O governo ter� de resolver a disputa entre as hidrel�tricas de Santo Ant�nio e Jirau, no Rio Madeira (RO), sobre o aumento da pot�ncia de gera��o das duas usinas. A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) autorizou ontem a eleva��o do n�vel de �gua do reservat�rio de Santo Ant�nio, medida que pode inviabilizar a proposta dos s�cios de Jirau de incluir mais seis turbinas. Caber� ao Minist�rio de Minas e Energia resolver o impasse.
Os s�cios das usinas apresentaram � Aneel propostas de eleva��o do potencial de gera��o de eletricidade dos dois empreendimentos. Como as hidrel�tricas ser�o constru�das no mesmo rio, a eleva��o do n�vel de �gua represada por Santo Ant�nio afetar� a capacidade de aumento de gera��o de Jirau, que fica na parte superior do Rio Madeira.
A eleva��o do n�vel de �gua do reservat�rio de Santo Ant�nio foi autorizada porque sem isso a usina n�o teria como entregar a energia acertada no contrato de concess�o, assinado em 2008. “Com um n�vel de �gua mais baixo, perder�amos de 70 a 80 megawatts de energia”, disse Ricardo Barbi Costa, diretor comercial da Santo Ant�nio Energia.
A eleva��o foi pedida depois que foi identificado um erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) no c�lculo de um indicador que baliza o n�vel de �gua do reservat�rio. A capacidade da hidrel�trica de Santo Ant�nio ser� de 3.150 megawatts (MW) de energia, com gera��o m�dia de 2.140 MW. A usina � controlada por Odebrecht, Furnas, Andrade Gutierrez, Cemig, Banif e o fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS). Jirau produzir� um m�ximo de 3.450 MW e � controlada pela Energia Sustent�vel do Brasil (ESBR), grupo que re�ne GDF Suez, Camargo Corr�a, Eletrosul e Chesf.