
Entre os novos campos, estava 'qualquer questionamento do casamento', definido na Constitui��o de 2019 como a uni�o entre um homem e uma mulher. Al�m disso, a emenda incentivava a den�ncia de pessoas que negassem 'o direito das crian�as a uma identidade que corresponda ao seu sexo de nascimento'.
Organiza��es que lutam pelos direitos humanos argumentaram que o texto servia como um instrumento jur�dico para fomentar o �dio contra minorias sexuais e de g�nero. A presidente da Hungria, Katalin Nov�k, vetou a lei e a retornou ao Parlamento, alegando que o texto impreciso 'n�o protegia de forma efetiva os valores estabelecidos na Constitui��o'.
Hoje, os parlamentares aprovaram uma vers�o revisada do texto. A Hungria, membro da Uni�o Europeia desde 2004 e localizada na Europa Central, foi um dos pa�ses mais liberais da regi�o. A descriminaliza��o da homossexualidade ocorreu no in�cio dos anos 1960 e as uni�es civis entre pessoas do mesmo sexo foram reconhecidas em 1996.
Contudo, desde 2018, o governo do primeiro-ministro Viktor Orban vem modificando a legisla��o de maneira gradual, com o objetivo de estabelecer uma 'nova era iliberal' no pa�s. Pesquisas sobre g�nero, altera��es de sexo no registro civil e ado��o por casais homossexuais foram proibidas.
Em 2021, a Hungria baniu assuntos relacionados � mudan�a de sexo ou homossexualidade na presen�a de menores de idade. Esse epis�dio levou a Comiss�o Europeia a iniciar um processo de infra��o contra o pa�s, apoiado por 15 dos 27 membros da Uni�o Europeia (UE).