A Ag�ncia Nacional do Petr�leo (ANP) informou nesta ter�a-feira que o mercado brasileiro de combust�veis cresceu 8,4% em 2010 sobre o ano anterior. Os destaques do ano, segundo o diretor da ANP, Alan Kardec, foram o crescimento do consumo de diesel (11,2%) e do querosene de avia��o (QAV), de 15,3%. Tamb�m cresceu acima da m�dia o consumo de gasolina de avia��o (11,3%).
O consumo de combust�veis no Brasil foi de 117,9 bilh�es de litros no ano passado. O consumo de gasolina C (com acr�scimo de etanol) atingiu 29,8 bilh�es de litros, aumento de 17,5% sobre 2009. J� o consumo de �lcool hidratado caiu 8,5% no mesmo per�odo.
Considerando que nos tr�s primeiros meses de 2010 o porcentual de �lcool adicionado � gasolina era maior (25% ante 20% nos outros meses do ano), a ANP detectou aumento maior no consumo de gasolina A em 2010 sobre 2009, de 19,4%. J� o �lcool anidro (que � adicionado � gasolina) teve crescimento de 11,6% puxado pelas vendas da gasolina. Se considerado anidro e hidratado, o combust�vel derivado da cana teve queda de 2,9%.
Ainda segundo a ANP, o consumo de g�s liquefeito de petr�leo (GLP) cresceu 3,7%, para 12,558 bilh�es de litros, e o de �leo combust�vel caiu 2%, para 4,9 bilh�es de litros, por conta da sua substitui��o por g�s natural em t�rmicas e ind�strias. O consumo de biodiesel cresceu 58,8%, para 2,425 bilh�es de litros. Em contrapartida, o consumo de GNV caiu 4,8%.
O diretor da ANP afirmou que a expectativa da ag�ncia � de que o consumo de combust�veis cres�a em torno de 7% em 2011 em rela��o ao ano passado. "O ritmo deve ser alto no consumo de diesel e isso deve puxar o consumo geral deste ano para a casa pr�xima a 7% sobre 2010", avaliou.
Segundo ele, o ritmo deve ficar um pouco acima do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), portanto um pouco abaixo do aumento verificado entre 2010 e 2009. "Este ano (2010) teve um crescimento extraordin�rio. De certa forma n�o era esperado, um crescimento acima de 7%. Esper�vamos algo mais pr�ximo do ritmo de crescimento do PIB", avaliou o diretor da reguladora.
Sobre a queda do consumo de etanol, o diretor avalia que houve influ�ncia de uma conjuntura internacional que priorizou a aquisi��o de a��car. "Houve um movimento de todo o setor se voltando para o aumento da produ��o de a��car e uma produ��o menor de �lcool, o que puxou o pre�o do combust�vel para cima, reduzindo sua atratividade e competitividade em rela��o � gasolina", disse. Para ele, h� tamb�m a influ�ncia da venda de carros movidos a gasolina, colocado a menores pre�os no mercado.
Kardec tamb�m comentou que a ANP espera "um pouco mais de estabilidade na entressafra" da cana-de-a��car no segundo semestre, o que deve impactar diretamente em uma maior oferta de �lcool neste ano. "Esperamos que o consumo de �lcool n�o feche no negativo em 2011."