O petr�leo de Muamar Kadafi virou arma pol�tica, dentro e fora da L�bia, e sua cota��o voltou a explodir. Nesta sexta-feira, rebeldes anunciaram que tomaram po�os e dutos no sul do pa�s, enquanto o ditador l�bio amea�ou a comunidade internacional com o fechamento das torneiras das refinarias.
Fora do pa�s, o governo saudita come�ou a negociar o abastecimento extra de petr�leo para os pa�ses que dependiam do fornecimento da L�bia e, assim, acalmar os mercados. Mas os presidentes da Venezuela, Hugo Ch�vez, e do Ir�, Mahmoud Ahmadinejad, declaram que s�o contr�rios a uma decis�o da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep) de aumentar a produ��o nesse momento,
Uma semana depois da eclos�o dos conflitos, a L�bia est� produzindo menos 25% do seu volume normal. Ontem, Kadafi usou sua declara��o � TV estatal para fazer uma amea�a � Uni�o Europeia e � comunidade internacional. “Se os cidad�os n�o v�o trabalhar, o abastecimento de petr�leo ser� cortado.” Enquanto falava, o pre�o do barril registrava a alta de 10% na semana e o maior valor em mais de 30 meses.
A fala de Kadafi foi seguida por declara��es de rebeldes de que todos os campos no sul da L�bia j� n�o estavam sob o controle do governo. A meta dos rebeldes � secar a fonte de renda do governo. No caso da L�bia, 90% da arrecada��o vem do petr�leo. Diante do risco de desabastecimento, os sauditas tomaram a iniciativa de negociar um novo fornecimento, uma medida que viria acompanhada de alta na produ��o do cartel do petr�leo. Em Riad, a constata��o foi de que at� a recupera��o da economia mundial estaria amea�ada e um pre�o “justo” para o barril seria algo entre US$ 70 e US$ 80. Mas nem todos na Opep concordam com os sauditas. Ir� e Venezuela rejeitam a ideia de alta na produ��o, que faria os pre�os voltarem abaixo de US$ 100.