu escrit�rio. Da esquerda para a direita: sua filha Joan; seu filho Bruce, sua esposa, Clara; seu genro, Warren Corning; Alfred Kinsey; sua filha Anne e seu genro, Robert Reid (foto: Getty Images)

A universidade cancelou seu curso de casamento, mas ele n�o abandonou as pesquisas. Chegou at� a ampliar sua rede, viajando cada vez mais longe no seu tempo livre e com seu pr�prio dinheiro, em busca de novas pessoas com quem falar.

Ele conseguiu centenas de volunt�rios, em diversos lugares, que revelaram seus segredos respondendo perguntas espec�ficas e rigorosamente tabuladas.

Ele chegou a informar que 120 desses volunt�rios eram homossexuais. Na �poca, eles eram invis�veis, j� que precisavam viver escondidos, sob pena de pris�o.

Em 1943, a Funda��o Rockefeller interessou-se pelas suas pesquisas e outorgou a Kinsey uma subven��o inicial de US$ 23 mil (cerca de R$ 120,7 mil).

300 perguntas

Alfred Kinsey p�de finalmente financiar seu sonho. Ele contratou pessoas e come�ou a trein�-las.

A entrevista b�sica consistia de cerca de 300 perguntas, que come�avam com os dados demogr�ficos e, em seguida, cobriam todas as atividades sexuais poss�veis.

Para n�o incomodar os volunt�rios, os pesquisadores precisavam decorar as perguntas. E, para garantir a confidencialidade das respostas, elas eram registradas em c�digo e marcadas em cart�es perfurados da IBM.


Mulher sendo entrevistada por homem
Mulher n�o identificada, entrevistada por um dos assistentes de Kinsey, para o instituto de pesquisas sexuais (foto: Getty Images)

A equipe visitou escolas, f�bricas, fazendas, pris�es... qualquer lugar onde poderiam ser encontrados volunt�rios, incluindo policiais e criminosos, prostitutas e donas de casa, trabalhadores e empres�rios, pais e filhos.

E, na d�cada de 1940, quando os Estados Unidos entraram em guerra, Kinsey chegou � capital dos exageros sexuais, Nova York, conhecendo apenas uma ex-aluna. Ele acabou sendo recebido pelos mais atrevidos artistas e escritores, como o dramaturgo Tennessee Williams e o escritor Gore Vidal.

"Todos, desde [o m�sico] Lenny Bernstein at� eu, contamos a ele nosso hist�rico sexual", declarou Vidal � BBC.

Mas houve contratempos. Certa vez, o propriet�rio de um hotel suspeitou que as entrevistas tinham rela��o com a prostitui��o e questionou Kinsey a respeito. Quando ficou sabendo do que realmente se tratava, ficou ainda mais indignado.

"N�o vou permitir que a mente das pessoas seja despida no meu hotel!", exclamou ele.

Granada sem pino

Depois de dez anos despindo milhares de mentes e centenas de horas de an�lise, saiu o primeiro livro, detalhando o comportamento masculino. A editora especializada em medicina WB Saunders n�o previu que a obra seria uma granada pronta para explodir na puritana sociedade americana.


Capa de livro
'Comportamento sexual no homem', por Alfred Kinsey, publicado em 1948 (foto: Getty Images)

O livro foi lan�ado sem aviso, nem publicidade. E, para assombro de todos, come�ou a ser vendido nas livrarias gen�ricas.

Foi um grande sucesso. Em quest�o de meses, foram vendidas 200 mil c�pias. � preciso considerar que era um livro de dif�cil leitura, com 804 p�ginas, repletas de tabelas e avalia��es.

As descobertas de Kinsey foram surpreendentes.

Ele revelou que, entre os homens casados, apenas 50% dos orgasmos que eles tiveram na vida ocorreram nas rela��es sexuais matrimoniais. A outra metade provinha de fontes moralmente desaprovadas e, muitas vezes, ilegais.

Kinsey tamb�m concluiu que mais de tr�s quartos dos homens entrevistados haviam tido rela��es sexuais antes do casamento; que um ter�o deles tinha rela��es extramatrimoniais; e 37% tiveram pelo menos uma experi�ncia homossexual.

