(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Novos diretores do BC indicam que juros subir�o at� controlarem a infla��o


postado em 24/02/2011 08:08

A uma semana da reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que poder� elevar a taxa b�sica de juros (Selic) em 0,5 ou 0,75 ponto percentual, Altamir Lopes e Sidnei Marques usaram a sabatina dessa quinta-feira no Senado, na qual foram aprovados para os cargos de diretores do Banco Central, para mandar um recado ao mercado: o BC usar� todos os instrumentos que disp�e com o intuito de conter a disparada da infla��o. H� o temor dentro do governo de que o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapasse o teto da meta definida pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN), de 6,5%. Amea�a que ficou ainda maior diante da escalada das cota��es do petr�leo no mercado internacional, por causa da crise na �frica e no Oriente M�dio.

Tanto Altamir, que assumir� a diretoria de Administra��o do BC, quanto Marques, nomeado para a �rea de Liquida��o e Controle de Opera��es de Cr�dito Rural, reconheceram a cont�nua piora das expectativas dos agentes econ�micos, apesar de o Copom j� ter aumentado os juros em janeiro, de 10,75% para 11,25% ao ano. Al�m da forte alta das commodities (mercadorias com cota��o

internacional), o pa�s est� enfrentando um descompasso entre a oferta de produtos e a vontade de comprar dos consumidores. Nem mesmo o expressivo aumento das importa��es est� sendo suficiente para corrigir tal distor��o. O resultado disso � uma onda de remarca��es que precisa ser contida antes que saia do controle. “Esse sim � o grande foco”, disse Altamir.

A pr�via da infla��o oficial, o IPCA-15, cravou 0,97% em fevereiro, puxada, principalmente, pelas altas dos alimentos, das mensalidades escolares e das passagens de �nibus. Apesar de o n�mero ser esperado, os analistas n�o esconderam o desconforto com os rumos do �ndice, que est� muito al�m da m�dia mensal adequada para o pa�s, entre 0,37% e 0,38%. Segundo Altamir, a tend�ncia � de os pr�ximos indicadores mostrarem comportamentos melhores, pois parte do incremento da infla��o no in�cio deste ano decorreu de problemas na produ��o de alimentos, afetada por secas e enchentes ao redor do mundo. “O aumento da Selic � para corrigir distor��es, como no segmento de servi�os, que registra alta acumulada de cerca de 7% em 12 meses”, afirmou.

Tr�gua demorar�

O BC acredita que a tr�gua na infla��o s� vir� a partir do segundo semestre. Isso, � claro, se a Petrobras n�o for obrigada a reajustar os pre�os da gasolina — o que n�o est� no cen�rio oficial do BC. “Por enquanto, o que se diz � que o atual choque do petr�leo (cotado a mais de US$ 110) � tempor�rio, ao menos at� que de um jeito ou de outro se resolvam as coisas na L�bia”, disse Luiz Rabi, gerente de indicadores da Serasa Experian. “Agora, se a situa��o tiver um car�ter mais permanente, espalhando para outros grandes produtores, como a Ar�bia Saudita, teremos de aguardar a postura da Petrobras quanto aos repasses que podem ser feitos ao consumidor”, ponderou.

Para Fernando Montero, economista-chefe da Corretora Conven��o, a entrada de Altamir na diretoria do BC — h� mais de 15 ano � chefe do Departamento Econ�mico do BC — refor�a a credibilidade da institui��o, sobretudo neste cen�rio complexo de infla��o. “Ele est� completamente alinhado com o regime de
metas e brigar� pela manuten��o do poder de compra do brasileiro”, afirmou. Essa posi��o foi refor�ada pelo futuro diretor do BC em discurso antes de ser sabatinado no Senado. “Tenho o compromisso claro com o combate intransigente � infla��o. Esse compromisso se traduz de forma objetiva na diretriz de cumprir as metas”, assegurou.

Sidnei Marques, tamb�m muito elogiado pelo mercado financeiro, deu o mesmo recado. “Vou contribuir para as miss�es do BC: assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e garantir um sistema financeiro s�lido e eficiente”, frisou. Altamir e Marques foram aprovados na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, presidida pelo senador Delc�dio Amaral (PT-MS) por 19 votos e duas absten��es.

Limites para o compuls�rio

Ao ser questionado pelo senador Roberto Requi�o (PMDB-PR) se o combate � infla��o n�o poderia ocorrer por meio de outros instrumentos de pol�tica monet�ria, como o aumento dos dep�sitos recolhidos compulsoriamente pelos bancos, em vez de for�ar a m�o na alta das taxas de juros, Altamir Lopes, aprovado para a diretoria de Administra��o do Banco Central, disse que tal medida tem limite. No fim do ano passado, o BC retirou mais de R$ 60 bilh�es do sistema financeiro para tentar conter a oferta de cr�dito e, por tabela, o consumo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)