A crise financeira nos ensinou a ser mais agressivos com os grandes bancos, disse hoje o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, durante uma audi�ncia com o Comit� Banc�rio do Senado.
Em resposta ao senador republicano Richard Shelby, um dos integrantes do comit�, que o questionou sobre quais foram as li��es trazidas pela crise financeira, Bernanke afirmou: "A import�ncia de sermos muito agressivos e n�o estarmos dispostos a permitir muito espa�o para os bancos", especialmente quando est�o desalinhados em �reas como a de gerenciamento de risco.
A audi�ncia com o Comit� Banc�rio tem como tema a implementa��o da lei de reforma financeira dos EUA aprovada em julho do ano passado, conhecida como Dodd-Frank. Bernanke disse que levar� algum tempo at� que todas as regras dessa legisla��o sejam implementadas. Segundo ele, a negocia��o com ag�ncias reguladoras estrangeiras est� atrasando esse processo.
Ele tamb�m afirmou que identificar as institui��es financeiras grandes o suficiente para amea�arem a economia caso entrem em colapso � um processo dif�cil para as autoridades. "Voc� n�o quer ser arbitr�rio", disse o presidente do Federal Reserve, acrescentando que os reguladores estavam tentando tra�ar defini��es claras sobre este assunto.
Regra para cart�o de d�bito
Bernanke disse hoje n�o ter certeza se ser� eficaz isentar os pequenos bancos de uma proposta que prev� a imposi��o de limites sobre as taxas que as institui��es financeiras e operadoras de cart�es cobram de comerciantes para processar opera��es de d�bito. "� poss�vel que a isen��o n�o seja eficaz no mercado", afirmou, durante a audi�ncia com o Comit� Banc�rio do Senado.
Segundo a lei de reforma financeira dos EUA, bancos com menos de US$ 10 bilh�es em ativos n�o seriam submetidos ao limite para as taxas de d�bito. Algumas dessas institui��es, no entanto, argumentam que se cobrarem taxas mais altas do que as dos grandes bancos, os comerciantes passar�o a discriminar seus cart�es.
Bernanke reconheceu essa possibilidade hoje e disse que "� poss�vel os comerciantes rejeitarem os cart�es de bancos menores."