A crise que come�ou na Tun�sia, passou pelo Egito, provoca uma guerra civil na L�bia e protestos no I�men e no Bahrein trouxe de volta o medo de um choque de petr�leo, como o que abalou a economia mundial na guerra do Yom Kippur, em 1973, na Revolu��o Iraniana, em 1979, e �s v�speras da crise financeira de 2008. O susto refor�ou a busca pela redu��o da depend�ncia em rela��o ao fornecimento do Oriente M�dio e do norte da �frica.
C�lculos produzidos recentemente pela Ag�ncia Internacional de Energia (AIE) revelam o tamanho do desafio: s�o necess�rios US$ 10,5 trilh�es em investimentos at� 2030 apenas para se aumentar o conforto em rela��o ao abastecimento dessas regi�es. O c�lculo leva em conta a necessidade de diversificar as fontes de abastecimento, reduzindo o poder dos pa�ses da Organiza��o dos Pa�ses Exportadores de Petr�leo (Opep), e o aumento do consumo global.
Para reduzir a depend�ncia do petr�leo na produ��o de energia, por�m, o desafio � muito maior. Segundo a AIE, para diminuir a participa��o do petr�leo na matriz energ�tica global do patamar atual, superior a 80%, para 50% em 2050, seriam necess�rios nada menos que US$ 270 trilh�es, n�mero considerado praticamente inating�vel.
At� o fim de 2011, o consumo mundial de petr�leo atingir� a marca de 90 milh�es de barris di�rios. Apesar de todo o esfor�o em busca de fontes alternativas, a AIE calcula que o consumo de petr�leo seguir� crescendo e passar�, em dez anos, de 100 milh�es de barris de petr�leo por dia. O poder do cartel da Opep j� diminuiu desde o primeiro choque do petr�leo, de 1973. Na �poca, a Opep controlava 51% da produ��o mundial. Agora, domina 40%. Mas essa participa��o ainda � suficiente para fazer um grande estrago. A recente alta de 20% no pre�o do petr�leo, em apenas uma semana, foi deflagrada pela crise pol�tica na L�bia, respons�vel por apenas 2% da produ��o mundial.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.