MTE prev� 3 milh�es de novas vagas formais em 2011

Apesar da expectativa de crescimento menor do Pa�s em 2011 e do corte do Or�amento neste ano, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, mant�m a proje��o de cria��o de 3 milh�es de empregos com carteira assinada. No ano passado, foram criados pouco mais de 2,5 milh�es de postos formais.

Lupi justificou a previs�o dizendo que os cortes de gastos anunciados pelo governo est�o concentrados em custeio - e n�o em investimentos. “No m�ximo, 10%, 15% disso � corte de investimentos, que j� n�o eram mais priorit�rios”, afirmou.

Para o ministro, o emprego ser� impulsionado em 2011 principalmente pelos servi�os, pelo com�rcio e pela constru��o civil - este �ltimo setor mostrou pequeno arrefecimento no segundo semestre do ano passado, em fun��o do per�odo eleitoral.

J� a ind�stria n�o dever� ser o carro-chefe do mercado de trabalho, mantendo um ritmo de crescimento muito pr�ximo do verificado em 2010. No ano passado, na s�rie sem ajustes, a ind�stria foi respons�vel pela cria��o de 485.028 vagas com carteira de trabalho assinada. No ano anterior, em fun��o do impacto da crise financeira internacional, o setor gerou 10.865 postos de trabalho.

Apesar da expectativa positiva do ministro, a cria��o de vagas formais em janeiro deste ano ficou abaixo da verificada no mesmo m�s do ano passado. Para Lupi, no entanto, n�o se trata de uma desacelera��o da cria��o de empregos. Segundo ele, o n�mero de 2010 foi fortemente influenciado pela recontrata��o de funcion�rios, principalmente pela ind�stria brasileira, que havia dispensando trabalhadores no auge da turbul�ncia. “Os quadros comparativos s�o diferentes”, avaliou. “Atipicamente, em janeiro de 2010, a ind�stria 'bombou' mais, porque tinha demitido mais com a crise.”

Juros

O ministro disse ainda que o quadro atual de alta de juros e de menor oferta de cr�dito � passageiro. “Essa fotografia de taxa de juros maior e cr�dito menor deve come�ar a mudar em tr�s ou quatro meses”, afirmou Lupi. “O que estamos vendo � uma adequa��o do governo para que a infla��o n�o volte, n�o passe da meta”, disse, referindo-se � taxa perseguida pelo Banco Central (BC) como centro da meta de infla��o para este ano, de 4,5%.

Lupi evitou se aprofundar em sua an�lise, alegando que n�o gostaria de entrar na �rea do Ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele usou essas avalia��es para justificar sua proje��o de gera��o de empregos com carteira assinada em 2011, de 3 milh�es. “Esta � a minha avalia��o, n�o sou o ministro da Fazenda”, completou.