Balan�o do Panamericano confirma rombo de R$ 4,3 bilh�es

O Banco Panamericano apresentou no m�s de dezembro um preju�zo consolidado de R$ 133,617 milh�es, resultado que inclui as empresas controladas nos segmentos de seguros, arrendamento mercantil e administradora de cons�rcios. As demonstra��es financeiras divulgadas nesta madrugada tamb�m foram apresentadas individualmente em rela��o ao banco, que teve preju�zo de R$ 142,244 milh�es no m�s.

A decis�o da administra��o de informar apenas o resultado do m�s de dezembro e n�o do trimestre deve-se �s irregularidades constatadas no balan�o, que somam R$ 4,3 bilh�es, e n�o permitem base de compara��o. Como explica o

relat�rio da companhia, "a complexidade dos mecanismos adotados na gera��o das inconsist�ncias cont�beis impediu a defini��o do momento exato em que come�aram a ocorrer as irregularidades cont�beis e fragilidades dos controles internos que ocasionaram a falta de confiabilidade dos registros."

Por causa dessa situa��o, "a administra��o n�o encontrou alternativa que n�o a de estabelecer uma nova base cont�bil confi�vel, atrav�s da elabora��o de um balan�o patrimonial especial de abertura". Para an�lise da situa��o patrimonial, foi feito um levantamento dos direitos e obriga��es da companhia tendo como ponto de partida a data de 30 de novembro de 2010. Assim, o Panamericano optou, para efeito de compara��o, utilizar a situa��o patrimonial nessa data em vez da relativa a 31 de dezembro de 2009, "em decorr�ncia da inviabilidade de se mensurar, pelo exerc�cio social j� encerrado, as significativas distor��es cont�beis decorrentes das inconsist�ncias e demais irregularidades identificadas, ou mesmo, de se reelaborar demonstra��es financeiras confi�veis de exerc�cios anteriores."

Quanto �s irregularidades, o montante final apurado e ajustado no balan�o patrimonial de abertura � de R$ 4,3 bilh�es, descrito da seguinte maneira no relat�rio da administra��o: R$ 1,6 bilh�o referente � carteira de cr�dito insubsistente; R$ 1,7 bilh�o referente a passivos n�o registrados de opera��es de cess�o liquidados/referenciados; R$ 0,5 bilh�o referente � irregularidades na constitui��o de provis�es para perdas de cr�dito; R$ 0,3 bilh�o referente a ajustes de marca��o a mercado; e R$ 0,2 bilh�o referente a outros ajustes.

'Desenquadramento'

A administra��o do Banco Panamericano afirma que a atual situa��o de desenquadramento dos limites operacionais estar� revertida at� o final deste m�s de fevereiro. Como explica o relat�rio da companhia, os "ajustes corretivos" realizados em novembro de 2010 apresentaram reflexos sobre a estrutura de capital do banco, resultando no desenquadramento em rela��o aos limites operacionais regulat�rios, ou seja, �ndice de Basileia e margem operacional.

O quadro deve ser revertido considerando os neg�cios j� realizados pelo banco no m�s de janeiro de 2011, o suporte oferecido pela Caixa Econ�mica Federal, pelo novo controlador, o Banco BTG Pactual e pelo Fundo Garantidor de Cr�dito (FGC), al�m do dep�sito adicional de R$ 1,3 bilh�o feito em conta de "Dep�sito de Acionista", pelo ent�o controlador, o Grupo Silvio Santos, em 31 de janeiro passado.

O banco afirma ainda que as demonstra��es financeiras consolidadas, a serem preparadas de acordo com as pr�ticas cont�beis internacionais (IFRS), ser�o encaminhadas ao Banco Central e � Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), dentro do prazo regulamentar, conforme o documento.

Em 31 de dezembro de 2010, o capital social do Panamericano era representado por 244.343.940 a��es, sendo 131.881.028 a��es ordin�rias nominativas e 112.462.912 a��es preferenciais nominativas. Ap�s aprova��o do BC e na data de 31 de janeiro, o BTG Pactual passou a deter 37,6% do capital total (fatia antes do Grupo Silvio Santos), a CaixaPar manteve-se com 36,6% e os demais 25,8% est�o no mercado (free-float).