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Estado de Minas

Faturamento de �ticas cresce 31% no rastro da ascens�o das classes C e D


postado em 20/02/2011 07:14 / atualizado em 20/02/2011 07:50

O designer Saulo Policarpo é um profissional raro no mercado. Ele cria armações com materiais diferenciados(foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
O designer Saulo Policarpo � um profissional raro no mercado. Ele cria arma��es com materiais diferenciados (foto: Jackson Romanelli/EM/D.A Press)
Eles enxergam longe novas oportunidades de neg�cio. No ano passado, fecharam com faturamento de quase R$ 16 bilh�es, um crescimento de 31% em rela��o a 2009. Base forte que n�o intimida, pois a proje��o para 2011 � alta de mais 25% nas vendas. Ou seja, se tem um segmento que est� esbanjando otimismo com as novas tend�ncias de consumo do brasileiro, envelhecimento da popula��o e a ascens�o das classes C e D � o �tico.

Os n�meros s�o da Associa��o Brasileira da Ind�stria �ptica (Abi�ptica), que congrega ind�strias, fabricantes, importadores e distribuidores, e acaba de finalizar sua segunda pesquisa de abrang�ncia nacional. Hoje, existem 37 milh�es de usu�rios de �culos de grau no pa�s, e a refer�ncia � que outros 42 milh�es sejam clientes em potencial – que ainda n�o sabem, mas precisam de algum tipo de corre��o para enxergar melhor. “Com o aumento do poder aquisitivo as pessoas passam a valorizar o conforto e o bem-estar, e se preocupam mais com a sa�de. O faturamento do setor �tico j� deu um salto consider�vel: passou de R$ 8,8 bilh�es em 2006, para R$ 15,9 bilh�es em 2010, mas ainda h� muito o que expandir”, afirma o presidente da Abi�ptica, Bento Alcoforado.

Como combust�veis de crescimento do mercado, ele cita a demanda por exames oftalmol�gicos nas escolas e nas avalia��es pr�-admissionais e a mudan�a no perfil da pir�mide et�ria. “Ao passar dos 40 anos, todo mundo desenvolve presbiopia, popularmente conhecida como vista cansada. Uns mais cedo, outros mais tarde, mas � uma parcela ainda maior da popula��o que vai precisar usar �culos”, comenta Alcoforado.

No entanto, os desafios ainda s�o muitos. Destaque para o combate � pirataria e � falsifica��o (principalmente de �culos de sol), que hoje chega a representar 40% das perdas do setor; e a falta de m�o de obra qualificada, problema que � apontado como o maior entrave � expans�o da produ��o nacional. Jean-Luc Lacastagneratte, propriet�rio da Clair Mont, uma das 10 fabricantes nacionais que sobreviveram � abertura do mercado aos �culos importados no in�cio dos anos 1990, � enf�tico em dizer que � raridade para a ind�stria conseguir profissionais para atender as exig�ncias do consumidor, que quer novidade sempre. “Muita mercadoria chinesa e coreana chega competitiva ao varejo brasileiro hoje. � preciso um mercado forte para competir com a qualidade deles. E o custo Brasil � muito alto, t�nhamos que contar com mais incentivos e oferta de m�o de obra para aprimorar nossas t�cnicas constantemente”, alfineta o empres�rio.

Diferenciais

Lugar cativo no mercado �tico nacional, a f�brica da Clair Mont fica em Montes Claros, no Norte de Minas, e � l� que v�o ser produzidas as pe�as da pr�xima cole��o do premiado designer de �culos Saulo Policarpo. A meta da empresa � aumentar a competitividade, apostando em qualidade e valoriza��o do produto made in Brazil com materiais inovadores e exclusivos, como pedras, rendas, penas de aves, plumas, folhas e sementes. “A base � o acetato, mas acompanhamos a tend�ncia e, de certa forma, ditamos moda ao buscar novos formatos e cores de �culos. Desenvolvemos produtos diferenciados, que n�o deixam em nada a desejar aos importados”, comentou Lacastagneratte. “O europeu usa roupas escuras e �culos coloridos, enquanto o brasileiro gosta mais de roupas alegres e �culos b�sicos. Mas as culturas est�o se misturando, com mais pessoas viajando para fora. As mudan�as de comportamento s�o vis�veis”, garante o empres�rio.

Todos os looks

� mesmo f�cil perceber que hoje muita gente opta por ter v�rias op��es de �culos de grau, e tamb�m os solares, para combinar com o look do dia. Ol�mpio Soares, dono da rede de �ticas Ol�mpio, confirma que grande parte de seus atuais clientes compra quatro, cinco unidades de uma s� vez. Um deles � o engenheiro Wanderley Maia, que acaba de adquirir seu quinto par de �culos. “No meu caso, nem � por vaidade. � por praticidade. Gosto de deixar um no carro, um em casa, um no bolso etc. Sempre tenho que ter um na manga, porque, como n�o uso toda hora, vivo esquecendo em algum lugar. J� perdi dois”, comenta.


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