
Os registros de racismo saltaram de 1.464 casos, em 2021, para 2.458, em 2022. A taxa nacional em 2022 ficou em 1,66 caso a cada 100 mil habitantes, uma alta de 67% em rela��o ao ano passado. Os estados com as maiores taxas, de acordo com o anu�rio, foram: Rond�nia (5,8 casos a cada 100 mil habitantes), Amap� (5,2), Sergipe (4,8), Acre (3,3), e Esp�rito Santo (3,1).
Os registros de inj�ria racial tamb�m cresceram. Em 2021, foram 10.814 casos, e, em 2022, 10.990. A taxa em 2022 ficou em 7,63 a cada 100 mil habitantes, 32,3% superior a do ano anterior (5,77). As unidades da federa��o com as maiores taxas foram Distrito Federal (22,5 casos a cada 100 mil habitantes), Santa Catarina (20,3) e Mato Grosso do Sul (17).
J� o crime de racismo por homofobia ou transfobia teve 488 casos registrados em 2022 no pa�s, ante 326 em 2021. A taxa nacional por 100 mil habitantes em 2022 ficou em 0,44 – 53,6% superior ao ano anterior. Os estados com as maiores taxas foram: Distrito Federal (2,4), Rio Grande do Sul (1,1) e Goi�s (0,9).
“Observamos grandes aumentos das taxas de inj�ria racial (que cresceu 32,3%) e racismo (que cresceu 67%), denotando aumento da demanda por acesso ao direito � n�o-discrimina��o”, destaca o texto do anu�rio.
O FBSP criticou a falta de dados, que deveriam ser fornecidos pelos �rg�os oficiais, referentes ao n�mero de pessoas do grupo LGBTQIAPN+ v�timas de les�o corporal, homic�dio e estupro.
“Quanto aos dados referentes a LGBTQIA v�timas de les�o corporal, homic�dio e estupro, seguimos com a alt�ssima subnotifica��o. Como de costume, o Estado demonstra-se n�o incapaz, porque possui capacidade administrativa e recursos humanos para tanto, mas desinteressado em endere�ar e solucionar”, diz o texto.
De acordo com o FBSP, para a quantifica��o desses crimes � necess�rio contar com dados produzidos pela sociedade civil, como os da Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) e do Grupo Gay da Bahia (GGB).
De acordo com o anu�rio, a ANTRA contabilizou, em 2022, 131 v�timas trans e travestis de homic�dio. J� o GGB registrou 256 v�timas LGBTQIA+ do mesmo crime em 2022. “O Estado deu conta de contar 163, 63% do que contabilizou a organiza��o da sociedade civil, demonstrando que as estat�sticas oficiais pouco informam da realidade da viol�ncia contra LGBTQIA no pa�s”.
“Se bases de dados s�o instrumentos prim�rios de transforma��o social, o que a produ��o de dados oficiais desinformativos diz sobre o destino para o qual caminhamos no enfrentamento aos crimes de �dio no Brasil?”, questionou o texto do anu�rio.
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata
* Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Thiago Prata