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Estado de Minas PRECONCEITO

Registros de racismo e homofobia dispararam no pa�s em 2022

Dados do Anu�rio de Seguran�a P�blica foram divulgados nesta quinta-feira (20/7)


20/07/2023 13:40 - atualizado 20/07/2023 13:43
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Protesto
O estado com maior n�mero de casos de racismo foi Rond�nia (foto: T�nia R�go/Ag�ncia Brasil)
Dados do Anu�rio Brasileiro de Seguran�a P�blica 2023, do F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica (FBSP), divulgados nesta quinta-feira (20/7), mostram que o n�mero de registros dos crimes de inj�ria racial, racismo e homofobia ou transfobia dispararam em 2022 no pa�s na compara��o com o ano anterior.

Os registros de racismo saltaram de 1.464 casos, em 2021, para 2.458, em 2022. A taxa nacional em 2022 ficou em 1,66 caso a cada 100 mil habitantes, uma alta de 67% em rela��o ao ano passado. Os estados com as maiores taxas, de acordo com o anu�rio, foram: Rond�nia (5,8 casos a cada 100 mil habitantes), Amap� (5,2), Sergipe (4,8), Acre (3,3), e Esp�rito Santo (3,1).

Os registros de inj�ria racial tamb�m cresceram. Em 2021, foram 10.814 casos, e, em 2022, 10.990. A taxa em 2022 ficou em 7,63 a cada 100 mil habitantes, 32,3% superior a do ano anterior (5,77). As unidades da federa��o com as maiores taxas foram Distrito Federal (22,5 casos a cada 100 mil habitantes), Santa Catarina (20,3) e Mato Grosso do Sul (17).  
J� o crime de racismo por homofobia ou transfobia teve 488 casos registrados em 2022 no pa�s, ante 326 em 2021. A taxa nacional por 100 mil habitantes em 2022 ficou em 0,44 – 53,6% superior ao ano anterior. Os estados com as maiores taxas foram: Distrito Federal (2,4), Rio Grande do Sul (1,1) e Goi�s (0,9).  

“Observamos grandes aumentos das taxas de inj�ria racial (que cresceu 32,3%) e racismo (que cresceu 67%), denotando aumento da demanda por acesso ao direito � n�o-discrimina��o”, destaca o texto do anu�rio.

O FBSP criticou a falta de dados, que deveriam ser fornecidos pelos �rg�os oficiais, referentes ao n�mero de pessoas do grupo LGBTQIAPN+ v�timas de les�o corporal, homic�dio e estupro.

“Quanto aos dados referentes a LGBTQIA v�timas de les�o corporal, homic�dio e estupro, seguimos com a alt�ssima subnotifica��o. Como de costume, o Estado demonstra-se n�o incapaz, porque possui capacidade administrativa e recursos humanos para tanto, mas desinteressado em endere�ar e solucionar”, diz o texto.

De acordo com o FBSP, para a quantifica��o desses crimes � necess�rio contar com dados produzidos pela sociedade civil, como os da Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e do Grupo Gay da Bahia (GGB).
De acordo com o anu�rio, a ANTRA contabilizou, em 2022, 131 v�timas trans e travestis de homic�dio. J� o GGB registrou 256 v�timas LGBTQIA+  do mesmo crime em 2022. “O Estado deu conta de contar 163, 63% do que contabilizou a organiza��o da sociedade civil, demonstrando que as estat�sticas oficiais pouco informam da realidade da viol�ncia contra LGBTQIA no pa�s”.

“Se bases de dados s�o instrumentos prim�rios de transforma��o social, o que a produ��o de dados oficiais desinformativos diz sobre o destino para o qual caminhamos no enfrentamento aos crimes de �dio no Brasil?”, questionou o texto do anu�rio.

* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata


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