O bi�logo tamb�m introduziu a escala Kinsey, para classificar as pessoas conforme seu grau de atra��o ou comportamento sexual pelo mesmo sexo ou pelo oposto:


  • 0: exclusivamente heterossexual
  • 1: principalmente heterossexual, com contatos homossexuais espor�dicos
  • 2: predominantemente heterossexual, com contatos homossexuais mais do que espor�dicos
  • 3: bissexual
  • 4: predominantemente homossexual, com contatos heterossexuais mais do que espor�dicos
  • 5: principalmente homossexual, com contatos heterossexuais espor�dicos
  • 6: exclusivamente homossexual

Foi a primeira vez em que uma pesquisa cient�fica reconheceu que n�o existem apenas duas op��es.

D�vidas

A curiosidade e a notoriedade do livro renderam fama mundial a Alfred Kinsey.


Dois homens conversando
Alfred Kinsey em 1954, preparando-se para embarcar para Lima, no Peru, e o romancista William Faulkner, ganhador do Pr�mio Nobel, a caminho de S�o Paulo (foto: Getty Images)

Os n�meros foram t�o surpreendentes que, desde o princ�pio, surgiram d�vidas sobre as bases estat�sticas do relat�rio.

Em 1950, a Associa��o Americana de Estat�stica foi at� Indiana avaliar seu trabalho - que foi aprovado, mas com reservas.

Tamb�m foi questionada a representatividade da amostra da pesquisa, com raz�o.

Por um lado, todos os entrevistados eram volunt�rios, o que costuma influenciar o car�ter dos dados. Neste caso, as pessoas dispostas a falar sobre sexo costumam ser sexualmente mais abertas.

E, por outro lado, muitos volunt�rios eram brancos, de classe m�dia e com educa��o. Eles n�o representavam os Estados Unidos como um todo.

Mas, para a maioria dos cr�ticos, a metodologia n�o importava. O caso � que, para eles, o relat�rio parecia estar em um v�cuo moral.

"Seu livro afirmava cientificamente que podemos fazer o que quisermos, sem nenhum inconveniente, e que j� estamos fazendo todo o tempo", criticou em 1996 Judith Reisman, uma das autoras do livro Kinsey, Sex and Fraud ("Kinsey, sexo e fraude", em tradu��o livre). "Ele falou sobre o que estava acontecendo e n�o sobre o que deveria estar acontecendo."


Homem trabalhando com equipe em uma mesa
Alfred Kinsey e sua equipe, preparando o texto final do livro 'Comportamento sexual na mulher' (foto: Getty Images)

Por tudo isso, se falar sobre o comportamento sexual dos homens j� havia causado fortes ondas, o passo seguinte de Kinsey provocaria um tsunami.

Bomba at�mica

Em 1953, Kinsey e sua equipe publicaram o livro Sexual Behavior in the Human Female. Era o resultado da an�lise de quase seis mil entrevistas.

Ele revelou, por exemplo, que 25% das esposas entrevistadas cometiam adult�rio e que, no casamento, cerca de um ter�o das mulheres nunca havia tido um cl�max sexual, ao contr�rio de praticamente todos os homens.

Al�m disso, 50% das mulheres haviam tido sexo antes do casamento e cerca de 10% das noivas estavam gr�vidas no dia das n�pcias.

Kinsey afirmou que as chamadas ninfoman�acas, muitas vezes, eram apenas mulheres que tinham mais orgasmos do que o m�dico que as atendia.

Ele destacou tamb�m que n�o � verdade que a resposta sexual seja mais emocional do que f�sica para as mulheres. De fato, segundo ele, cerca de 14% relataram orgasmos m�ltiplos em um �nico ato sexual.

Ele escreveu: "a igreja, o lar e a escola s�o as principais fontes de inibi��es sexuais", que geram os "sentimentos de culpa que muitas mulheres levam consigo nos seus casamentos".

A li��o do primeiro livro foi aprendida e, desta vez, os rep�rteres receberam c�pias do estudo antes do lan�amento.

Bum!

Os jornais enfrentaram o dilema de informar ou n�o sobre o estudo de Kinsey. Os que publicaram notas refletiram a profunda polariza��o de opini�es existente no pa�s.


Manchete em jornal
'Kinsey lan�a sua bomba at�mica', diz o t�tulo do Jersey Journal (foto: BBC)

O editorial do Jersey Journal declarou que "o Dr. Alfred C. Kinsey lan�ou uma bomba at�mica, projetada para destruir o que ainda resta de moralidade sexual nos Estados Unidos".

J� o editorial do Newark Star-Ledger afirmou que Kinsey havia lan�ado uma bomba que "cai em cheio sobre todas as estruturas da moralidade sexual".

