(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas DEFENSORIA P�BLICA

Transexualidade infantojuvenil � tema de debate no Rio

Defensor p�blico diz que pessoa trans "n�o nasce aos 18 anos"


02/06/2023 14:58
1156

Defensoria Pública RJ
(foto: Defensoria P�blica do Estado do Rio de Janeiro/Divulga��o)
A transexualidade em crian�as e adolescentes � tema de evento que est� sendo realizado nesta sexta-feira (2), na Defensoria P�blica do Estado do Rio de Janeiro, para lembrar o Dia Internacional contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia, celebrado em 17 de maio. O encontro Transdiversidade Infantojuvenil: desafios e possibilidades re�ne defensores p�blicos e ativistas dos direitos trans. 

Segundo o coordenador do N�cleo de Defesa da Diversidade Sexual (Nudiversis), da Defensoria P�blica, Helder Moreira, a discuss�o � importante para que a sociedade entenda que “a pessoa trans n�o nasce aos 18 anos”. 

“� urgente falar sobre a exist�ncia de crian�as e adolescentes trans, justamente para normalizar esse assunto dentro da nossa sociedade, para que essas pessoas consigam viver com maior qualidade de vida, tendo acesso � faculdade, conseguindo se formar, ter mais acesso � educa��o e a um lar mais harmonioso”, explica Moreira. 
Segundo o coordenador, a expectativa de vida das pessoas trans � de 35 anos, menos da metade da m�dia da popula��o brasileira. Os dados constam no Dossi�: Assassinatos e Viol�ncia Contra Travestis e Transexuais Brasileiras, que confirma o alto �ndice de viol�ncia apresentado pelo Trans Murder Monitoring (“Observat�rio de Assassinatos Trans”, em ingl�s), onde o Brasil ocupa o topo do ranking mundial de viol�ncia contra este p�blico.  

“A porcentagem de pessoas que chegam � universidade � baix�ssima. As pessoas trans s�o expulsas das suas fam�lias ainda na fase de crian�a ou adolescente e acaba entrando numa prostitui��o compuls�ria. A prostitui��o passa a ser o �nico caminho daquela pessoa”. 

O dossi� indica que as travestis e transexuais femininas constituem um grupo de alta vulnerabilidade � morte violenta e prematura no Brasil, com uma expectativa de vida de 35 anos, enquanto a da popula��o em geral � de 74,9 anos. 

Transi��o

O cantor e influenciador digital Levi Aisar ficou nacionalmente conhecido quando tinha apenas 14 anos e participou da 4ª temporada do programa The Voice Kids, quando ainda se identificava como mulher e com seu nome de batismo, Lav�nia Aisar. 

Foi pouco tempo depois, por volta dos 15 anos, que Levi come�ou a se entender como homem e come�ou sua transi��o de g�nero, que foi conclu�da h� alguns meses com a oficializa��o de seu novo nome. 

“A gente sempre sente, desde crian�a, uma confus�o. A gente se sente diferente das outras crian�as. Isso come�ou comigo desde cedo. Sempre pensei que tinha algo errado comigo, porque minha fam�lia n�o tinha muita informa��o sobre isso e era muito religiosa. Ent�o nunca encontrei respostas e sempre lutei contra isso durante a minha inf�ncia.”

Levi contou � fam�lia que gostava de meninas quando tinha 14 anos, mas ainda demorou um pouco para que se reconhecesse como um homem trans. “Com a minha fam�lia foi bem dif�cil no come�o. Eles n�o aceitaram muito. Fiquei um tempo sem contato com a minha fam�lia e comecei minha transi��o por mim mesmo. Hoje em dia eles me apoiam bastante”, relata. 

Agatha, de 8 anos, por outro lado, fez sua transi��o bem mais cedo, com apenas 4 anos. Sua m�e, Thamirys Nunes, acolheu e apoiou a filha nesse momento. Thamirys criou uma organiza��o n�o governamental Minha Crian�a Trans e leva suas viv�ncias para as redes sociais, onde tem 100 mil seguidores no Instagram. 
“S�o diversos desafios: o medo da viol�ncia, a inseguran�a de n�o saber at� quando minha filha vai ser respeitada, quando ela n�o vai sofrer um ato de agress�o, de preconceito. E tamb�m h� o julgamento do outro, que olha para a minha maternidade e tenta achar uma causa ou efeito de eu ter uma filha trans. Tentam me deslegitimar, me colocar num papel disfuncional e n�o reconhecer o direito da minha filha existir e o meu direito de, enquanto m�e, acolher quem ela � e respeitar minha crian�a”. 

O evento ser� realizado at� as 16h e os debates podem ser acompanhados pelo canal da Defensoria P�blica na internet


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)