O governo do presidente Barack Obama prev� para o ano fiscal de 2012 um aumento nos gastos em pesquisa de energia, eleva��o de impostos para companhias de petr�leo e g�s natural e profundos cortes num programa que ajuda as cidades a pagarem por melhorias em seus sistemas de �gua e esgoto.
O projeto de or�amento apresentado hoje prev� a aloca��o de US$ 29,5 bilh�es para o Departamento de Energia, um aumento de 12% em rela��o ao alocado em 2010. Pelo plano, seriam destinados mais recursos � pesquisa sobre energia solar e e�lica e aos programas de uso mais eficiente de energia. O governo Obama prop�s gastos de US$ 457 milh�es em pesquisa, desenvolvimento e uso de energia solar e US$ 341 milh�es para pesquisa de biocombust�veis e biomassa. Tamb�m prop�e US$ 853 milh�es para apoiar a energia nuclear.
Obama prop�s o corte de US$ 947 milh�es dos Fundos Rotativos do Estado para a �gua Limpa e �gua Pot�vel, da Ag�ncia de Prote��o do Ambiente, o que representa um redu��o de 27% sobre os n�veis de 2010. Estes recursos subsidiam os projetos de �gua e esgoto de governos estaduais e municipais. Cort�-los pode for�ar os governos a elevarem as tarifas de �gua e esgoto para substituir os recursos federais perdidos.
Como nos anos anteriores, Obama prop�s a elimina��o de v�rios incentivos fiscais para companhias de petr�leo e g�s natural, numa medida que, segundo o governo, gerar� US$ 43,6 bilh�es em receitas adicionais nos pr�ximos dez anos. Para 2012, Obama pede a elimina��o de cerca de US$ 4 bilh�es em incentivos fiscais � ind�stria do petr�leo, g�s e carv�o.
A proposta de or�amento tamb�m destina US$ 500 milh�es para reestruturar a ag�ncia federal que regula a perfura��o offshore, ap�s a recomenda��o de uma comiss�o presidencial que investigou o vazamento de petr�leo no ano passado envolvendo a BP PLC.
N�o est� claro quais propostas ser�o aprovadas pelo Congresso, que j� rejeitou em duas ocasi�es anteriores planos de Obama de elevar os impostos para as petroleiras. Muitas das medidas contidas no plano anunciado hoje haviam sido delineadas no discurso sobre o Estado da Uni�o, feito pelo presidente Obama em janeiro.
O American Petroleum Institute (API), principal lobby da ind�stria petroleira, tem defendido os incentivos fiscais. O grupo afirma que as companhias de petr�leo e g�s j� pagam bilh�es de d�lares em impostos, royalties e outras tarifas anualmente e n�o deveriam ser alvo do objetivo do governo de aumentar as receitas.
"Al�m de eliminar milhares de novos empregos potenciais, os aumentos de impostos, no longo prazo, iriam, de fato, reduzir a receita do governo em muitos bilh�es de d�lares como resultado de receitas perdidas de projetos que a alta dos impostos impediria que fossem realizados", disse o presidente da API, Jack Gerard.