
J� os ocupados foram definidos como aqueles que declararam ter exercido atividade remunerada na semana anterior � entrevista, ou estado temporariamente afastados da mesma. Foram classificadas como inativas as pessoas que declararam ter trabalhado apenas realizando atividades n�o remuneradas no pr�prio domic�lio (afazeres dom�sticos, tarefas em cultivo, pesca ou cria��o de animais destinados � pr�pria alimenta��o, ou constru��o destinada ao pr�prio uso dos moradores) ou n�o ter trabalhado nem procurado trabalho na semana de refer�ncia.
O trabalho do Ipea faz parte do Sistema de Indicadores de Percep��o Social (SIPS), que � voltado para que o Estado e a sociedade avaliem e implementem pol�ticas e estrat�gias. O levantamento foi realizado ao longo do segundo semestre do ano passado, com 2.773 pessoas de todos os Estados do Brasil.
Inativos
Entre os inativos (que s�o 29% do total pesquisado), o Ipea detectou que pelo menos 31,3% nunca procuraram emprego, com 88% deste grupo sendo composto por mulheres. "Pode-se dizer que isso � esperado, uma vez que elas ainda costumam participar menos do mercado de trabalho que os homens. Ainda assim, o fato de a propor��o de mulheres que nunca procuraram trabalho aumentar com a idade � sintoma de que a atual gera��o participa mais do mercado de trabalho do que as gera��es anteriores", explicaram os t�cnicos do instituto no documento distribu�do � imprensa. Al�m disso, segundo o relat�rio, as mulheres, em m�dia, est�o h� mais tempo na inatividade que os homens.
Entre os homens, ocorre o inverso em rela��o � idade. Isto �, quase todas as pessoas que nunca procuraram emprego est�o entre os mais jovens. "A hip�tese mais comum para explicar tal fen�meno � que os homens mais jovens estariam se dedicando mais aos estudos", diz o instituto.
Ainda de acordo com a pesquisa do Ipea, 57,4% dos inativos n�o aceitariam oferta de emprego por v�rios motivos. Al�m disso, mais de 40% podem se encaixar de alguma forma na situa��o de "desempregado oculto pelo desalento". Ou seja, a pessoa gostaria de trabalhar, mas v�rios fatores a desanimam ou mesmo a impedem de procurar esse objetivo. Isso mostra, conforme o Ipea, que os inativos n�o s�o todos iguais. "Sabe-se que nem todos os inativos n�o est�o procurando emprego porque n�o querem trabalhar".
Conforme o levantamento, a propor��o de mulheres inativas que aceitariam uma proposta de trabalho � maior que a dos homens (47% contra 32%). Os resultados da pesquisa mostram que quanto mais tempo a pessoa est� inativa, menos ela tende a querer sair dessa situa��o. O Ipea identificou tamb�m que 65,5% dos inativos com pelo menos segundo grau incompleto aceitaria uma proposta de emprego, contra apenas 36% daqueles com no m�ximo o primeiro grau completo.