
O portugu�s Miguel �lvaro, de 34 anos, foi preso pela pol�cia em Istambul, na Turquia, no final de junho. Ele estava de f�rias no pa�s quando recebeu ordem de pris�o de oito policiais por "parecer gay".
“Eles agarraram meus bra�os e eu tentei me libertar. Um deles me atingiu nas costelas, me empurraram contra uma van, me atingiram no ombro, que come�ou a sangrar”, disse Miguel ao site LBC.
A pris�o aconteceu quando Miguel se aproximou para pedir informa��es, sem saber que havia uma parada LGBTQUIAP+ nas proximidades, que n�o foi autorizada pelas autoridades.
O portugu�s disse ter passado cinco horas na van da pol�cia, onde alega ter sido informado de que foi detido “por causa da apar�ncia”.
“Eles pensaram que eu participaria de uma marcha n�o autorizada que aconteceria nas proximidades porque eu parecia gay. Eu estava no lugar errado na hora errada”, contou.
Miguel ficou 13 horas na van da pol�cia antes de ser levado para a delegacia. Depois, ele foi transferido para o centro de imigra��o, onde ele afirma que os internos o amea�aram por causa de sua sexualidade.
Durante seu tempo no centro de imigra��o, ele disse que os presos quase n�o recebiam �gua e ele quase n�o dormia por medo de ser atacado.
No in�cio de julho, Miguel teve permiss�o para fazer seu primeiro telefonema. Ele escolheu ligar para o pai, que pediu ajuda � embaixada portuguesa para libert�-lo. No dia 12 de julho, depois de 19 dias preso, ele foi finalmente libertado.
Em entrevista ao site PinkNews, o portugu�s afirmou que ficou em um estado psicol�gico horr�vel depois da pris�o e teme as consequ�ncias do ocorrido no futuro. “N�o acredito que isso aconteceu comigo. Tor�o para que a justi�a seja feita.”
Embora a homossexualidade seja legal na Turquia, os homossexuais costumam ser alvo de ass�dio moral. Nos �ltimos anos, v�rios eventos LGBT como o desfile do Orgulho Gay de Istambul foram proibidos.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, j� chegou a atacar a comunidade, acusando-a de "vandalismo" e declarando que as juventudes de seu partido n�o o defendem.