
O �rg�o atende a uma apresenta��o protocolada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP). Ela denunciou um culto feito pelo l�der religioso em junho, m�s em que � comemorado o Orgulho LGBTQIA+, chamado "Deus odeia o orgulho".
"Considero que hoje � o m�s que Deus mais repugna na humanidade", disse o pastor. Valad�o afirmou ainda que citar o termo irrita a for�a maior do cristianismo, que "odeia e repugna qualquer atitude de orgulho, s� o uso da palavra Deus j� condena".
Hilton pede que os posts e v�deos sejam exclu�dos das redes sociais. Procurado, ele n�o respondeu at� a publica��o deste texto.
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O nome do pastor evang�lico estava entre os assuntos mais comentados do Twitter nesta segunda-feira (3) ap�s um novo ataque a pessoas LGBT+. Em um culto, ele insinuou que os fi�is deveriam matar membros da comunidade LGBT+.
O epis�dio ocorreu no domingo (2) na Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos. A cerim�nia foi transmitida online.
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"Agora � a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que n�o pode mais", afirmou o pastor. "Ele diz: 'J� meti esse arco-�ris a�. Se eu pudesse, matava tudo e come�ava de novo. Mas prometi que n�o posso'. Agora est� com voc�s."
Valad�o, ent�o, insiste com os fi�is: "N�o entendeu o que eu disse? Agora, t� com voc�s! Deus deixou o trabalho sujo para n�s". A deputada fez uma den�ncia complementar desta fala mais recente, para ser anexada ao processo.
Al�m de Erika Hilton, o ativista Agripino Magalh�es J�nior vai apresentar uma den�ncia crime ao Minist�rio P�blico de S�o Paulo contra Andr� Valad�o. Ele afirma que far� um dossi� com falas homof�bicas do pastor.
"Acabou o tempo que pessoas podem ofender a popula��o LGBTQIA+ como querem, chamando isso de 'opini�o e liberdade de express�o'. LGBTfobia � crime, e homof�bicos devem pagar por isso", diz o ativista.
Valad�o assumiu no fim de 2022 a lideran�a da Lagoinha Global, com mais de 700 templos no Brasil e no mundo. Subiu na hierarquia ap�s seu pai, M�rcio Valad�o, nome respeitado no meio, se aposentar.
Na campanha eleitoral do ano passado, o pastor foi um dos apoiadores evang�licos mais entusiasmados de Jair Bolsonaro (PL).
Qual a defini��o de transfobia?
O que � um ato transf�bico?
Diferentemente de crimes comuns ou daqueles considerados passionais, a viol�ncia letal contra pessoas trans podem ter como fator determinante a identidade de g�nero ou a orienta��o sexual da pessoa agredida.
A transgeneridade
- Cisg�nero � aquela pessoa que se identifica com seu sexo biol�gico, seja masculino ou feminino (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia feminina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher cis).
- Transg�nero � aquela pessoa que n�o se identifica com o sexo biol�gico que nasceu (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia masculina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher trans).
- Existem, tamb�m, diferen�as entre mulheres transg�nero e travestis que se concentram em suas identidades de g�nero e maneiras de express�-las.
J� o termo travesti se refere uma identidade brasileira relativa apenas �s pessoas com o sexo biol�gico masculino que se identificam com o g�nero feminino e n�o necessariamente buscam mudar as suas caracter�sticas originais por meio de tratamentos.
Direitos das pessoas trans no Brasil
- estimular e propor pol�ticas p�blicas de promo��o da igualdade e de inser��o educacional e cultural dessa popula��o;
- adotar medidalegislativas que visam eliminar a discrimina��o por orienta��o sexual e identidade de g�nero;
- receber, examinar e efetuar den�ncias que envolvam atos discriminat�rios contra membros da comunidade LGBTQIAP .
H� tamb�m a decis�o do STF de 2019 de enquadrar crimes de LGBTfobia na lei do racismo – com as mesmas penas –, enquanto uma legisla��o espec�fica n�o � elaborada.