Foi nos novos investimentos - inclusive do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) - o primeiro impacto do ajuste fiscal anunciado pelo governo Dilma Rousseff. Os Minist�rios dos Transportes, da Educa��o e da Sa�de, por exemplo, n�o deram nem o primeiro passo na execu��o dos gastos do PAC autorizados para 2011 at� a �ltima quarta-feira. Por ora, o governo tem se limitado a pagar as contas pendentes do governo Lula.
O governo j� pagou R$ 3,4 bilh�es de contas deixadas pelo ano eleitoral, mas ainda resta um saldo a quitar de R$ 29,9 bilh�es. Esses n�meros mostram que � quase imposs�vel o cumprimento do compromisso do governo de n�o cortar o PAC.
Dono do principal or�amento entre os projetos do PAC, o Minist�rio das Cidades come�ou o ano com autoriza��o legal para gastar R$ 17,1 bilh�es. Desse total, comprometeu-se a gastar at� 23 de fevereiro apenas R$ 422 mil. O ministro M�rio Negromonte lida com a dif�cil escolha entre fazer novos investimentos em saneamento, habita��o, urbaniza��o de favelas ou pagar a conta deixada por Lula.
N�o est� descartada a possibilidade de despesas j� contratadas serem canceladas, embora os integrantes do governo venham se recusando a falar publicamente sobre essa hip�tese.
No Minist�rio das Cidades, o saldo de despesas antigas ainda pendentes de pagamento na quarta-feira era de R$ 13,4 bilh�es, apesar de a pasta j� ter desembolsado R$ 1,5 bilh�o para quitar os "restos a pagar".