BUENOS AIRES - Os governos de Argentina e Brasil concordaram nesta sexta-feira em realizar um monitoramento conjunto para excluir os produtos brasileiros do limite de importa��es imposto recentemente pelo governo de Cristina Kirchner a uma dezena de produtos industriais.
A Argentina acaba de estender o sistema de licen�as n�o autom�ticas para a regula��o de importa��es a uma dezena de produtos, entre eles autom�veis de alto valor, artigos metal�rgicos, eletr�nicos de consumo, fia��o e tecidos, moldes e matrizes, vidro, bicicletas e pe�as de bicicletas.
Pimentel admitiu que a medida gerou "inquieta��o no setor produtivo brasileiro, mas n�o no governo" de Dilma Rousseff.
"� uma decis�o soberana da Argentina que n�s respeitamos e que n�o afeta as normas da Organiza��o Mundial de Com�rcio (OMC)", disse o ministro brasileiro.
Pimentel destacou, no entanto, a decis�o de formar "uma comiss�o de acompanhamento (da aplica��o de) licen�as n�o autom�ticas para que n�o haja confus�es entre ambos os pa�ses".
"N�o h� inten��o por parte do Brasil de restringir as exporta��es argentinas", completou.
Giorgi confirmou que o governo argentino tamb�m iniciou conversas sobre o tema com o Uruguai, outro de seus s�cios no Mercosul.
"Nesta manh�, falei com o ministro (da Ind�stria, Energia e Minera��o do Uruguai, Roberto) Kreimerman e concordamos em nos reunir na semana que vem" para abordar o tema, disse.
A ministra explicou que a nova medida "obedece � necessidade de monitorar o com�rcio, j� que setores locais denunciaram estar sendo afetados pela competi��o desleal proveniente da extrazona" Mercosul.
Argentina e Brasil registraram uma troca comercial recorde de quase 33 bilh�es de d�lares em 2010 com um d�ficit para a Argentina de 4,097 bilh�es de d�lares.