A turbul�ncia na L�bia n�o vai prejudicar a situa��o relativamente confort�vel da oferta nos mercados globais de petr�leo no primeiro semestre deste ano, afirmou David Fyfe, diretor da divis�o de ind�stria e mercados de petr�leo da Ag�ncia Internacional de Energia (AIE). Fyfe disse que os estoques emergenciais "s�o uma pol�tica de seguran�a para ser usada em �ltimo caso". "N�s preferimos que o mercado preencha a lacuna", disse.
"N�s n�o achamos no presente momento que exista uma grande defici�ncia que n�o possa no curto prazo ser atendida por meio da flexibilidade no sistema de refino e por deslocamentos de ofertas de petr�leo", afirmou Fyfe. "Obviamente, se essa defici�ncia no abastecimento piorar ou tiver uma longa dura��o, ent�o teremos de revisitar a situa��o toda", acrescentou.
Fyfe descreveu o mercado global de petr�leo como "comparativamente bem suprido no momento atual" e destacou que, em raz�o de manuten��es sazonais nas refinarias europeias, a demanda por petr�leo bruto na Europa ser� cerca de meio milh�o de barris por dia menor em fevereiro e mar�o do que em novembro e dezembro.
A AIE estima que entre 500 mil e 750 mil barris de petr�leo por dia tenham sido removidos do mercado em consequ�ncia da turbul�ncia na L�bia. A ag�ncia disse ontem que vai continuar monitorando a situa��o e poder� recorrer aos estoques estrat�gicos "quando julgar necess�rio".
No entanto, Fyfe afirmou que � dif�cil estimar o impacto total da crise pol�tica na L�bia sobre a produ��o, em parte por causa da situa��o obscura de cerca de 500 mil barris di�rios de produ��o controlada pela companhia nacional de petr�leo do pa�s. O executivo-chefe da italiana Eni, Paolo Scaroni, ontem calculou que 1,2 milh�o de barris di�rios foram suspensos, dentro de uma produ��o total de 1,6 milh�o de barris di�rios.
Segundo Fyfe, o mercado pode fazer trocas de petr�leo. A Ar�bia Saudita - que � o maior produtor do mundo - poderia enviar petr�leo do Oriente M�dio para a �sia e os produtores africanos poderiam enviar petr�leo leve, de maior qualidade, para a regi�o do Mar Mediterr�neo.
"N�s temos um sistema de refino na �sia que est� se tornando mais complexo e mais capaz de lidar com petr�leo bruto de menor qualidade", disse Fyfe. "Existe mais flexibilidade dentro do sistema de refino global e por isso existe a capacidade de driblar os problemas", acrescentou.