O presidente da Petrobras, Jos� S�rgio Gabrielli, admitiu que as cota��es internacionais do barril de petr�leo podem passar por algumas oscila��es, mas ao mesmo tempo previu que o pre�o dos combust�veis vai permanecer est�vel nos postos de reabastecimento do Pa�s. "N�o vamos repassar para o mercado brasileiro a volatilidade do pre�o internacional", afirmou hoje, durante entrevista � imprensa no Pal�cio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
"N�o vejo nos fundamentos do mercado de petr�leo nada que justifique uma tend�ncia permanentemente crescente de pre�os", destacou. Para justificar o racioc�nio, Gabrielli lembrou que a produ��o mundial atual, de 86 milh�es a 87 milh�es de barris por dia � pouco superior � demanda de 85 milh�es a 86 milh�es de barris por dia. Citou ainda a capacidade ociosa da Opep, de 4 milh�es a 5 milh�es de barris por dia, pronta para ser acionada a qualquer momento. "N�o h� raz�es para que o pre�o seja continuamente crescente, no entanto est� crescendo por raz�es especulativas", comentou.
Refinarias
Gabrielli tamb�m reafirmou que o plano estrat�gico da Petrobras para o per�odo de 2011 a 2015, que a empresa divulgar� em maio, n�o prev� novas refinarias al�m das quatro j� projetadas, no Rio de Janeiro, Maranh�o, Cear� e Pernambuco. Os jornalistas insistiram para que o presidente da estatal falasse sobre perspectivas posteriores, mas ele apenas respondeu: "a� � outro plano. Estou dizendo que no plano at� 2015 n�o tem", despistou Gabrielli.
O presidente da Petrobras tamb�m confirmou que n�o h� qualquer discuss�o sobre redu��o da meta de 65% de componentes nacionais nos equipamentos da empresa. Reconheceu que o assunto s� entrou em pauta no debate da fase explorat�ria da cess�o onerosa porque at� 2014 n�o h� previs�o de entrega de sondas produzidas no Brasil. "� uma coisa muito espec�fica", reiterou. "N�o tem discuss�o gen�rica sobre o conte�do nacional".
Fornecedores
Convidado pelo governador Tarso Genro (PT), Gabrielli foi ao Rio Grande do Sul falar com empres�rios para incentiv�-los a se habilitarem � condi��o de fornecedores da Petrobras. O governo ga�cho quer que as empresas locais ampliem de 2% para 10% sua participa��o no fornecimento de produtos e servi�os � estatal e est� elaborando uma s�rie de programas de incentivos para capacit�-las. Tarso e Gabrielli admitiram que a ind�stria local, mais voltada para o agroneg�cio, ainda n�o desenvolveu uma cultura de atendimento ao setor petrol�fero. Tamb�m identificam como gargalo a falta de m�o de obra treinada para o setor.