"Quando a nuvem de destrui��o se diluir, pouco pode restar intacto", prossegue o jornal. "O sexo ter� perdido seu car�ter pessoal �ntimo e se tornar� a mais casual e comum de todas as atividades biol�gicas do animal humano."

Mas o jornal The Patriot, de Harrisburg, na Pensilv�nia, declarou que "Kinsey representa um desafio para todos os que mantiveram uma posi��o perigosamente reservada sobre o ensinamento das rela��es sexuais".

Este desafio para os pais, profissionais da sa�de e para o clero era "fornecer informa��es adequadas sobre este tema proibido, para que a gera��o mais jovem possa aprender sobre o sexo sem hipocrisia e sem as conota��es imorais proporcionadas em conversas de fontes desinformadas".

O Los Angeles Times comentou: "acreditamos que o primeiro passo rumo a um melhor ajuste familiar e comunit�rio seja conhecer os fatos. Os conceitos err�neos e temores causaram muitas trag�dias pessoais..."

"Acreditamos que o bem que se obt�m com a publica��o dessas descobertas supera em muito a relut�ncia de algumas pessoas de mencionar o assunto", prossegue o jornal.

Insuport�vel

O livro sobre as mulheres foi publicado na era McCarthy, que foi um momento particularmente conservador da hist�ria dos Estados Unidos. O �cone da feminilidade americana na �poca era a atriz Doris Day, representando esposas dedicadas a tarefas dom�sticas.

Foi quando chegou o livro que dizia que essas mulheres maravilhosas se masturbavam e, �s vezes, eram infi�is. E grande parte do p�blico americano simplesmente n�o conseguia suportar aquilo.


Três pessoas bebendo chá
Doris Day, Frank Sinatra e Ethel Barrymore, em uma cena do filme Cora��es Enamorados, de 1954 (foto: Getty Images)

Kinsey foi acusado de ser comunista e tentar debilitar o pa�s.

Em 1954, um subcomit� do Senado americano acusou a Funda��o Rockefeller, fonte da maior parte do apoio de Kinsey. Os livros foram veementemente recha�ados e o financiamento da funda��o n�o foi renovado.

As cr�ticas continuaram se acumulando e a sa�de do cientista come�ou a deteriorar-se. Kinsey morreu em 25 de agosto de 1956, com 62 anos de idade.

Nas duas d�cadas que se seguiram, estendeu-se pelo mundo uma mudan�a nas atitudes com rela��o ao sexo. Era a revolu��o sexual, mas Kinsey n�o viveu para presenci�-la.

"Fizemos esta pesquisa porque descobrimos uma lacuna no nosso conhecimento", explicou Kinsey na sua entrevista para a TV. "E, na hist�ria da ci�ncia, sempre que preenchemos uma lacuna, a humanidade, em �ltima inst�ncia, � quem pode se beneficiar."

Retirando as vendas


Auditório lotado de pessoas
'Uma multid�o recorde lotou o gin�sio masculino da Universidade da Calif�rnia [EUA] para ouvir o Dr. Alfred C. Kinsey falar sobre a vida amorosa das mulheres', diz a legenda original da imagem (foto: Getty Images)

A "bomba at�mica" de Kinsey n�o redesenhou instantaneamente o tecido da sociedade, mas foi um poderoso estimulante para a revolu��o sexual.

Seus livros abriram o caminho para estudos s�rios sobre a sexualidade. Pesquisadores pioneiros, como os americanos William H. Masters e Virginia E. Johnson, admitiram que n�o teriam conseguido realizar suas pesquisas sem os trabalhos anteriores de Kinsey.

Embora todos os aspectos da sua pesquisa tenham sido criticados e contestados diversas vezes, seus livros iluminaram cantos que, at� ent�o, eram obscuros e desafiaram as pessoas a retirar as vendas em rela��o ao sexo, sem temer nem condenar aquilo que era absolutamente normal.

E, por mais esfor�os que fizessem seus opositores, este g�nio nunca mais retornou � l�mpada. Mesmo que esses esfor�os persistam at� hoje.

Em fevereiro de 2023, a C�mara dos Representantes de Indiana, nos Estados Unidos (equivalente � assembleia legislativa daquele Estado) aprovou o bloqueio do financiamento estadual do Instituto Kinsey.

Esse financiamento enfrentou, por muito tempo, cr�ticas dos conservadores por pesquisar a sexualidade e pelo legado do trabalho de Kinsey. Eles culpam o pesquisador por contribuir para a liberaliza��o da moral sexual.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/articles/cv2qd3j1p49o


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