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Estado de Minas

T�nis All Star � sin�nimo de atitude e estilo em 144 pa�ses


07/12/2008 08:35 - atualizado 08/01/2010 03:57

Pâmella Dias criou no Orkut a comunidade Loucos por All Star, que tem mais de 64 mil aficionados listados
P�mella Dias criou no Orkut a comunidade Loucos por All Star, que tem mais de 64 mil aficionados listados (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press )

 

Tem aqueles que n�o abrem m�o dos cl�ssicos e outros que adoram brincar com a versatilidade dos modelos, que v�o dos estampados, com cano alto ou baixo, sem cadar�o, de couro, seda ou camur�a, at� os tem�ticos inspirados em bandas de rock ou vers�es exclusivas estilizadas por designers. H� ainda quem diga que quanto mais velho, melhor. Com um s�culo de mercado, comemorado este ano, a Converse, fabricante da marca All Star, continua sendo sin�nimo de atitude e estilo em 144 pa�ses.

Fundada em 1908, a empresa lan�ou em 1917 o primeiro All Star, que caiu no gosto dos americanos em 1923, quando foi lan�ado o All Star Chuck Taylor, associado � imagem do jogador de basquete de mesmo nome, que popularizou a marca no mundo dos esportes. De l� pra c�, mais de 1 bilh�o de pares do modelo foram comercializados e, mesmo com a infinidade de op��es nas vitrines, os f�s continuam dando prefer�ncia aos tradicionais Chuck Taylor nas cores branca, preta e vermelha, os campe�es de vendas. Estima-se que 65% dos americanos tenham, pelo menos, um par da marca em casa.

No Brasil, a Coopershoes Cooperativa de Cal�ados e Componentes Joanense, em Picada Caf�, no Rio Grande do Sul, � a �nica empresa licenciada para a produ��o dos cal�ados da marca no pa�s. Com filiais em Garibaldi e Veran�polis, tamb�m no Rio Grande do Sul, a Coopershoes ainda exporta para os pa�ses do Mercosul e pretende, at� o fim de 2009, gerar 2,3 mil empregos diretos, al�m dos seus 132 cooperativados.

� dif�cil acreditar que, com mais de 2.250 modelos comercializados hoje, somente no Brasil, o brilho da estrela All Star j� esteve prestes a se apagar. Em 1991 e 2001, problemas financeiros levaram ao decreto de concordata da Converse. Em 2003, a empresa foi comprada pela Nike por US$ 305 milh�es. Reerguida, a marca � comercializada por mais de 20 mil lojas independentes e a expectativa � de que a produ��o cres�a 20% em 2009, mesmo com as incertezas trazidas pelo cen�rio econ�mico mundial. Para Ricardo Mohr, gerente de Marketing da Coopershoes, os impactos da crise financeira interferem nas perspectivas de planejamento, mas a inova��o � uma boa estrat�gia para superar as dificuldades do mercado. “Os impactos interferem, claro, tornando-nos mais cautelosos a novas propostas etc., mas manter a inova��o e oxigena��o de nossas estrat�gias e iniciativas no mercado � o principal objetivo”, explica.

A popularidade � t�o grande que centenas de fan�ticos pelo All Star se associam em comunidades de relacionamento no Orkut para compartilhar o interesse pelo cal�ado. Em 2005, quando criou a comunidade “Loucos por All Star”, P�mella Dias, estudante de 20 anos, dona de oito pares, n�o imaginava que o sucesso seria t�o grande. “Lembro que fiquei espantada quando chegou a mil membros”, afirma. Hoje, mais de 64 mil aficionados est�o listados no grupo.

O conforto e o estilo s�o, para P�mella, as principais qualidades do produto, mas ela confessa que nos �ltimos anos o pre�o dos t�nis tem ficado mais salgado. “N�o sei se foi porque a Nike comprou a marca, mas antigamente um b�sico podia ser adquirido por R$ 30. Hoje, os mais baratos est�o por volta de R$ 60”, explica. A estudante j� chegou a pagar R$ 120 por um par de All Star de couro, mas o pre�o m�dio gira em torno de R$ 80. Os mais baratos saem por R$ 49,90 (infantil) e podem variar at� R$ 345, para os modelos de basquete importados.

Grande v�tima da pirataria, a empresa n�o informa o preju�zo que essa pr�tica representa para o neg�cio, mas investe em conscientiza��o dos clientes. “Vimos desde o in�cio do trabalho educando via comunica��o a identifica��o do produto correto, al�m de atividade judicial em que j� foram feitas buscas a produtos irregulares”, comenta Mohr. Foi o que aconteceu com a f�brica Artigos Esportivos Ltda., que perdeu no ano passado o direito de produ��o da marca, e os lojistas que comercializavam os produtos passaram a receber notifica��es solicitando a remo��o do mostru�rio.

Carolina Perucci levou a paixão pelo tênis para a faculdade e criou estampas personalizadas para cinco amigos
Carolina Perucci levou a paix�o pelo t�nis para a faculdade e criou estampas personalizadas para cinco amigos (foto: Maria Tereza Correia/em/D.A Press 28/11/ 07 )
A designer Carolina Malaguth Perucci levou a paix�o pelo All Star para a universidade. No projeto final do curso de gradua��o, ela analisou a personalidade de cinco amigos para criar estampas personalizadas que expressassem as caracter�sticas, comportamento e estilo de cada um. “� um t�nis muito democr�tico que resolve a vida de qualquer pessoa, sem qualquer distin��o”, afirma a designer. Carolina, que fez o trabalho com base na comemora��o dos 90 anos do All Star, n�o saiu sem o pr�prio modelo personalizado. “Fiz um para mim tamb�m. Adoro a marca.”

Os t�nis t�m sempre uma adapta��o e temperos locais, com refer�ncias da cultura e dos h�bitos da regi�o. “Uma influ�ncia � a for�a de estampas com motivos alegres e xadrezes, que s�o tend�ncias e visuais que funcionam bem localmente”, afirma Mohr sobre os sucessos brasileiros. Fama que pode ser ainda maior, de acordo com os p�s que d�o movimento ao t�nis. Kurt Kobain foi um dos que aderiram ao estilo e j� teve at� modelo exclusivo da marca lan�ado em sua homenagem (no alto, � esquerda). Atualmente, s�o os integrantes da s�rie High School Musical, que fazem a cabe�a de crian�as e adolescentes, que ajudam a tornar o All Star cada vez mais conhecido e admirado.


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